tag:blogger.com,1999:blog-30762498004814571462024-02-18T22:54:38.623-03:00My Obsessionsometimes, alwaysFabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.comBlogger61125tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-28670561052848871952017-05-20T18:20:00.002-03:002017-05-20T18:20:22.981-03:00Silvio Campos: Ser Punk de "Buracaju"Em tempos de mortos-vivos vampirescos no comando da república, ressucito esse quase-finado espaço virtual para fins de compartilhamento de meu Trabalho de Conclusão de Curso.<br />
Ele tem 138 páginas, então melhor não escrever muito e poupar o tempo do leitor ao que interessa...<br />
Eu só queria dizer que, além da graduação em música e aprendizado em geral, pessoalmente foi de extrema importância essa aproximação forçada via academia ao universo de Silvio e do punk/ hardcore local. Devido talvez às minhas preferências estéticas dentro do universo do rock, faltei vários eventos importantes, deixando de testemunhar a evolução da Karne Krua, e a movimentação das várias outras bandas do Silvio.<br />
Tudo corrigido agora: meu currículo, meu entendimento do real valor e do papel que Silvio desempenha na cadeia produtiva da música em Sergipe, e meu gosto estético também - a Karne Krua é mais do que nunca minha banda hardcore favorita. Para sempre.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH_FAx9AUDoXldmvKJexAkAS8Ulxq6yvi5Ov9Ls-d4h4NUXFZa0F0FJ1888NLoegkhe2m9Dr4bn_0y-QaFqclheQvNNmtd9jktrSVw7HbDRXdo96e05Euw4yIdekJm1oOuHocxvEPk-x4/s1600/KK+-+Silvio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH_FAx9AUDoXldmvKJexAkAS8Ulxq6yvi5Ov9Ls-d4h4NUXFZa0F0FJ1888NLoegkhe2m9Dr4bn_0y-QaFqclheQvNNmtd9jktrSVw7HbDRXdo96e05Euw4yIdekJm1oOuHocxvEPk-x4/s320/KK+-+Silvio.jpg" width="320" /></a></div>
Aqui:<b> https://tinyurl.com/lessarv</b>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-32380771058961635822013-01-23T17:45:00.000-03:002013-01-23T21:35:02.588-03:00A Nice Pair<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuaQ97t174QmAAzpMncOPTeMauzdC24TUNH3vpbKGwt7vhi7iqbdEEwKYhPuWl4rAEMEV9WOgal2372d7ELAFjGMyQXxYd5prpxVDsqNiPtx7QJsZb6BJ2iJTdIWpfkUBQ3i53Kxyuj6Q/s1600/Photo+of+Pan.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuaQ97t174QmAAzpMncOPTeMauzdC24TUNH3vpbKGwt7vhi7iqbdEEwKYhPuWl4rAEMEV9WOgal2372d7ELAFjGMyQXxYd5prpxVDsqNiPtx7QJsZb6BJ2iJTdIWpfkUBQ3i53Kxyuj6Q/s320/Photo+of+Pan.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
Pan era um deus da mitologia grega. Sua figura mezzo bode, mezzo humana é para sempre associada àquela flautinha... a flauta de Pan. No fim do século XIX houve um crescente interesse em reviver esse mito por parte de escritores e pintores. Isso perdurou até a modernidade do Séc. XX, representada pela referência em um dos símbolos do império Disney (Peter Pan, <i>naturally</i>), e na inclusão de figuras <i>pan-like</i> em um dos segmentos do clássico Fantasia (1940), também do velho Walt.<br />
Ainda em 1908 um cara chamado Kenneth Grahame escreveu um livro de nome "The Wind in the Willows" (O Vento nos Salgueiros), um clássico da literatura infanto-juvenil. Este livrinho era um dos favoritos de Roger Keith Barrett. "The Piper at the Gates of Dawn" é o título do sétimo capítulo de Wind in the Willows, e o 'flautista' do título refere-se a Pan.<br />
<br />
Uma das referências que o Pink Floyd faz a Syd na música "Shine on Crazy Diamond" é essa mesmo: "You Piper". Ele foi o Pan para o Floyd. Ao tocar sua 'flauta' a mágica foi criada na forma de uma das maiores e mais aventureiras bandas da história do rock. Acima do rock, na verdade, o Floyd é daquelas bandas que criaram uma estética própria, partindo de alguma raiz tradicional (blues, folk, etc.) criando uma identidade sonora única como fizeram os Byrds, Beach Boys, Beatles ou Hendrix. Se ouvirmos atentamente toda a discografia da banda, fica claro que a sonoridade do disco de estreia é de verve única. Mesmo "Take up thy stethoscope and walk", de Roger Waters, soa como uma música de Syd - a guitarra dessa música é a mais frenética do disco.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKp2kLDYzcEmd-u8iazLsnrOswtjCYJRln1Py_d0PqtOFfzv1KjlZxGJB0tSKOjSdM8w_DFH-vvTVLC97IBNe_yX62aj0WwjEL5eH_4zXbPoyZ8qvuNwELFNx3Qs39h2Daz4aGrqQQ71g/s1600/Pink-Floyd-Arnold-Layne---De-401094.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKp2kLDYzcEmd-u8iazLsnrOswtjCYJRln1Py_d0PqtOFfzv1KjlZxGJB0tSKOjSdM8w_DFH-vvTVLC97IBNe_yX62aj0WwjEL5eH_4zXbPoyZ8qvuNwELFNx3Qs39h2Daz4aGrqQQ71g/s200/Pink-Floyd-Arnold-Layne---De-401094.jpg" width="200" /></a></div>
Tocando juntos desde 1962, os três estudantes de Arquitetura Roger Waters, Richard Wright e Nick Mason, mais o estudante de artes Roger 'Syd' Barrett adotaram o nome The Pink Floyd a partir de 1965. Logo se infiltraram no crescente movimento underground londrino representado por bandas como The High Numbers (que virou The Who), The Kinks; ou por coletivos das artes plásticas como os holandeses do The Fool. A banda começou a criar um nome no circuito justamente por uma associação a artistas visuais que criavam projeções psicodélicas durante os concertos, o que imediatamente associou o som do grupo a essa nova onda, impulsionada pelo consumo de ácido lisérgico (não proibido na época), o qual logo virou rotina para nosso pan-Syd. Finalmente se profissionalizando, o primeiro single foi lançado em março de 1967: "Arnold Layne" é uma canção pouco convencional, que de cara dava uma boa ideia dos talentos de Barrett como compositor, letrista, guitarrista e vocalista. Sua letra sobre um personagem "baseado em fatos reais" travesti que tem como hábito roubar roupas de baixo femininas não pegou bem com a conservadora BBC e foi prontamente banida das rádios. Porém, o estrago já estava feito. O lado B, "Candy and a Currant Bun" tinha como título original "Let's roll another one", em uma clara referência à maconha. O próprio Waters convenceu Syd a mudar o título; ainda assim os executivos da gravadora deixaram passar o verso "<i>Oh don't talk with me/ Please just fuck with me</i>". Bem mais obscura que Arnold Layne, que merecidamente foi incluída em diversas compilações, como "Echoes", de 2001, "Candy" foi prejudicada pela produção. Até Pete Townshend já foi citado dizendo que o Floyd (de Syd) em disco não traduz o que a banda produzia ao vivo (e isso não foi um elogio).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOxw08bpxIcYBGWgOASeljCBV6Rm_MUOEAPj4ybWQvaDSLF3utSaVGRq-g_SND20F0TMvEpwKc5utGoQRt6lA-UwZY8MFZTcIBh5wcnpQExjivIpHkGX5c0yrsxIxzxtgfnBWiT0OHXO4/s1600/SeeEmilyPlay.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOxw08bpxIcYBGWgOASeljCBV6Rm_MUOEAPj4ybWQvaDSLF3utSaVGRq-g_SND20F0TMvEpwKc5utGoQRt6lA-UwZY8MFZTcIBh5wcnpQExjivIpHkGX5c0yrsxIxzxtgfnBWiT0OHXO4/s320/SeeEmilyPlay.jpg" width="319" /></a></div>
Bem melhor se saiu o segundo compacto, "See Emily Play" ("Scarecrow" no lado B), tanto em termos de produção (bem mais elaborada que Arnold) quanto em posição nas paradas. Também conhecida à época como "Games for May", See Emily Play foi lançada em Junho do 'verão do amor', um mês antes da estreia em LP, e é tão boa que foi colocada como abertura da versão americana original do <i>debut</i> Piper at the Gates of Dawn. A capa do single foi desenhada por Syd Barrett, com o 'The' já retirado do nome!<br />
<br />
Com as boas vendas, o quarteto recebeu 5.000 libras da EMI para gravar o disco de estreia, com horas ilimitadas e total liberdade no estúdio, sob a condição de trabalharem com o confiável Norman Smith. O que eles não sabiam é que longe de ser um líder convencional, Syd tinha sua própria ideia de como se grava<i>r</i> um LP. De cara, gravaram "Interstellar Overdrive" uma jam instrumental que já editada passa dos 09 minutos. A fúria sônica das guitarras de Syd, aliada aos teclados viajandões de Richard Wright são o grande barato da música, que ainda inclui um efeito de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Panor%C3%A2mica" target="_blank">pan </a>(nota do autor: essa conexão não foi intencional rs.) na volta ao riff principal; isso me lembra o fusca do Snoozer Clínio, no qual ouvíamos isso em alturas não recomendadas por profissionais de saúde, e o efeito causado pela forma circular do "Azulão" fazia o som literalmente rodar sobre nossas cabeças. Bons tempos...<br />
<br />
"Matilda Mother" foi também das primeiras trabalhadas pro disco. Uma versão "early take" dessa música cantada por Richard Wright foi incluida na compilação An Introduction to Syd Barrett, produzida por David Gilmour em 2010 (e neste post também!). As letras da estrofe foram completamente modificadas na versão final, mantendo-se apenas o refrão (cantado por Syd).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY2IcXDo4vRId6g6XR8PlM7cnraIViRCJc-7-9Lf4BDe7Bd2x1gSNJvNVhDGQ5PBI-OF3zvLL2twGQ9lAdh-1quoCp0kJwDL3qN-6RJxYbRZmiGuiU-jk3oRLC-k2NR5N_xuclc5PZmRo/s1600/Piper2011-cover.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY2IcXDo4vRId6g6XR8PlM7cnraIViRCJc-7-9Lf4BDe7Bd2x1gSNJvNVhDGQ5PBI-OF3zvLL2twGQ9lAdh-1quoCp0kJwDL3qN-6RJxYbRZmiGuiU-jk3oRLC-k2NR5N_xuclc5PZmRo/s320/Piper2011-cover.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
The Piper At The Gates of Dawn, o disco, é feito de altos e altos. Não há uma música sequer em que a banda não soe inovadora por um ou outro aspecto. Até um <i>filler</i> como "Pow R. Toc H." possui achados interessantes se ouvida com atenção. A abertura com "Astronomy Domine" é de uma genialidade sem fim. A métrica quase infantil, como alguém interpretando a leitura de um manual de bruxaria enquanto bate os pés no chão. É também o marco zero do space rock: antes da metade da música uma pausa é preenchida apenas por uma nota da guitarra, com os instrumentos flutuando de volta pro arranjo. A voz do empresário do grupo soa como algo que você ouviria em uma viagem interplanetária, e isso ajuda no clima, assim como o uso de eco e efeitos processados. É bom lembrar: o acordo da gravadora era 'liberdade total'... "Lucifer Sam" também possui essa qualidade psicodélica, com efeitos bastante interessantes. O órgão é, como sempre, responsável por boa parte da identidade sonora do Pink Floyd. "Flaming" é outra pérola, novamente com algo de infantil em como Syd canta 'yippee, you can't see me...'.<br />
<br />
No lado B, com boa parte tomado por "Interstellar Overdrive" sobram 04 musiquinhas: "The Gnome" é uma fofura de canção-de-gnomo. A letra de "Chapter 24" é baseada no referido <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Chapter_24" target="_blank">capítulo</a> do <i>I Ching</i>, o 'Livro das Mudanças". Em "The Scarecrow" há um revezamento de fórmula de compasso que a torna difícil de bater o pezinho, exceto no trecho final, quando um violão com volume mais alto do que estávamos ouvindo puxa um riff repetitivo com um violoncelo fazendo um bordão aliado ao riff do baixo, encerrando a música em <i>fade-out</i>. Encerrando o álbum, "Bike" desafia qualquer músico a adivinhar a fórmula de compasso, que obedece à métrica da letra brilhantemente arquitetada por Syd. E o final, a "sala de temas musicais" da letra toma forma numa cacofonia, como que indicando ao ouvinte que dessa banda você pode esperar tudo (e é exatamente essa deixa que o futuro Floyd poria em prática a partir do ano seguinte).<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRWKyk3ZTmvl44zvzPQ7rmSS7h7L8Qka-6QANThDCH_bMZytiBqDc87fC5MmoQXudBEpu7fVPGueKHbhrXaHg2caxb4xCLEOaD9ctxRoG3VB2FN1Rec8B33Z0Mo_fs1cYs1oV1fk4H0gQ/s1600/ApplesandOranges.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRWKyk3ZTmvl44zvzPQ7rmSS7h7L8Qka-6QANThDCH_bMZytiBqDc87fC5MmoQXudBEpu7fVPGueKHbhrXaHg2caxb4xCLEOaD9ctxRoG3VB2FN1Rec8B33Z0Mo_fs1cYs1oV1fk4H0gQ/s1600/ApplesandOranges.jpg" /></a></div>
<br />
Último compacto lançado pelo Floyd em 1967, "Apples and
Oranges" é aquele em que Syd canta "I'm feeling very Pink". A gravação e
a sonoridade do lado B "Paintbox", de Wright, é bem mais limpa e não
parece ter vestígios da presença de Barrett na gravação. A essa altura, David Gilmour já andava substituindo o Syd, que por vezes ia pros shows porém permanecia imóvel... O quinteto chegou a posar para fotos, mas internamente Syd
nunca voltaria a trabalhar normalmente como membro do grupo, até ser
chutado da banda após o lançamento do segundo álbum....<br />
<br />
<br />
<br />
O Floyd de 1968 a 1970 é um reflexo do que aconteceu com Syd. Afinal ele não era 'só' o fundador e líder, como autor de 95% das composições do grupo. O esforço de superação do grupo consiste numa fase errática, que não agrada todo o tipo de ouvinte, fazendo a cabeça daqueles que apreciam experimentações viajandonas, se é que você me entende... Mas antes de chegar em suítes de 20min eles haviam de provar a si mesmos e ao mundo que conseguiriam sobreviver 'apesar' de Barrett. Em "A Saucerful of Secrets" ele ainda é da banda, apesar de ter uma única contribuição ("Jugband Blues"). E mesmo tendo uma óbvia influência em "Corporal Clegg" (alguém podia jurar que é a voz de Syd no refrão), o próprio Barrett desmentiu nos anos 70 ter participado da gravação dessa música de Waters, cuja letra é a primeira que faz referência à guerra, tema recorrente para o baixista, uma década na frente.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQgBYXk2qNfYzR2XHosNBZittY9Rqd-CUn_9KJ1BLHyuTw0675J5mKe_9wBCxLW1YiQbGwhZquO84DXDI-BD3BlmipeCCuObvHmN3Su_4o8Myi5bMErUbPMPDbQkpIGahDVzM9jQaAsbk/s1600/Saucerful2011-cover.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQgBYXk2qNfYzR2XHosNBZittY9Rqd-CUn_9KJ1BLHyuTw0675J5mKe_9wBCxLW1YiQbGwhZquO84DXDI-BD3BlmipeCCuObvHmN3Su_4o8Myi5bMErUbPMPDbQkpIGahDVzM9jQaAsbk/s320/Saucerful2011-cover.jpg" width="320" /></a></div>
Também é de Roger Waters a introdução do álbum: "Let there be more light" começa com um riff do baixo, e é a primeira música do Floyd com vocais e solo de guitarra de David Gilmour. Ainda de Waters é "Set the controls..." que, assim como a faixa título e o B-Side "Careful with that axe, Eugene" sairiam mais tarde em versões ao vivo no Ummagumma de 1969 e no <i>home video</i> Live at Pompeii, com show de 1971. Ou seja, dá pra concluir que o som que o quarteto Waters-Wright-Mason-Gilmour apostava como o som do Floyd pós-Barrett era esse mesmo: viajandão, calcado em longas jams e por vezes barulhento.<br />
As duas composições de Richard Wright são as mais calmas e também as
mais ricas melodica e harmonicamente: "Remember a day" e "See-saw".<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifAZejdjxggyqpYBV6eWMnasAOL5g0i2GNd7Rf-pIhpjNKREmvlEUJ1VBkUreV64VKt92VUjxYq6YkXjt-3OO7AhJBpjVewsj37KFK6vdeMTii7uavTCfXFcPc1NDPptehlbs1ij8VWsI/s1600/ItWouldBeSoNice.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifAZejdjxggyqpYBV6eWMnasAOL5g0i2GNd7Rf-pIhpjNKREmvlEUJ1VBkUreV64VKt92VUjxYq6YkXjt-3OO7AhJBpjVewsj37KFK6vdeMTii7uavTCfXFcPc1NDPptehlbs1ij8VWsI/s1600/ItWouldBeSoNice.jpg" /></a></div>
<br />
Também
é de Wright a autoria do single "It would be so nice" que, assim como
"Point me at the sky" foram solenemente ignorados na compilação Relics,
de 1971, ao passo que seus lados B foram incluídos. "Point me at the
sky" é considerada pela banda algo de se ter vergonha, e realmente não é
uma música muito memorável, a única coisa que me chama a atenção é o
baixo pesadão, pouco comum no som do Floyd. Já "It would be so nice" é
uma pérola, e seu refrão é a coisa mais Syd Barrett de um Pink Floyd sem
Barrett, e é bem provável que essa tenha sido mesmo a intenção, quando o
compacto foi lançado todo o material de imprensa era o do Floyd com
Barrett - ele inclusive figura na capinha...<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi4nUBwqksd4Sj0EL9EEv0zQq0KN1MkbJOF9qHNX_AvzZhk0hO2tpbCOCCCsU-V_ttSTYNPCI0pgQfUc3kwyRGDtl5taYoc8GrguINVCY6F_crtonnVxlJBIn0YiPbAseknP3XtDi3-5o/s1600/PointMeAtTheSky.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi4nUBwqksd4Sj0EL9EEv0zQq0KN1MkbJOF9qHNX_AvzZhk0hO2tpbCOCCCsU-V_ttSTYNPCI0pgQfUc3kwyRGDtl5taYoc8GrguINVCY6F_crtonnVxlJBIn0YiPbAseknP3XtDi3-5o/s320/PointMeAtTheSky.jpg" width="320" /></a></div>
"Julia Dream" é uma musiquinha bucólica, daqueles tipos que Roger Waters retomaria em Ummagumma: voz e violão, além de uma flautinha. A já citada "Careful with that axe, Eugene" tem em sua versão de estúdio uma maior presença do teclado improvisando, a música não tem ainda o ataque característico da versão ao vivo e os berros de Roger é uma coisa mais de fundo, o que particularmente acho que funciona mais...<br />
<br />
Em tempo: "A Nice Pair" foi o nome de um LP duplo lançado nos anos 70 que reunia os dois discos deste post, sem os compactos, claro.<br />
<br />
Seguem os tracklists:<br />
<br />
<span class="userContent">The Piper at the Gates Down (2011 Remaster) + 1967 Singles<br /> <br /> 01 Astronomy Domine<br /> 02 Lucifer Sam <br /><span class="text_exposed_show"> 03 Matilda Mother<br /> 04 Flaming<br /> 05 Pow R. Toc H<br /> 06 Take Up Thy Stethoscope and Walk<br /> 07 Interstellar Overdrive<br /> 08 The Gnome<br /> 09 Chapter 24<br /> 10 Scarecrow<br /> 11 Bike<br /> 12 Arnold Layne (Single A-Side)<br /> 13 Candy and a Currant Bun (Single B-Side)<br /> 14 See Emily Play (Single A-Side)<br /> 15 Matilda Mother (Alternative Version)<br /> 16 Apples and Oranges (Single A-Side)<br /> 17 Paintbox (Single B-Side)<br /> + scans</span></span><br />
<span class="userContent"><span class="text_exposed_show"><br /> All songs by Syd Barrett, except tracks 05 and 07 (Barrett/ Waters/ Wright/ Mason), 06 (Roger Waters) and 17 (Richard Wright)</span></span><br />
<a href="http://www.mediafire.com/?7e12ci68h5njhx6" target="_blank">Download link</a><br />
<br />
<span class="userContent">A Saucerful of Secrets (2011 Remaster) + 1968 Singles <br /> <br /> 01 Let There Be More Light (Roger Waters)<br /> 02 Remember a Day (Richard Wright)<br /> 03 Set the controls for the heart of the sun (Roger Waters)<br /> 04 Corporal Clegg (Roger Waters)<span class="text_exposed_show"><br /> 05 A Saucerful of Secrets (Waters/ Wright/ Mason/ Gilmour)<br /> 06 See-Saw (Richard Wright)<br /> 07 Jugband Blues (Syd Barrett)<br /> 08 It Would Be So Nice (Richard Wright) (Single A-Side)<br /> 09 Julia Dream (Roger Waters) (Single B-Side)<br /> 10 Point me at the sky (Waters/ Gilmour) (Single A-Side)<br /> 11 Careful with that axe, Eugene (Waters/ Wright/ Mason/ Gilmour)<br /> + scans</span></span><br />
<br />
<span class="userContent"><span class="text_exposed_show"><a href="http://www.mediafire.com/?4ajeekpc433vi09" target="_blank">Download link </a></span></span>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-37184427012353896972012-09-07T02:52:00.000-03:002012-09-07T02:52:19.259-03:00Backs To The Wall<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWyPeDSmteem_dYAQW2402zY2PWAvJIucB0dz_t6As9JW-Bk_24HAqCPsUeNghQyRI2ZBSI8gzFSlZY78AmlRo2Jqz7o-9iWLm7eOZsduHrNd_Sp40QdKnydVXVDAK5aRIt5nnM8lVG-U/s1600/DSCF0932.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWyPeDSmteem_dYAQW2402zY2PWAvJIucB0dz_t6As9JW-Bk_24HAqCPsUeNghQyRI2ZBSI8gzFSlZY78AmlRo2Jqz7o-9iWLm7eOZsduHrNd_Sp40QdKnydVXVDAK5aRIt5nnM8lVG-U/s400/DSCF0932.jpg" width="400" /></a></div>
Em tempos em que o barato (não nos preços) é comprar luxuosos LPs em prensagens novas de alta fidelidade, só mesmo essa massiva campanha de gravadoras multinacionais relançando discografias completas das mais queridas e amadas bandas de rock mundial para aquecer o mercado de CDs (tido como decadente há uns bons 05 anos atrás). Uma das primeiras a ter sua discografia remasterizada e embalagens 'repackiadas' foi o Led Zeppelin (Atlantic). Ainda não estava em voga o digipack, que aproxima o CD da experiência única de se manipular um LP. Uma década depois a EMI jogou duro e finalmente atualizou a discografia de um campeão de vendas: os The Beatles! Não só o som foi melhorado, mas as embalagens deram aquela sensação de justiça sendo feita à grandiosidade da música. Os fãs agradecem, o departamento de vendas das lojas também! Rolling Stones e Bob Dylan vêm aos poucos explorando relançamentos que fazem mesmo um cara que já tem uma edição qualquer do LP e o CD lançado na década de 90 (com som pífio comparado ao LP original) vá lá em compre pela terceira vez o mesminho disco, mesmo que não possua nenhum 'extra'. A discografia dos Doors é um caso à parte: a Elektra não só capricha nos encartes e na remasterização dos clássicos álbuns com Jim Morrison, mas há inserções de conversas de estúdio antes e depois das músicas, faixas bônus aos montes em cada disco, e "Light My Fire" com a rotação consertada (é, o que ouvíamos anteriormente era a master feita a partir de uma fita acidentalmente acelerada). No caso da EMI - os supracitados Beatles e a recém lançada campanha "<a href="http://www.whypinkfloyd.com/" target="_blank">Why Pink Floyd</a>" com a gigantesca caixa "Discovery" -, os relançamentos apresentam os tracklists idênticos aos originais. Tiro certeiro pro 'hardcore fan' não se desapontar, afinal o mais importante fator em qualquer disco é o som, e esse é o grande trunfo desses 'remasters', assim como nos dos Beatles (seja estéreo ou mono). O segundo fator mais importante é a apresentação do material, e se nos besouros já tava lindo, com o Pink Floyd é um passo adiante. Especialmente nas edições "Experience" e "Immersion" de três álbuns-chave do quarteto inglês: Dark Side of The Moon, Wish You Were Here e The Wall, também relançados em vinil. As edições "Discovery" também não deixam a desejar. Embalados no plástico nas vitrines parece fino demais, mas justiça seja feita, o digipack usado é capa dupla e os encartes contém imagens das artes originais retrabalhadas, fotos, letras e ficha técnica completa. Não dá pra querer mais que isso, né...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbczVJcfyxHJcq1f9GGi7Sn5LdKIut2A8Zvv7nnQtFIs3uGPacT9eKdK5YAbBsCp_to00o8fsxAaIiG7-NzQwJbsyvdXBwehafoNgaCE2eYVVlB1TDDo6Q7BGYyToDIPQ8bxvGvpwrPL0/s1600/DSCF0950.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbczVJcfyxHJcq1f9GGi7Sn5LdKIut2A8Zvv7nnQtFIs3uGPacT9eKdK5YAbBsCp_to00o8fsxAaIiG7-NzQwJbsyvdXBwehafoNgaCE2eYVVlB1TDDo6Q7BGYyToDIPQ8bxvGvpwrPL0/s400/DSCF0950.jpg" width="400" /></a></div>
Ao pensar com meus botões que discos do Pink Floyd eu daria prioridade pra adquirir, certamente escolheria o álbum de estreia (The Piper at the Gates of Dawn), que amo de paixão, o Meddle e o Animals. Também tem o A Saucerful of Secrets, Ummagumma e o Wish You Were Here, mas em nenhum momento o The Wall figurava em qualquer 'top 5' que eu fizesse sem pensar muito. Assim como alguns clássicos do Zeppelin, Deep Purple e Sabbath, o The Wall é daqueles discos que ouvi tanto na adolescência que estava dentro de uma gaveta (um muro?) cuja importância eu subestimava. Eu sequer o havia ouvido na antiga versão em CD. Só conhecia mesmo o velho LP CBS de meu irmão e, claro, o genial filme de Alan Parker que mune o espectador de vívidas imagens para sempre indissociáveis do áudio original.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6jIa0P5XuwGuumtOafTCuSohUOqkzlgoN67TG0m1kMZAL094SJMFis67dI0_L0-Izirulp-2Of9cQ__zgtqFahTBfTbpK-zgctyssfNCPyZUuuPos-BQ9HKs_yC4BoKBjh1Fu-1aH9EI/s1600/DSCF0952.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6jIa0P5XuwGuumtOafTCuSohUOqkzlgoN67TG0m1kMZAL094SJMFis67dI0_L0-Izirulp-2Of9cQ__zgtqFahTBfTbpK-zgctyssfNCPyZUuuPos-BQ9HKs_yC4BoKBjh1Fu-1aH9EI/s320/DSCF0952.jpg" width="320" /></a>Eis que em uma recente ida a Itabaiana e visita à loja <a href="https://www.facebook.com/tnt.rock.5" target="_blank">TNT Rock</a> com pouco tempo disponível para escolher entre vários títulos apetitosos, me deparo com a edição "Experience" do disco-do-muro. O CD é triplo, contendo o disco duplo original, mais o extra intitulado "Work in Progress", contendo não as demos de Roger Waters - presentes nos extras expandidos da caixa "Immersion" - mas já as sessões de estúdio com a banda ainda encontrando as melhores soluções não só nos arranjos (algumas músicas contém diferenças gritantes), mas também no ordenamento das faixas que, em se tratando de The Wall, faz toda a diferença!<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjetJsGbNgX7rVCrql3P5QOqXncn718lBpLRlvgZEzEUjQjxEmHj7T2DfCYimgpOg0xNEYeSibmKt7sxo_d_o2vDQz-8wpnO782d6Ye0bRUGin-w199fwgEhhsYgMNI35cE4DulaxHR0yY/s1600/DSCF0961.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjetJsGbNgX7rVCrql3P5QOqXncn718lBpLRlvgZEzEUjQjxEmHj7T2DfCYimgpOg0xNEYeSibmKt7sxo_d_o2vDQz-8wpnO782d6Ye0bRUGin-w199fwgEhhsYgMNI35cE4DulaxHR0yY/s320/DSCF0961.jpg" width="320" /></a></div>
O disco duplo original é uma obra ímpar não só na discografia do Floyd, mas de uma visão que não se encontra em nenhuma outra banda. Pensei, pensei, e não achei absolutamente nada parecido. Mesmo sem ter havido filme (lançado em 1982) é uma narrativa completa, em 02 atos, com personagens, efeitos sonoros (altamente valorizados na remasterização), e a mais emblemática performance de Roger Waters que, pra quem não sabe, é o grande gênio por trás da concepção do álbum, e canta diversas músicas de maneira tão visceral que você não acredita que ele é apenas o vocalista do Pink Floyd, mas ele é o próprio Pink, personagem principal da trama narrada em The Wall. De fato, a gênese do álbum partiu da própria experiência de Roger vendo os shows de sua banda se transformarem em um mega evento, tocando em estádios e perdendo o contato próximo aos fãs de outrora. A catarse veio após um show da turnê do disco anterior, Animals, onde Rogério Águas cuspiu em um fã que havia furado o bloqueio dos seguranças para poder subir no palco, berrando o quanto amava o Pink Freud. Adicione a essa egotrip sua história de vida pessoal, tendo perdido o pai para uma guerra, e o amigo e líder dos primódios do Floyd, <a href="https://www.facebook.com/Syd.Barrett" target="_blank">Syd Barrett</a>, para a loucura causada pelo uso abusivo de drogas alucinógenas. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlWkZybDoLvNNHhJas6WtuSznFxQ2TiySfeis7nu6mU63NX41Xo2QpHTU5y0hAWEoYaWTdH65lX7zGNEtS-zxPDd-agkpFs5u-qpJVLvrF7thhTfoepWTK9YhyGAOyW_EeTRQion1_t94/s1600/DSCF0953.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlWkZybDoLvNNHhJas6WtuSznFxQ2TiySfeis7nu6mU63NX41Xo2QpHTU5y0hAWEoYaWTdH65lX7zGNEtS-zxPDd-agkpFs5u-qpJVLvrF7thhTfoepWTK9YhyGAOyW_EeTRQion1_t94/s1600/DSCF0953.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlWkZybDoLvNNHhJas6WtuSznFxQ2TiySfeis7nu6mU63NX41Xo2QpHTU5y0hAWEoYaWTdH65lX7zGNEtS-zxPDd-agkpFs5u-qpJVLvrF7thhTfoepWTK9YhyGAOyW_EeTRQion1_t94/s400/DSCF0953.jpg" width="400" /></a></div>
Listo aqui o que há de realmente diferente e interessante no CD extra: o "prelúdio" (a única demo original de Roger inclusa) que é uma colagem de sons tirados de gravações da Vera Lynn - que viraria tema para uma composição original incluída no LP ; "Teacher Teacher" (retrabalhada como "The Hero's Return" em The Final Cut de 1983), "Sexual Revolution" e "Backs to the wall", faixas deletadas do disco original, lançado em novembro de 1979, além das duas contribuições de David Gilmour (fora "Run Like Hell") com trechos inteiros completamente diferentes: "Young Lust" e "The Doctor" (que virou "Comfortably Numb"). Isso não quer dizer que as outras faixas são dispensáveis. É incrível como The Wall é um trabalho onde os detalhes são tão importantes quanto as melodias ou solos de guitarra. Várias músicas que conhecemos de cor e salteado aparecem em versões idênticas... até um arranjo no meio ou final da música aparecer e você perceber que o produto final foi o resultado de várias tesouradas para incluir no disco duplo o que havia de mais essencial no repertório e dentro de cada música. Mérito da dupla Waters-Gilmour que assinam a produção junto a Bob Ezrin (um cara que tem no currículo o Berlin de Lou Reed e Destroyer do Kiss). Além destes, um nome aparece como co-produtor: James Guthrie. Esse engenheiro de som foi tão importante para este trabalho (que realmente tem um som só seu, extremamente peculiar), que foi chamado para produzir o disco seguinte, The Final Cut (o canto de cisne de Roger Waters à carreira Floydiana), e é um dos responsáveis pela remasterização de todo o catálogo relançado em 2011. Guthrie também foi recrutado para a transposição de The Wall de um trabalho de estúdio para show ao vivo. Gilmour, que não raramente batia de frente com as decisões egoístas do
líder assumiu a direção musical do show, sendo responsável por contratar
e ensaiar os músicos extras e de coordenar toda a equipe durante o
espetáculo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLQebNbVrV169huHX8fDwKq-QYAw5g8jlqROpvRLzMVxjDJ24H4ykIIlkrBbtsBYFLBOeABKMjFZbWxUSczthGclHP8ydbtUMGNZQc4FBfdgfP5BzIjMTdJkCeletUw-29uPBV6bEahOM/s1600/DSCF0954.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLQebNbVrV169huHX8fDwKq-QYAw5g8jlqROpvRLzMVxjDJ24H4ykIIlkrBbtsBYFLBOeABKMjFZbWxUSczthGclHP8ydbtUMGNZQc4FBfdgfP5BzIjMTdJkCeletUw-29uPBV6bEahOM/s400/DSCF0954.jpg" width="400" /></a></div>
IS THERE ANYBODY OUT THERE? é o nome desta preciosidade fotografada ao lado. Todas as fotos seguintes são do mesmo box, que são registros tirados da turnê The Wall entre 1980 e 1981. Foram somente 27 shows, ou seja, se você estava em um deles pode se considerar um 'lucky bastard' só por ter estado presente. Roger Waters reviveu o mesmo conceito nos anos 80 e mais recentemente com uma turnê, mas nada se compara à experiência original. Na caixa "Immersion" tem um DVD que traz uma ou duas faixas em vídeo, mas a dura realidade é... show completo em alta definição, sem chance! Dá pra arriscar alguns registros de filmadora postados no Tubo, mas o que mais aproxima fidedignamente da experiência é esse CD duplo, que também foi remasterizado e incluído na tal da imersão. Para sorte de quem adquiriu o lançamento original (o meu comprei em Maceió, circa 2001) o livreto é recheado de ótimas fotos em papel especial, depoimentos dos 04 membros e também de James Guthrie, um "Behind The Wall" (antes do doc) com detalhes da produção... ou seja material suficiente para atestarmos a grandeza do projeto.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUhNZZfF_KN0BSLnwOosOHN8LPkkJARYIP9C8F76tR3XQU0Xa37M-6AiI6xgNT_02X5xUh3MAFs9QYOJF9NguF-Xbeb8lq0Ah9JMp2VwQ77cyJTisVtaEXobiZfXeNdIfNizf170fCMWQ/s1600/DSCF0956.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUhNZZfF_KN0BSLnwOosOHN8LPkkJARYIP9C8F76tR3XQU0Xa37M-6AiI6xgNT_02X5xUh3MAFs9QYOJF9NguF-Xbeb8lq0Ah9JMp2VwQ77cyJTisVtaEXobiZfXeNdIfNizf170fCMWQ/s400/DSCF0956.jpg" width="400" /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiovyLetbLlzHcv-HngMEY8MFrKB56N-E1vv9HmpjBHvJw6rnLALpMec6qTUINX8pivx2SdOzFZOrj-K5NUTwPvVMdQ5QbYxgoC52i7oL0AChWVoaPiEowDefE_3pOxOau9jlMkguzi7X0/s1600/DSCF0955.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiovyLetbLlzHcv-HngMEY8MFrKB56N-E1vv9HmpjBHvJw6rnLALpMec6qTUINX8pivx2SdOzFZOrj-K5NUTwPvVMdQ5QbYxgoC52i7oL0AChWVoaPiEowDefE_3pOxOau9jlMkguzi7X0/s400/DSCF0955.jpg" width="300" /></a>Confesso que tinha ouvido poucas vezes os CDs ao vivo, afinal, como colocado no início do post, The Wall é daqueles discos que simplesmente não me dava vontade de ouvir, por eu saber exatamente de onde vem e pra onde vai. Lógico que ao adquirir o CD triplo remasterizado eu logo revisitei o ao vivo, e não me arrependi. É mais uma luz na evolução do repertório. Há músicas no set list do show que não estão presentes no disco de estúdio, nem nas demos "in progress". Nos textos mencionados, a gente aprende que realmente tudo foi uma questão de escolha de prioridades e, claro, devemos lembrar da limitação do vinil em relação ao tempo de cada lado dos LPs. Músicas como "What Shall We Do" (cuja letra havia sido impressa no vinil original!?!) e "The Last Few Bricks" (um instrumental que une vários temas do disco 1, antes de "Goodbye Cruel World") dão maior linearidade à narrativa musical, ao passo em que a gente entende que a exclusão delas não atrapalhou em nada o entendimento da obra lançada em 1979. E, assim como nas demos que conheci agora, esse novo gás em "Is there
anybody out there" me fez perceber outros detalhes que diferem as
versões ao vivo das de estúdio. Não são poucas as músicas que tem partes
instrumentais extendidas (basicamente para solos), como a jam em
"Another Brick in the Wall Pt. 2". Outras como "The Show Must Go On"
contém uma estrofe completamente nova. Ou seja, ela devia existir desde
sempre, porém a faixa foi encurtada no disco, por razões já especuladas.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMo2praVMVA9y7UU6xxxvgpqg4nu2n2EC-5IeeZQ-wK7BgmVU2MlgPoASvsDIgQcfNcs7kBESJDxjiNIKNXEKQg4lJkAT7GQGblr2xMHJHkXpFVO27haBqo2RF7-5FQlErmhJzvRnNdZM/s1600/DSCF0957.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMo2praVMVA9y7UU6xxxvgpqg4nu2n2EC-5IeeZQ-wK7BgmVU2MlgPoASvsDIgQcfNcs7kBESJDxjiNIKNXEKQg4lJkAT7GQGblr2xMHJHkXpFVO27haBqo2RF7-5FQlErmhJzvRnNdZM/s400/DSCF0957.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Resumo da ópera: The Wall ao vivo é a famosa "ultimate experience":
não dá pra ficar melhor que isso (quer dizer, o áudio remasterizado deve
ter melhorado o que já era bom)...<br />
Nas fotos, dá pra ter uma boa ideia do que era essa experiência do ponto de vista da plateia: até o final do primeiro set o muro ia sendo construido. No segundo set, várias brincadeiras eram feitas para aproveitar o 'cenário', como Roger cantando no que seria o quarto do personagem Pink, ou David solando "Comfortably Numb" do alto do muro... Impossível ficar indiferente também às animações feitas por Gerald Scarfe, tão boas que se tornaram parte essencial do filme de Alan Parker. As animações eram projetadas no muro, claro. Melhor telão, impossível. ( 0:<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYuX8NxN7iiGNNHNBEw8VjOq-nOfF3xcUxgY6wnjNwCGzmgOC4sPNfinYa6eGyrKixVUv4zeKQJK5nycTdkFS4jWx3mPgmo1QfSP7cpmzlKuk8Fl7R5gNrOgy2rpNkNdH7EBVhrWq1T1o/s1600/DSCF0958.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYuX8NxN7iiGNNHNBEw8VjOq-nOfF3xcUxgY6wnjNwCGzmgOC4sPNfinYa6eGyrKixVUv4zeKQJK5nycTdkFS4jWx3mPgmo1QfSP7cpmzlKuk8Fl7R5gNrOgy2rpNkNdH7EBVhrWq1T1o/s320/DSCF0958.jpg" width="320" /></a></div>
Então tá, vamos ao que interessa, em mp3 320 kbps, começando pelo disco original remasterizado:<br />
<br />
<a href="http://www.mediafire.com/?a6ff6af34nfu6yi" target="_blank">CD 1</a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/?55wjx1fn23c2aw5" target="_blank">CD 2</a><br />
CD 3 (Work in Progress)<br />
<a href="http://www.mediafire.com/?6826fm5svdt9lut" target="_blank">Pt. 1</a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/?liln8lb41bolnb6" target="_blank">Pt. 2</a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBJAxqQy9E620RGmc03eQkjYaZC0jKkQuByGTNffCX4eXj1rBFVKHaHzX6KOndRFvDJynPtsYaFHu1ANsaju0pqr2cynkiLAacimUItzee2fC2tjIHwkruU2alpYZc-fL0GiQSFT2xPTo/s1600/DSCF0959.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBJAxqQy9E620RGmc03eQkjYaZC0jKkQuByGTNffCX4eXj1rBFVKHaHzX6KOndRFvDJynPtsYaFHu1ANsaju0pqr2cynkiLAacimUItzee2fC2tjIHwkruU2alpYZc-fL0GiQSFT2xPTo/s320/DSCF0959.jpg" width="320" /></a></div>
E então temos o original Is there anybody out there?, não-remasterizado, ou seja, essa NÃO é a versão presente na edição Immersion do The Wall. Já tem na net? Fiquei com preguiça de procurar, e quis com esse post compartilhar exatamente o que fez minha cabeça nas últimas semanas...<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA-MRWDUQzqU0Upi_pIw8CuImlhABfrTuGH0vYTU8nI4ydycmKALDkp1qjvBQthJta0bVjpIDlY0UwswZrlBOV55ZgdXenhlqQlG08cBJOCPUpDVxNhVbktoU6WWyLWx3DtPIcoPs7UAY/s1600/DSCF0960.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA-MRWDUQzqU0Upi_pIw8CuImlhABfrTuGH0vYTU8nI4ydycmKALDkp1qjvBQthJta0bVjpIDlY0UwswZrlBOV55ZgdXenhlqQlG08cBJOCPUpDVxNhVbktoU6WWyLWx3DtPIcoPs7UAY/s320/DSCF0960.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
The Wall Live 1980-1981<br />
<br />
<a href="http://www.mediafire.com/?8ne33wco6x9xhwp" target="_blank">CD 1</a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/?6fuuvkpipzatnu1" target="_blank">CD 2</a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjiAWEUUM7FFWTiUEG4PCj9b4FK1vCkKhL1UgVi-uqYER-AQSuqcusnrg9ng6PUtt8K4g5nrNTAatHkTldPs0MuhuY9CsZMX8HQjeiccCDGRgsiST178RnHHoWKZNa61ob0Ou1QKA01NY/s1600/DSCF0962.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjiAWEUUM7FFWTiUEG4PCj9b4FK1vCkKhL1UgVi-uqYER-AQSuqcusnrg9ng6PUtt8K4g5nrNTAatHkTldPs0MuhuY9CsZMX8HQjeiccCDGRgsiST178RnHHoWKZNa61ob0Ou1QKA01NY/s320/DSCF0962.jpg" width="320" /></a></div>
Post-scriptum (elocubrações sobre o que veio depois): The Wall é tão marcante que enterrou de vez uma banda que já assumiu que vivia uma crise desde o estouro de The Dark Side of The Moon, lançado em 1973. As sessões de Wish You Were Here e Animals já foram tensas, culminando na demissão (!) do incomparável Richard Wright, que numa atitude de extrema hombridade (sorte nossa) fez questão de ir até o fim das gravações de The Wall e de sair em turnê como músico contratado (!???) da banda-loucura de Waters. E o que veio depois? Uma grande viagem de Roger chamada de "Requiem for a Post-War Dream" ou simplesmente The Final Cut. Um disco do Pink Floyd sem Richard Wright? Give me a break. Racionalizando: The Wall é tão grandioso que engoliu o Pink Floyd em seu próprio vórtice. A serpente mordeu a própria cauda (ou qualquer metáfora semelhante). O caminho traçado por The Wall nunca deveria ter sido repetido, o que mais ou menos é a única maneira de justificar a existência do Final Cut. E que disco estaremos discutindo daqui a mais 30 anos? The Final Cut? Acho improvável, mas The Wall será para sempre redescutido, reouvido e reassistido...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG7piacQARUiqUo1e3Dl19NJBar_NaCUPdpFXB-EkCnuFxWccdYzkpg8e07mDPvyzr2ts7wpsrgAk7iTA5ZDDEVkxyO2chnk7YVl1G_FGm03RfepYg8THopjI5WjwrSU7izT77XpgLWlE/s1600/DSCF0964.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG7piacQARUiqUo1e3Dl19NJBar_NaCUPdpFXB-EkCnuFxWccdYzkpg8e07mDPvyzr2ts7wpsrgAk7iTA5ZDDEVkxyO2chnk7YVl1G_FGm03RfepYg8THopjI5WjwrSU7izT77XpgLWlE/s400/DSCF0964.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-14093191579107334892011-02-04T22:13:00.001-03:002011-02-04T22:16:42.777-03:00Wilson Simonal na Odeon [1961-1971]<a href="http://www.fnac.com.br/wilson-simonal-na-odeon-8-cds--FNAC,,musica-289662-2135.html">Caixinha</a> supimpa. O brother comprou, e além de eu recomendar a compra a quem pode (nada como um projeto gráfico decente para cada Cd e um livreto altamente informativo), me senti impelido a compartilhar o som magistral que invadiu minha casa. Enquanto devorava cada novo álbum, postava no mediafire, e tuitava o respectivo link. Terminado o trabalho, seguem todos os links.<br />
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++<br />
Ao invés de me meter a analisar toda a obra, me recolho à minha insignificância e me junto a toda uma população brasileira sem memória. Não sabia que Simonal foi em todos os sentidos o maior cantor desse país. Só mesmo uma caixa dessas e o filme "<a href="http://www.alivetorrents.com/torrent/7955469/simonal-ninguem-sabe-o-duro-que-dei-dvdrip-2009-xvid">Simonal - Ninguém sabe o duro que dei</a>" para colocar em perspectiva o que sua incrível trajetória representa para a música brasileira. Ascenção e queda, como nos melhores contos de heróis, a carreira dele é tão absurdamente brilhante em seu topo e tão fundo-do-poço no ostracismo pós 71 que ter sua fase de glória relançada e remasterizada é mais do que merecido. É necessário para nos dar um pouco da tal memória perdida. Necessário lembrar que nem sempre música (extremamente) popular é de mau gosto. Que arranjos sofisticados não só se enquadram no jazz ou na elitista MPB. É só acompanhar os brilhantes arranjos dos maestros Lyro Panicalli, Erlon Chaves, Eumir Deodato e Cesar Camargo Mariano, esse último atuando também como pianista do Som Três (ao lado de Sabá e Toninho Pinheiro), trio que acompanhou Simonal em mais da metade desta discografia. Sofisticação a serviço da boa música, que chegou num ponto (a chamada "pilantragem") que flertava com músicas folclóricas, dando um ar popularesco à sua música, porém sempre em arranjos certeiros e um swing irresistível. E a voz... que voz!! Não é só uma aula, é uma humilhação à toda uma geração de pretensos cantores de música popular brasileira. Se tudo isso não fosse suficiente, a gama de compositores gravados por Simonal dá uma ideia de sua versatilidade e bom gosto no repertório: Carlos Lyra, Tom Jobim, Vinicius, Antonio Adolfo, Edu Lobo, Jorge Ben, Silvio César, Marcos Valle, Gil e Caetano (engatinhando como compositores), Chico Buarque, além da marca pessoal de Carlos Imperial, um dos arquitetos da "pilantragem".<br />
<br />
É o tipo de artista que dá pra dizer sem medo: leia o livro, veja o filme, e ouça cada disco. Depois tente pensar se já houve cantor maior que Simonal. Não há!<br />
<br />
(Clique em cada capa para um link diferente. Boa música para as pessoas de bem!) <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?rdyfhs47du0neql"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7TbN5psk_fOyQjW9GFlTD0JAz3lAaDKdi3iwy788WmtHmwvFlHuH7oGTirQE580bS6qg3RBid_nqeByewzvQ5yS27aVkHYePj8bbZcURvwQjdVm3eLylcv8hfmhDUPK_Ju24Oya02LqU/s320/algo+mais.jpg" width="316" /></a></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?puw6ua22jfda51b"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVZoBaVWAis3HTI-5djMUcGExZkHBUfpjr0tMeAuLGmifwx7DThSEuSs0vuGCh823ZtzTZPhl6zMdr4YcifNDioITGXrLh41DopgmePfDOVnZ5q6Nr0PXWnSHJybxI96cWUFC9V9kKFRc/s320/dimensao.jpg" width="320" /></a><a href="http://www.mediafire.com/?a3xy0kp4tppw0q9" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFUMnFMKlV9erFvEp0DswuiWwfux9Mn6HK_DQ1kXArw0zryGSYxYPd1IvaF2qQmnbv0jQFZNw_aIr4JWwFQsFLwgtrg6Ky2J2trU9eNjcYFgNJLOHKFU-Anw5Z9R3FhPGKsuHcc3ln6q4/s1600/wilson.jpg" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?ez6dmf56vccd81z" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-s1kY7CAhhi6Ih6eZY7Fvdt5yaEbtY_64U5axbS6OhBsf5pYgoNGqXNTYwj2kLEDXVuU8g2JAM0zBXfdVNKTRuH53H1vbQ04GWd5ZAYTVGB-p2KRBrDvJHyBaSpDtWR2Q-7NYt7fDOQU/s320/wilsonsimonal-simbora.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?7mb20bsmg9g3r98" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUUU59yqLEiAqkA_nRhyphenhyphencQP3JkkH39SXrzlgjvNsr-7y7n4QT4vJHG3iDD7iDtQ9q59poZT7uyKc0d88BqznWLcYUussSHTujJGvzF-vjqoTI5AoqS2SQxhM1L2tDfUqQ4f1vw_h7Ls9k/s1600/vou+deixar+cair.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?i0hi07adjq9cq6x" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEn2o9jIm-JTwBg_fULF0I9qCOaCmJ0LgMKYPZ7hhWenv8UDe2wCl0gkRrogtA3xXJ5bNUmmbEwhMcn2OQ5_PxQZepNDXXfm0RAS8YbFagNDo-nKwfjoLwsbhN3gxbL3IMXbrXD15COeY/s320/WilsonSimonal.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBquH3AiAz6sU_cE7ECXxIIx4mKFrChkU7eGOp9_QiI0P9sgo3EMkjgLK0saiJO2emUqsPp9TCu14D4bFWoUNyTY8p0iyeLZ8OfPh5mWlGq2SyXv3CWeOdeUid7L2eTSLvxs-QytAAaBY/s1600/simbora.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br />
</a><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?b0pper09a4qaf58" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9VAQHj3R89YBPLJrYinHZE3pys12A5PvUUffW_WDw0pX6N3fP9twf-D9tLV9SaNGtO-Gu16YQr5KUM7gVAqK-Say7R09KUB4Jb7zVFaOAVaiBPKJ3qrbkrYY5DDxdYptuyTnaLGeORd0/s1600/show.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?nohn9qynacskg40" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi03OU_lmH3GtB9wrJbE_47wpJWtdKaoQUBxKd-pBHxeTks82gDWwybO_AZ3GnTkJ3-Y050X9VwsHHV5rEbS37sm8zmSFxDE7IiBnyIGeKHKE7Xl7VABMnszswh_8hxBkXZxFGxZ8cvWnI/s1600/WILSON+SIMONAL+-+ALEGRIA+ALEGRIA+1%25262+%252867-68%2529.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?gzkowctbwafzfww" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3ShlX6mKnePtrPZb6YdwVbldjc37OifZA85S_csbtZqnaX6IdikUy3yc-67HfXbTArjgwcMrDcuLaFL85RnTW41TtZs9zb8uZ0cnCcXjRse00T1O0MFUIEg9RkTE8GTFSzowzs7NZhU4/s320/alegria_2.jpg" width="315" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?baq2kyfzvo73cue" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj4RTJnjVPox2iKTrjGnorDvCq6UVRUthAFH3NJzd_eXGZyIawj2LjLyIEQv4M4miNCM3TWaGqw9eboADDibPMIYGzeOM-t_Aw4WLib3cjiofuegtNyPrRBxLkzGAONlpJzyyqWEqtn54/s1600/Alegria-Alegria+3.jpg" /></a></div><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?8mlq1gczvk7r0lx"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOSE1mikyW2-b_DtBUkyUlB78o_3LG5TmboSU9zaNmbcmmGTr1DPrbbF6p9-OrJYXFhfbZVeeXCFiQA7mDZg8fP0I_kHj-fPs7h8xukt6ztYSiUEKDWon3KdFQJDPqG7lsFys7cNl5m1c/s1600/Alegria_4.jpg" /></a></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?b1aqjmi18u39lfq"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjheZ9r-K9BgjbcmC55oCBs5s0nfORlW5akPb0m6W7gh-i68f2KzY1jDhAILPk5Y2addfa5w0bn_jXRNVsxBpuCXAp47jEvFa7bmu3_j60w_H715hHH7Iy2TraMGegCxP3hUV6BAZUzTCI/s320/simonal.jpg" width="310" /></a></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?w5iv7nv6uudrqq0"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnsUe09mPBOwoELLcD-vZblmPruDJ_ok7AdBOq6utXU_aYe2lGnJHAE-966I9G4v3pZXYyb14Ssy3PtfQ4hF0n0Yfesvf03kRq7tdelmd-uBa3KYL2vgnWKitYWj55RDduDZHvxavDqCQ/s320/joia.jpg" width="317" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?yo39cn6i66dayyw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXcF_obigaoK6AN1wvc6XHVwUetEd6eQ94J3cMfB5xe_OhtmGqetOrfJyR6XASemi5_d33XyLnwMgJTzmdEiUZZh6pCC3PsrSh1A4w_rHobdHVz-qe-0ppt5NK-k3qmGrGBCsnGiCycwM/s1600/singles.jpg" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3ShlX6mKnePtrPZb6YdwVbldjc37OifZA85S_csbtZqnaX6IdikUy3yc-67HfXbTArjgwcMrDcuLaFL85RnTW41TtZs9zb8uZ0cnCcXjRse00T1O0MFUIEg9RkTE8GTFSzowzs7NZhU4/s1600/alegria_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br />
</a><a href="http://www.mediafire.com/?6tm65hasdh9pced" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhg9AQ0yhnaYC2IQ0-hQYB2FZ58JYjYAOHjnpOHKRktWpP2qVzep9a8Snij6XbNkJvhCKv40JlY2P7V7MXM4TBlGSlQpFPlbVU-bsm_wFsoc7JPmGI65hm1BLlx0ENMkYcH6FvTcmApebU/s320/4754_02.jpg" width="320" /></a></div>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-41553040425807280792011-01-17T15:29:00.000-03:002011-01-17T15:29:00.922-03:00Unfinished Music No.2: Life With The Lions [1969]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOxW57gHj_9GzNGFn3OwqENkuOsUArzAUMMN0xXw7h2kSQAPEH0SUTHx92zZYN28pSGwPyVBol1p9bZl8ID8Ge8kCSJDyy_MNcVeHaDHedTL0jXhS3s2SfzYUbRYlGaoLB2Fk-1rbH2Ns/s1600/front.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="317" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOxW57gHj_9GzNGFn3OwqENkuOsUArzAUMMN0xXw7h2kSQAPEH0SUTHx92zZYN28pSGwPyVBol1p9bZl8ID8Ge8kCSJDyy_MNcVeHaDHedTL0jXhS3s2SfzYUbRYlGaoLB2Fk-1rbH2Ns/s320/front.jpg" width="320" /></a>O novo lançamento da Zapple Records saiu apenas 7 dias após o <a href="http://fabiosnoozer.blogspot.com/2010/10/electronic-sound-1969.html">Electronic Sounds</a> de Harrison. O título é uma referência ao famoso programa da rádio britânica (Life with the Lyons) que John Lennon costumava ouvir com seu tio George, quando garoto em Liverpool. Claro que a mudança de uma letra continha um ácido comentário sobre a rejeição geral que sua nova parceira musical sofria na pele em relação aos outros Beatles, e em todo o lugar onde passava. A foto da contra-capa é peculiarmente ilustrativa, mostrando o momento em que uma "fã" arranca um fio de cabelo de Yoko, num momento já difícil - o casal estava sendo levado à delegacia, acusados de porte de maconha (incidente que perseguiria-os por muitos anos a frente em Manhattan). Sentindo-se o próprio "Daniel na cova dos Leões", a capa mostra outro momento difícil, quando Ono perdeu o que seria o primeiro filho do casal (John Ono Lennon II, acredite), e o pobre MBE teve sua cama levada após um dia em que estava ao lado da paciente. "No Bed for Beatle John", a peça, é exatamente sobre isso.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRB5Mjx7vi245UTWta-gqlnlMFJwzGcFYBio3_evZR1OGfKqw2N_SUj4yWLJmGeIz-5KYQcvrWPntkFJSBlgFcewIsriSHic1Szd2pvrmOvMFDZ2kqpCud17rzuAIBPHnhhhOxsHJuWqw/s1600/rear.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRB5Mjx7vi245UTWta-gqlnlMFJwzGcFYBio3_evZR1OGfKqw2N_SUj4yWLJmGeIz-5KYQcvrWPntkFJSBlgFcewIsriSHic1Szd2pvrmOvMFDZ2kqpCud17rzuAIBPHnhhhOxsHJuWqw/s320/rear.jpg" width="319" /></a></div>Enquanto <a href="http://fabiosnoozer.blogspot.com/2010/10/unfinished-music-no1-two-virgins-1968.html">Two Virgins</a> era espontâneo em sua experimentação com gravadores em um mesmo espaço, como uma espécie de suíte durando uma noitada regada a drogas, o No. 2 da série é feito de faixas sem aparente relação umas com as outras. O resultado é mais cerebral ou, se preferir, mais chato. Há algum grau de interesse na longa faixa que toma todo o lado 1, "Cambridge 1969", primeiro por ser uma gravação ao vivo, uma das primeiras performances do casal, em março daquele ano. Descontada a gritaria interminável, o trabalho de microfonia da guitarra de John é bastante interessante, especialmente quando o baterista John Stevens responde com os pratos (e a essa altura já estamos beirando os 20min dos mais de 26...). Os universitários de Cambridge não acreditaram que um Beatle pudesse fazer uma performance tão avant-garde, já os que conheciam Ono como artista plástica não devem ter se espantado tanto... Lá pro fim da peça podemos ouvir John Tchicai no saxofone soprano, o que contribui para o clima free-jazz, mas insisto que os berros de Yoko infelizmente tomam demais as atenções do que poderia ser uma grande jam session.<br />
O lado 2 do vinil original foi gravado em fita ainda em 1968, exatamente durante a estadia do casal no hospital Queen Charlotte. A citada "No Bed for Beatle John" é Yoko <i>a capella</i>, em uma melodia de sabor oriental (japonesa, imagino). Ao mesmo tempo pode-se argumentar que seu canto (e o contracanto de John, ao fundo) lembram o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Canto_gregoriano">Canto Gregoriano</a> dos monges da Idade Média. Isso dá o que pensar sobre o paradigma Ocidente X Oriente, mas vou deixar a brecha para outro post... "Baby's Heartbeat" é o rebento ainda com vida intra-uterina, num tipo de gravação que seria imitado por Max Cavalera no disco <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Chaos_a.d.">Chaos A.D.</a> do Sepultura. Pelo menos Max foi mais sensato, e usou os batimentos cardíacos do filho como introdução do disco, apenas. "Two Minutes Silence" é exatamente isso. Hoje em dia é fácil "desprogramar" a faixa, mas pensemos no disco de vinil. Lá no meio do lado 2 você é obrigado a "ouvir" 2 minutos de silêncio. A ideia deve muito a <a href="http://acriacaocom.blogspot.com/2008/11/john-cage-433.html">John Cage</a>, claro, mas devemos lembrar que o casal perdeu o bebê, então a faixa serve como um luto, interrompendo os batimentos cardíacos que martelam por 05 min. Fechando a bolacha, "Radio Play". Parece que Joko Nono & Cia. estavam mesmo dispostos a imprimir uma estética Cageana à sua produção alternativa. Só que diferente das experiências com rádio do outro John, o casal limitado a um quarto de hospital, gravou o som do <i>dial</i> do rádio indo pra frente e para trás, enquanto podemos ouvir Lennon ao telefone, conversas triviais, aquela coisa doméstica. A faixa dura 12 min (...).<br />
Por fim, temos os <i>bonus</i> <i>tracks</i> incluídos na versão em CD. "Song for John" é outra balada folk, assim como "Remember Love", bônus em <i>Two Virgins</i>. "Mulberry" traz como novidade o que parece ser um dobro, tocado com <i>slide</i> por Lennon. E os vocalizes de Yoko são menos agressivos, provavelmente devido a seu estado de saúde. Ela bem que podia ter estado mais doente durante outras sessões dos dois.. Brincadeiras à parte, melhor citar o sábio George Martin: "No Comment"!<br />
<br />
<a href="http://www.mediafire.com/?jsjy1d15txr269w">Aqui </a>(.mp3, 192 kbps).Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-23358179276285368232010-12-27T21:14:00.001-03:002010-12-27T21:15:38.502-03:00Sn00ze e Plástico Lunar no Capitão Cook<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhPRQA19M7mG5n26pQ6rzfkDuIUsDzfoGh6LQZK8TeeWhdul5WzfrFA7eeTBOCsCmfFzIoctAU83n47B8Ky9Yd4f2uELNvVLv4UbPg2rGWH1tpyf-xB5TUJwEa-k0_HmJKcTeHCsVOwAw/s1600/festa2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhPRQA19M7mG5n26pQ6rzfkDuIUsDzfoGh6LQZK8TeeWhdul5WzfrFA7eeTBOCsCmfFzIoctAU83n47B8Ky9Yd4f2uELNvVLv4UbPg2rGWH1tpyf-xB5TUJwEa-k0_HmJKcTeHCsVOwAw/s640/festa2.png" width="459" /></a></div><br />
Para acabar o ano de bem com o Rock, uma ótima ideia para uma festa se transformou em um evento que vai botar o Cook pra ferver. Tudo começou com um combo do Snooze tocando no casamento do amigo <a href="http://www.ianeflora.com/">Ian Moreira</a>. Com o sucesso do repertório anos 80 com Beatles, o pessoal ficou com "gosto de quero mais". Rapidamente já tínhamos um novo show para divulgar, com os comparsas do <a href="http://www.myspace.com/plasticolunar">Plástico Lunar</a>, mostrando suas novas composições e os clássicos do cancioneiro psicodélico sergipano.<br />
No repertório do Snooze, prometemos cobrir toda a carreira (uma demo, 03 CDs) e tocar novo material, que estamos aos poucos dando forma para poder gravar.<br />
Além disso, dois dos produtores da festa irão mostrar seus talentos como DJs, numa batalha que promete não deixar ninguém entediado antes, entre e depois das bandas.<br />
Quer mais motivo para festejar??<br />
Até quinta!<br />
<br />
Matéria do portal da Infonet <a href="http://www.infonet.com.br/cultura/ler.asp?id=107769&titulo=cultura">aqui</a>.Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-46498863255586370252010-12-17T13:16:00.004-03:002010-12-17T16:18:23.046-03:00Exercício de composição pós-tonal<div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">Chega ao fim mais um período de faculdade, o 6° para mim. Um dos trabalhos que tive especial interesse em fazer nessa reta final (entre inúmeros relatórios de estágio que entreguei com um dia de atraso) foi da disciplina Estruturação VI, ministrada pelo Prof. Hermilo Santana. Essa matéria é basicamente composição, e marcou muito os alunos das primeiras turmas do curso de Licenciatura da UFS, por ser a cadeira ocupada anteriormente pelo Prof. Dr. Hugo Ribeiro, atualmente na UNB. Quem conhece <a href="http://hugoribeiro.com.br/">Hugo</a> deve imaginar o porquê. Como amigo, o ex-guitarrista e/ ou tecladista do <a href="http://whiplash.net/materias/entrevistas/063834-warlord2.html">Warlord </a>é até um doce de pessoa (em seu jeito peculiar de ser), mas como professor, ele é capaz de deixar traumas, ao mesmo tempo que é unanimidade no quesito competência profissional. As primeiras turmas de Estruturação Musical colecionam histórias ora bizarras e ora hilárias de Hugo à frente como professor. Já é lendária a ocasião em que, aplicando uma prova - onde a essência era compor -, o professor tocou violão, cantando com sua "linda" voz e, não satisfeito, acionou o micro system com alguma banda de heavy metal, sem se preocupar com os protestos dos alunos. Seu nível de exigência incluía a leitura de no mínimo 02 livros por semestre, livros que não necessariamente refletiam seu conteúdo na disciplina, porém serviam como completo, uma espécie de curso paralelo de erudição musical que a gente era obrigado a passar, só por sermos alunos dele.</div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">Nesse momento então que encerro o ciclo começado em 2008, quando entrei no curso, gostaria de compartilhar a composição pós-tonal, que acabou sendo a avaliação final do Prof. Hermilo.</div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">Esta é uma peça para piano baseada na Teoria dos Conjuntos. Eu já havia tido uma introdução a esse universo através do Prof. Bordini, que esteve aqui no <a href="http://fabiosnoozer.blogspot.com/2010/09/ii-sispem-uma-reflexao.html">II SISPEM</a>, e sinto não ter tido a oportunidade de ouvir de Hugo sua maneira de pensar a música pós-tonal. Quem sabe um dia...</div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">Os conjuntos utilizados foram:</div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">- 0, 1, 2, 8 (que formam a data de aniversário de minha filha) - Dó, Dó#, Ré e Sol#</div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">- 0, 1, 7, 11 (sub-conjunto do anterior, com duas notas em comum) - Dó, Dó#, Sol e Si</div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">- 2, 6, 7, 8 (transposição do anterior, uma quinta justa acima) - Ré, Fá#, Sol, Sol#</div><div class="western" style="font-family: Verdana,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><br />
<br />
O título "há 05 anos atrás", em inglês, é uma referência ao nascimento da Juju, cujo aniversário aconteceria na semana que entreguei o trabalho... Não sei dizer se ela gostaria de ouvir o resultado, mas ela me viu compondo e também quis participar. Diferente do que se pensa no senso comum de que "qualquer nota tá valendo" para esse tipo de música (que não é atonalismo livre), o controle tem que ser absoluto. Segundo o professor Hermilo, o que acontece é que o resultado sonoro desse tipo de música em geral é "frio", como uma música não dotada de emoção, por ser altamente cerebral e calculada. O fato é que gosto é uma coisa estranha, mas juro que prefiro ouvir uma peça de Schoenberg das mais medonhas ao barulho que ecoa das rádios comerciais, que muita gente usa como "música ambiente", condicionados pelos programadores, que por sua vez são guiados pela indústria. Não é música para toda hora, mas ouvidos atentos poderão achar fortes emoções em Stockhausen, Ligeti ou Xenakis, ou tantos outros. <i>It's just music</i>.<br />
<br />
Em tempo: <a href="http://www.catm.co.uk/">http://www.catm.co.uk/</a><br />
<br />
Enjoy!</div><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="background-color: #5d7cba; border: 1px solid rgb(53, 53, 53); font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 11px; padding: 0px;"><tbody>
<tr style="background-color: white;"><td align="center" style="padding: 5px;"><a href="http://www.esnips.com/doc/8656e5f2-e341-4ff3-97cb-28b35e138f99/5yearsago/?widget=documentIcon"><img alt="5yearsago" border="0" src="/images/thumbs/any.gif" title="click to View5yearsago" /></a></td></tr>
<tr style="background-color: white;"><td align="center" style="padding: 5px;"><b><a href="http://www.esnips.com/doc/8656e5f2-e341-4ff3-97cb-28b35e138f99/5yearsago/?widget=documentIcon" style="color: #333333;">5yearsago.midi</a></b></td></tr>
<tr><td style="color: white; font-size: 9px; padding: 5px;" valign="bottom">Hosted by <a href="http://www.esnips.com/" style="color: white;">eSnips</a></td></tr>
</tbody></table><br />
<div id="__ss_6212080" style="width: 477px;"><b style="display: block; margin: 12px 0pt 4px;"><a href="http://www.slideshare.net/fabiosnoozer/5yearsago" title="5yearsago">5yearsago</a></b><object height="510" id="__sse6212080" width="477"><param name="movie" value="http://static.slidesharecdn.com/swf/doc_player.swf?doc=5yearsago-101217095416-phpapp02&stripped_title=5yearsago&userName=fabiosnoozer" /><param name="allowFullScreen" value="true"/><param name="allowScriptAccess" value="always"/><embed name="__sse6212080" src="http://static.slidesharecdn.com/swf/doc_player.swf?doc=5yearsago-101217095416-phpapp02&stripped_title=5yearsago&userName=fabiosnoozer" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="477" height="510"></embed></object><br />
<div style="padding: 5px 0pt 12px;">View more <a href="http://www.slideshare.net/">documents</a> from <a href="http://www.slideshare.net/fabiosnoozer">Fabio Oliveira</a>.</div></div>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-65340980201593782522010-10-24T20:29:00.001-03:002011-02-13T13:07:12.909-03:00Electronic Sound [1969]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgexqR9h-6_W59PNtrOE4yJqkXQSIPt08QCP_2XvN0QoPzZNiDIgfdLdJRfpjy_2tvdt1HeRzV2nXQ9V2OeqsNceTRen1p0mZwt_CD-c-ZCNsmWgL2johVmfVr0joyi9qgZd81NPZeyesk/s1600/electronicsound_0.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgexqR9h-6_W59PNtrOE4yJqkXQSIPt08QCP_2XvN0QoPzZNiDIgfdLdJRfpjy_2tvdt1HeRzV2nXQ9V2OeqsNceTRen1p0mZwt_CD-c-ZCNsmWgL2johVmfVr0joyi9qgZd81NPZeyesk/s1600/electronicsound_0.jpg" /></a>Em 1969, o mundo ocidental vivia no mundo da Lua. Melhor dizendo, a corrida espacial entre EUA e URSS inspirava não só músicos, poetas e cineastas, mas era parte do vocabulário do cotidiano, visto que tudo que os <i>yankees</i> consideram oficialmente relevante parece reverberar culturalmente. Um ano antes, Stanley Kubrick através de seu "<a href="http://www.kubrick2001.com/"><i>2001: Uma Odisséia no Espaço</i></a>", revelou o que o jazzista doidão Sun Ra sintetizaria em alguns anos: "<a href="http://saqueandoacidade.blogspot.com/2010/07/sun-ra-space-is-place-1972.html">space is the place</a>".<br />
Mas pera ae, a capa desse disco aí ao lado diz "produced by George Harrison", né o cara dos Beatles? É. Ele fez um disco de música eletrônica (gargalhadas histéricas). "Electronic Sound" é mesmo uma viagem, bixo. Nas palavras do pai da <a href="http://www.georgeharrison.com/#/music/release/electronic-sound">criança</a>: "pode-se chamar de <i>avant garde</i>, mas uma descrição mais adequada seria (como diria meu velho amigo Alvin) pista <i>avant garde</i>!". Entendeu?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibpxOnYnkLJWAFLQvALxT5R5s0RUjzncSNfIl0uS7rvM0pzqc9_HZbL04Fl79XTP6N3qN_6uKyogxYwXYeCgkxoat4ET-EJNZ9XPLhiEb6JDOYGoQA9k8kjviAZZioVAJiJc_I7BlIEXA/s1600/Zapple.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibpxOnYnkLJWAFLQvALxT5R5s0RUjzncSNfIl0uS7rvM0pzqc9_HZbL04Fl79XTP6N3qN_6uKyogxYwXYeCgkxoat4ET-EJNZ9XPLhiEb6JDOYGoQA9k8kjviAZZioVAJiJc_I7BlIEXA/s200/Zapple.png" width="200" /></a></div>Este foi um dos dois lançamentos da <i>Zapple</i>, subsidiária da Apple Corps., empresa fundada pelos besouros um ano antes. John Lennon (sua futura conexão com Zappa me deixa intrigado...) era o principal entusiasta dessa vertente vanguardista, tendo sido responsável pela inclusão de "Revolution #9" no álbum branco. Apesar de Paul brincar com "música séria" bem antes (vide post sobre o <i>Revolver</i>), nessa época ele preferiu ficar de fora das maluquices, e George resolveu dar sua contribuição (ele também havia colaborado em "Revolution #9", ao contrário de Paul). Só que este "Electronic Sound" tem pouco ou nada ver com a série Unfinished Music de John & Yoko, estando estritamente presa a seu título. Como disse, é um disco de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_eletr%C3%B4nica">música eletrônica</a>. Trata-se de duas faixas (cada uma ocupando um lado do disco) onde o experimento sonoro é simplório ao ponto de podermos visualizar o cabeludo brincando de cientista maluco com seu Moog. E como todo sintetizador, dá pra fazer um bocado de barulho. "Under the Mersey Wall", a primeira faixa parece definitivamente trilha sonora de filme espacial. Há de aparecer algum doido para sincronizá-la com <i>2001</i>! Já "No Time or Space" é bem mais tensa, e menos interessante. Também é intenso o uso do chamado "ruído branco", que foi aproveitado na introdução de "I Remember Jeep", presente no <i>All Things Must Pass</i>. Curioso mesmo é que Bernie Krause, creditado como assistente da sessão realizada na California em Novembro de 68, processou Harrison alegando que o que foi lançado ali no lado 2 consistia de sua própria demonstração de como operar o Moog III. Verdades ou mentiras, o fato é que a outra gravação data de fevereiro do novo ano. Georginho juntou 1+1, pintou essa lindeza de capa, e pronto, virou vanguardista (rs.). E antes de julgar, porque não ouvir? Encerro traduzindo uma citação que figura no encarte da obra (opa, duplo sentido?):<br />
<br />
"<i>Existe muita gente por aí fazendo um monte de barulho... aqui vai um pouco mais</i>" (Arthur Wax)<br />
<br />
<a href="http://www.mediafire.com/?ccp3z9ynw7lmvll">Aqui </a>(.mp3, 128 kbps)Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-3298316607135181042010-10-15T23:57:00.000-03:002010-10-15T23:57:13.523-03:00Unfinished Music No.1: Two Virgins [1968]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBCstxet-JsyleCHu-nnTh1QNA1g4OQ3dIKeW1M571nKCZvSI8muCAj_i9Ab0fjBWjcw9XVLbuUOn7lfmmkaM4YRTHxXnFqWaPQGPRVlda2r-J1_QmkHsNPr6m-tJGXuEgzHViOcGwF1Q/s1600/two_virgins.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBCstxet-JsyleCHu-nnTh1QNA1g4OQ3dIKeW1M571nKCZvSI8muCAj_i9Ab0fjBWjcw9XVLbuUOn7lfmmkaM4YRTHxXnFqWaPQGPRVlda2r-J1_QmkHsNPr6m-tJGXuEgzHViOcGwF1Q/s320/two_virgins.jpg" width="320" /></a></div>Hora de chutar-o-pau-da-barraca. Lançado no emblemático novembro de 1968, <i>Two Virgins</i> foi gravado na verdade em meados de março, portanto oito meses antes. Após o <i>Wonderwall </i>do George, e com o novo <i>The Beatles</i> revelando excentricidades como "Revolution #9", o terreno parecia mais que propício para John Lennon & Yoko Ono se assumirem como casal e parceiros na arte, com ou sem Beatles.<br />
Mas naquela produtiva noite de março, o futuro casal mal se conhecia. Lennon e sua esposa Cynthia haviam retornado de Rishikesh, Índia - após o mergulho dos Beatles na meditação transcendental - e John parecia disposto a salvar o casamento já em ruínas. Porém, trocando telefonemas com Yoko, a quem ele conhecia desde 66, John aproveitou uma viagem da esposa para a Itália para convidá-la até seus aposentos em Kenwood, onde também se encontrava seu amigo de longa data, Pete Shotton. John e Pete haviam gravado inúmeras fitas durante aquelas semanas (assim como na juventude, os dois adoravam fazer rimas nonsense), e foram essas gravações a base do que viria a ser "Two Virgins".<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx0QhRuXxq_dxLwSzEGkaryjVip96m_gDV-jk9qpPp6ANpnTGWX0t8qHBlIi7UpmvCj6IBxGo8x-yNIe5VUgdE5Hh6FLKa-mgjYE9TTXxlVvDxmW8iJaDa5GpqyM97lj2BQIVLz-9E8Rw/s1600/back.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx0QhRuXxq_dxLwSzEGkaryjVip96m_gDV-jk9qpPp6ANpnTGWX0t8qHBlIi7UpmvCj6IBxGo8x-yNIe5VUgdE5Hh6FLKa-mgjYE9TTXxlVvDxmW8iJaDa5GpqyM97lj2BQIVLz-9E8Rw/s320/back.jpg" width="320" /></a></div>A ideia é comovente, de tão ingênua. Os pombinhos começaram a noitada dividindo um ácido (acho que a essa altura o Pete já havia dado o fora) - hábito que eles levariam para a futura vida a dois, só que usando heroína. E então deram vazão à loucura produzindo enquanto a noite durava o que ouvimos durante o o disco. As divisões de sessão (Two Virgins 1, 2, etc.) não fazem sentido se pensarmos que a música (se é que podemos chamá-la assim) é como o retrato da capa, tirada meses depois. Um snaphot de um acontecimento, de um <i>love affair</i>. Este, especificamente, só foi consumado após a conclusão da gravação, daí vem a ideia de estarem se descobrindo e se apaixonando, indiferentes ao mundo lá fora, como dois virgens. E daí por diante nada seria do jeito que era antes na vida dos dois...<br />
<br />
Após muitos assobios, uma série de sons randômicos no piano começam a aparecer, entrecortados por ruídos. Em seguida uma gravação com rotação alterada se contrapõe aos primeiros vocalizes de Ono, e o primeiro clímax é um grito bastante estridente. Lá pros 6:00 a coisa fica bem interessante: o disco gravado continua tocando (beeem lento), os ruídos se tornam mais intensos, e o piano chega a tentar uma progressão bastante atonal. Seja quem for o pianista do casal, mandou bem. Em geral é fácil achar tudo uma droga e jogar a culpa na voz da Yoko, mas nessa gravação em particular parece que tudo funciona. Os vocalizes de Ono tem um terreno perfeito na loucura concebida pelo Lennon-produtor, incluindo os ocasionais diálogos. Em termos de textura musical, o experimentalismo dos dois tá mais pra <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dada%C3%ADsmo">dadaísmo </a>do que pra qualquer corrente musical estabelecida. Conclusão? <i>Two Virgins</i> é uma obra sem par, ame ou odeie. Espontâneo, corajoso, e altamente verdadeiro. O final do lado 1 é perfeito nesse sentido, com o "excuse me" de John para apertar o botão de parar do gravador, independente do climão que estava rolando entre a reverberação de algum instrumento e a voz da moça. O lado 2 é extremamente "mais do mesmo"; se não gostou da primeira metade, melhor desistir. A cereja do bolo mesmo é o <i>bonus track</i> do Cd editado em 1997, como parte dos relançamentos do catálogo de Yoko Ono. "Remember Love" é uma pérola, lançada originalmente como Lado B do compacto "Give Peace a Chance". A voz de Yoko é tão doce, que me faz crer que se ela não fosse tão vanguardista em suas concepções artísticas, ela poderia muito bem ter se tornado uma cantora folk/ pop bastante bem sucedida. O violão dedilhado de John lembra muito "Sun King", presente no <i>Abbey Road</i>. Obrigatório.<br />
<br />
<a href="http://www.mediafire.com/?5y3rdtdic9sqb6x"><u>Download link</u></a> (.mp3, 192 kbps)Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-4145373134764375502010-10-10T22:35:00.002-03:002010-10-11T12:29:58.132-03:00Wonderwall Music by George Harrison [1968]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8_47M4DEG0XPNAld7uR7Mq7qBXMAuyWRiGtj5dm767ub2VViNIRgJaoXZeMLHal5n4cqzzi2q6qAwPtGLBAEFGcp2pPSxh68WScY4WRGj4iD-0EQFt2yQU2576fl877VvwwXv7Sw53p0/s1600/George+Harrison+-+Wonderwall+Music+-+front.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="397" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8_47M4DEG0XPNAld7uR7Mq7qBXMAuyWRiGtj5dm767ub2VViNIRgJaoXZeMLHal5n4cqzzi2q6qAwPtGLBAEFGcp2pPSxh68WScY4WRGj4iD-0EQFt2yQU2576fl877VvwwXv7Sw53p0/s400/George+Harrison+-+Wonderwall+Music+-+front.jpg" width="400" /></a></div>"Today is gonna be the day...". É, nem no título de sua música mais famosa o Oasis escapa de uma referência (geralmente inferior) aos mestres de Liverpool.<br />
<br />
A segunda incursão Beatle em um projeto fora do grupo também foi uma trilha sonora. George Harrison recebeu essa incumbência no esquema "o que você fizer está bom", e assim foi. O resultado é surpreendente, pela diversidade do material e originalidade, vindo de um músico de uma banda de rock, que havia lançado apenas 02 músicas com orientação indiana (a saber: "Love You To" e "Within You Without You").<br />
Gravado entre Londres e Bombay, "Wonderwall Music" é interessante tanto do ponto de vista da música indiana (as sessões na EMI indiana também renderam "The Inner Light", pros Beatles), como das partes mais experimentais, que ao que parece ilustram cenas do filme em que a psicodelia e o surrealismo imperam. Não é um disco de canções, que o compositor só viria a escoar de verdade dois anos mais tarde em "All things must pass", mas também não é um disco de experimentalismo gratuito (este, a gente fala em breve neste blog). George compôs com liberdade total e é assim que um piano honky-tonk em "Drilling a home" convive com instrumentos indianos (sarod, tabla, shanhais, cítaras...) em outros momentos. São 19 peças instigantes, mesmo sem imagens para ilustrar. "Ski-ing" é um ótimo rock, e assim como Paul em "The Family Way", Harrison não toca (pelo menos não creditado), e no <a href="http://www.georgeharrison.com/#/music/release/wonderwall-music">encarte </a>além dos músicos listados da Índia ou Inglaterra, ele agradece aos loops dos amigos. Eddie Clayton é na verdade Eric Clapton.. Rich Snare, Ringo Starr e Peter Tork dos Monkees não é creditado (como Harrison) tocando um banjo emprestado de McCartney. Ashish Kahn é o nome indiano em destaque como performer.<br />
A ideia a princípio foi fazer uma mini-antologia de música indiana para continuar sua recente empreitada de divulgador oficial dessa música no Ocidente. Ele conta que a experiência de gravar na Índia foi instigante porque ele tinha que mixar tudo na hora, pois lá eles trabalhavam com apenas um gravador em mono. Nos termos de Harrison, eles estavam mal-acostumados em Londres com as mesas de 08 e agora 16 canais, então o desafio era fazer tudo acontecer "valendo". Fora isso, não havia isolamento acústico, então em algumas faixas 'indianas' é possível ouvir carros passando, e quem disse que isso é ruim? A sensação durante toda a audição é de música feita espontaneamente, sem pressão. Bem diferente do inferno astral que George viveria com os Beatles dali pra frente, até o fim.<br />
Historicamente, além de ser o primeiro lançamento oficial de um Beatle fora do grupo (levando-se em conta que em "The Family Way" a música de McCartney é incidental), foi o primeiro LP lançado pela recém criada Apple Records, saindo semanas antes do Álbum Branco dos Beatles. Fora de catálogo, devemos agradecer a todos os deuses indianos ou não pela Internet e seus bancos de dados sagrados. Amen.<br />
<br />
<a href="http://www.mediafire.com/?ek6sage02cw263b"><u>Download link</u></a> (.mp3, 128 kbps)Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-31247850545868399902010-10-03T22:17:00.055-03:002010-10-04T09:20:28.723-03:00Exercício pós-tonal e divagações octatônicasFeito primeiro no Sibelius (para eu poder ouvir as notas), escrevi no Lily Pond (que é gratuito, bonito e gera midi) este exercício para a disciplina Estruturação Musical VI, que entregarei hoje na UFS. A ideia do post é testar esse <a href="http://www.slideshare.net/">aplicativo</a>, também gratuito. Com ele dá para tomar gosto em publicar mais partituras e <i>slides</i> produzidos para trabalhos acadêmicos. Também posto o audio, para apreciação.<br />
<br />
Daí pensei que poderia fazer o trabalho completo, e resolvi pesquisar sobre o objeto de estudo em si: a Escala Octatônica. Em sua dissertação de <a href="http://www.musica.ufg.br/mestrado/banco_dissertacoes/MarlouPeruzzolo.pdf">Mestrado </a>pela Federal de Goiás, Marlou Peruzzolo Vieira (2010) oferece alguma luz quanto à sua conceituação:<br />
<br />
"<i>Escala octatônica é um termo aplicável a qualquer formação escalar que faça uso de oito notas diferentes no âmbito de uma oitava (WILSON, 2008)</i>. (...) <i>Designação para uma escala que consiste na alternância de segundas maiores e segundas menores (KOTSKA, 2006, p. 31). (...) Há, portanto, dois modos desta escala</i>".<br />
<br />
<br />
Segundo Adriano Gado (2009), em uma comunicação disponível <a href="http://adrianogado.com.br/pesquisa/takemitsu.epem.pdf">aqui</a>, "<i>um dos interesses pelos compositores quanto à sua utilização reside na riqueza de propriedades internas que ela possui</i>". Citando Joel Lester (1989), o autor aponta que por "<i>conter quatro trítonos, seu uso sugere ênfase em divisões iguais da oitava</i>".<br />
<br />
Em tempo, o trítono é aquele intervalo ouvido no <i>riff </i>principal da música "Black Sabbath" (G - G - Db), e não por acaso, costumava ser conhecido como o <i>diabolus in musica</i> durante a Idade Média (WISNIK, 1999, p. 82). Sua constituição é de três tons inteiros, daí o nome. Mais sobre ele <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%ADtono">aqui</a>.<br />
<br />
Voltando à Esala Octatônica, Gado (2009) traz a categorização de Pieter Toorn (1983), que diz respeito às três possíveis transposições desta escala. Isto porque todas as outras "<i>são repetições enarmônicas destas três possibilidades</i>" (VIEIRA, 2010). Em acordo com Kotska (2006) e Wilson (2008), estas transposições podem ser resumidas tomando como ponto de partida as notas dó, dó# e ré. No quadro abaixo, transcrevo da forma sugerida por Toorn, a partir das notas mi, fá e fá#. É tão verdade que "dá na mesma" que podemos fazer a correlação. Na forma OCT 1 temos o ré, a OCT 2 contém a nota dó, e no OCT 3 aparece o ré bemol, enarmônico de dó#.<br />
<br />
Por fim, é importante mencionar, que no jazz a "escala diminuta" e a chamada "dom-dim" são as duas formas da escala octatônica. Moral da estória, não é porque é pós-tonal que precisa ficar no academicismo. A aplicação na improvisação (especialmente em músicas de caráter modal) resulta em sonoridades bastante ricas e por isso devemos aprofundar nosso conhecimento na prática! Saiba mais <a href="http://www.wesleycaesar.mus.br/escala7.htm">aqui </a>e bons estudos...<br />
<br />
<div id="__ss_5352233" style="width: 477px;"><b style="display: block; margin: 12px 0pt 4px;"><a href="http://www.slideshare.net/fabiosnoozer/escala-octatonica" title="Escala octatonica">Escala octatonica</a></b><object height="510" id="__sse5352233" width="477"><param name="movie" value="http://static.slidesharecdn.com/swf/doc_player.swf?doc=escalaoctatonica-101004071127-phpapp02&stripped_title=escala-octatonica&userName=fabiosnoozer" /><param name="allowFullScreen" value="true"/><param name="allowScriptAccess" value="always"/><embed name="__sse5352233" src="http://static.slidesharecdn.com/swf/doc_player.swf?doc=escalaoctatonica-101004071127-phpapp02&stripped_title=escala-octatonica&userName=fabiosnoozer" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="477" height="510"></embed></object><br />
<div style="padding: 5px 0pt 12px;">View more <a href="http://www.slideshare.net/">documents</a> from <a href="http://www.slideshare.net/fabiosnoozer">fabiosnoozer</a>.</div></div><br />
Sobre o título de meu exercício: um "octopussy" pode ser entendido como um gato de oito pernas. Referência? "<a href="http://nobrasil.org/meu-vizinho-totoro-tonari-no-totoro/">Meu Vizinho Totoro</a>", obrigatório para os fãs de animação...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4egZKLAnI4sY4oJ2WniENEA0aIRohCPmsM6X16Na2r_z2K2ksX-RWPuOshy3M2LuO75p5V5O3GVi7bYQcQwmSkJQ8IbrymJBU1V3YZ-6wUx8btVAbhHVqIbHKuU7oyghH01y2PBO2qTo/s1600/octopussy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4egZKLAnI4sY4oJ2WniENEA0aIRohCPmsM6X16Na2r_z2K2ksX-RWPuOshy3M2LuO75p5V5O3GVi7bYQcQwmSkJQ8IbrymJBU1V3YZ-6wUx8btVAbhHVqIbHKuU7oyghH01y2PBO2qTo/s400/octopussy.jpg" width="400" /></a></div><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="background-color: #5d7cba; border: 1px solid rgb(53, 53, 53); font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 11px; padding: 0px;"><tbody>
<tr style="background-color: white;"><td align="center" style="padding: 5px;"><a href="http://www.esnips.com/doc/da91568c-eb12-4af4-a5c1-350424d8a00a/octatonico/?widget=documentIcon"><img alt="octatonico" border="0" src="/images/thumbs/any.gif" title="click to Viewoctatonico" /></a></td></tr>
<tr style="background-color: white;"><td align="center" style="padding: 5px;"><b><a href="http://www.esnips.com/doc/da91568c-eb12-4af4-a5c1-350424d8a00a/octatonico/?widget=documentIcon" style="color: #333333;">octatonico.midi</a></b></td></tr>
<tr><td style="color: white; font-size: 9px; padding: 5px;" valign="bottom">Hosted by <a href="http://www.esnips.com/" style="color: white;">eSnips</a></td></tr>
</tbody></table><br />
<br />
<div id="__ss_5349132" style="width: 477px;"><b style="display: block; margin: 12px 0pt 4px;"><a href="http://www.slideshare.net/fabiosnoozer/octatonico" title="Octatonico">Octatonico</a></b><object height="510" id="__sse5349132" width="477"><param name="movie" value="http://static.slidesharecdn.com/swf/doc_player.swf?doc=octatonico-101003194825-phpapp01&stripped_title=octatonico&userName=fabiosnoozer" /><param name="allowFullScreen" value="true"/><param name="allowScriptAccess" value="always"/><embed name="__sse5349132" src="http://static.slidesharecdn.com/swf/doc_player.swf?doc=octatonico-101003194825-phpapp01&stripped_title=octatonico&userName=fabiosnoozer" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="477" height="510"></embed></object><br />
<div style="padding: 5px 0pt 12px;">View more <a href="http://www.slideshare.net/">documents</a> from <a href="http://www.slideshare.net/fabiosnoozer">fabiosnoozer</a>.</div></div>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-67479888512915291422010-09-29T23:19:00.010-03:002010-09-30T12:36:47.565-03:00II SISPEM<div class="western">O segundo Simpósio Sergipano de Pesquisa e Ensino em Música ocorreu na semana de 20 a 23 de setembro, lá mesmo no Campus de São Cristóvão, onde funciona o Núcleo de Música da UFS.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwP-LpuUgK9QKp5NBwY_F3MJPQhZv321ZQEW-Z8W0cmLgNCPzBfl33-ToiXM2qk_Ky0D548uP3yYGKK8PKwEbXuMshccGDl61FC9-5KQFOCSZSQOJxWbLcEySgidbys438ihg4xEFelQs/s1600/joao_omar+%28P&B%29.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwP-LpuUgK9QKp5NBwY_F3MJPQhZv321ZQEW-Z8W0cmLgNCPzBfl33-ToiXM2qk_Ky0D548uP3yYGKK8PKwEbXuMshccGDl61FC9-5KQFOCSZSQOJxWbLcEySgidbys438ihg4xEFelQs/s320/joao_omar+%28P&B%29.jpg" width="320" /></a></div><div class="western">O primeiro dia serviu como pontapé inicial com apresentações musicais. Não houve palestra, como anunciado na programação. E nem precisava. Qualquer evento que trate de música, mesmo do ponto de vista científico deve haver música para apreciação. E a noite começou lindamente com o Prof. Msc. João Omar, que desenvolve trabalhos na cidade de Vitória da Conquista/BA. Difícil descrever o que ouvi... musicalidade profunda e técnica exuberante. Não precisava ser aluno do curso para se deixar levar por essa música. Todos presentes ficaram encantados. Em seguida o Prof. Msc. João Liberato o acompanhou no palco, retomando uma parceria de longa data. A última peça dos dois trabalhava bem a síncopa nordestina, baseada em semicolcheias. O violão é emblemático em lembrar-nos que a ponte entre música "erudita" e "popular" pode e deve ser encurtada.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="western"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8gWck9QxL6vabUk_PQTkjtchLOFBHFIv8asedOixJhni2OIfghxr_KC_F9soLd2AkhSvNynpB2t_EsVr0KmGoqQ4PshK88-m4hO0zZ8AGo2e0LQtxXaHatL8MQePe2kKooq6AkjS7sC0/s1600/canarinhos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8gWck9QxL6vabUk_PQTkjtchLOFBHFIv8asedOixJhni2OIfghxr_KC_F9soLd2AkhSvNynpB2t_EsVr0KmGoqQ4PshK88-m4hO0zZ8AGo2e0LQtxXaHatL8MQePe2kKooq6AkjS7sC0/s320/canarinhos.jpg" width="320" /></a></div><div class="western">Antes de nos recuperarmos dos orgasmos sonoros, a próxima atração foi anunciada, mas não havia músicos no palco. Os artistas estavam todos do lado de fora do Auditório da Reitoria. Eram eles crianças e adolescentes, os Canarinhos de Aracaju. E entraram, cantando, com moral de quem faz isso há bastante tempo. A cantiga repetida por todos até o palco transformou-se num cânone, com os grupos formando rodas, deixando claro para o ouvinte quem está fazendo o quê. Para mim foi especialmente gratificante ver o grau de domínio dos garotos, pois os conhecia desde o ano passado, porém essa foi a primeira oportunidade de assistir uma apresentação completa. Acompanhando a cantoria, além do regente ao teclado, destaque total para o contrabaixo da colega Val, com muita liberdade e propriedade. O maestro Carlos Magno falou bastante, informando o papel do INCASE na formação de futuros alunos do Curso de Licenciatura (o que é desde sempre uma realidade), e do papel social de se estudar música, e não se cobrar nada para aqueles alunos da rede pública. Os Canarinhos saíram como entraram: cantando. Alguns poucos (como eu) ainda foram lá fora ver como o maestro terminaria aquilo. Sem problemas, estavam lá eles, voltados para o regente, de olho no gesto...</div><div class="western"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS8G6MIZ8PdMK5uKocVhZJMH_DgwgM3EBit3DERle8_8fZ1OL4_05u4pSIf8iFpWZ3fXH2lvXiS0CXAD7CBIi6thHOb_FuQQVrC5C-U1GaPE-BIRudLt0Qf1UDXfLs4Lnyic38rpU6_5M/s1600/quinteto_sopros3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS8G6MIZ8PdMK5uKocVhZJMH_DgwgM3EBit3DERle8_8fZ1OL4_05u4pSIf8iFpWZ3fXH2lvXiS0CXAD7CBIi6thHOb_FuQQVrC5C-U1GaPE-BIRudLt0Qf1UDXfLs4Lnyic38rpU6_5M/s320/quinteto_sopros3.jpg" width="320" /></a></div><div class="western">De volta ao auditório, a terceira parte do programa trazia o quinteto de sopros da Filarmônica Nsa. Sra. da Conceição, instituição respeitadíssima, um patrimônio cultural do Estado e da cidade de Itabaiana. Me chamou atenção em especial o fagote, fica mais fácil acompanhá-lo em seus registros graves nessa formação do que dentro de uma massa sinfônica. Troquei ideia com o fagotista Henrique no dia seguinte, e para minha surpresa ele não é aluno do curso, mas sim graduando em História, apesar de ter feito diversas disciplinas conosco. A formação do quinteto inclui ainda clarinete, oboé, flauta e uma trompa, muito bem executada.</div><div class="western"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnDpK6aTIM9Lkwky08bZgkDzd9bntLFdRuzjlCRVW5Ha65-IPRFs31aiWK0-Xb8l57StLBk6QZ00w_lpenuxrYTezaOF8nvgpBAatVRCz8mwJzYeB05iU3z_Z2iXZUjC6lfjTm751MGPU/s1600/ferraro_4tet2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnDpK6aTIM9Lkwky08bZgkDzd9bntLFdRuzjlCRVW5Ha65-IPRFs31aiWK0-Xb8l57StLBk6QZ00w_lpenuxrYTezaOF8nvgpBAatVRCz8mwJzYeB05iU3z_Z2iXZUjC6lfjTm751MGPU/s320/ferraro_4tet2.jpg" width="320" /></a></div><div class="western">Para encerrar, nas palavras de João Liberato, um grupo emblemático para o curso de Música da UFS: o Ferraro Trio, que contou em 80% da apresentação com um quarto elemento: o Prof. James Bertisch, que subiu ao palco ovacionado, atestando um alto grau de aprovação dos alunos em relação ao seu trabalho em diversas disciplinas. James tocou teclado e o timbre 'hammond' trouxe uma cor importante para o som do Ferraro. Dá pra dizer que foi a melhor versão que presenciei de temas como "Hamster"... nada contra o <i>didjeridoo</i>, mas a música ganhou em profundidade harmônica. E o que dizer de "Cissy Strut" dos Meters? Perfeito, os diálogos improvisados entre guitarra e teclados foram absurdos. Aliás, apesar de ser óbvio o alto nível de musicalidade de trio, parecia que Saulinho estava particularmente à vontade com mais um instrumento harmônico. Seus improvisos atingiram o grau máximo de liberdade, um Hendrix jazzístico tocando funk. Ave Ferraro!!! Já no dia seguinte...</div><div class="western"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="western"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOR_Xk2xBB5xCh-PUAhq8QJLYX7CEQ9Jw70s8cv9nGsgDbxOQnEhmdgVAnlhLaohjoy4ZcwuQfvpBIzU_ScYR96He3_kTWfRC2_b_Wypz8xgieGgAVYsn1UXORu-X3wt40Kx7WHU4h1dU/s1600/mini-curso_pos-tonal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br />
</a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNnwRMd9GDhvG87uSBlgzgAavw46Y2YvQCIfa2snyxIj12HT5XfoLGQUafLNELOMGjTXNGYnB83GNwCM3mXII0zE9u3c4x4PnIYTUSCFxNkaVBLCnkqOPXVQPRMiayp-RsKu8Z-mALR88/s1600/mini-curso_canto.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a>Era hora de estudar e conversar sobre música. Os mini-cursos de três dias aconteceram pela parte da manhã, e foram eles três: de Canto com o Prof. Dr. Eduardo Xavier, <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNnwRMd9GDhvG87uSBlgzgAavw46Y2YvQCIfa2snyxIj12HT5XfoLGQUafLNELOMGjTXNGYnB83GNwCM3mXII0zE9u3c4x4PnIYTUSCFxNkaVBLCnkqOPXVQPRMiayp-RsKu8Z-mALR88/s1600/mini-curso_canto.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNnwRMd9GDhvG87uSBlgzgAavw46Y2YvQCIfa2snyxIj12HT5XfoLGQUafLNELOMGjTXNGYnB83GNwCM3mXII0zE9u3c4x4PnIYTUSCFxNkaVBLCnkqOPXVQPRMiayp-RsKu8Z-mALR88/s320/mini-curso_canto.jpg" width="320" /></a>coordenador do curso de Bacharelado em Canto da UFAL; de violão com o já citado João Omar e o curso de Introdução à Teoria Pós-Tonal e Processador de Classes de Notas, com o Prof. Dr. Ricardo Bordini, gaúcho radicado na Bahia. Se eu pudesse teria feito os três, mas como tinha que escolher, fiquei com este último. Por vários motivos, notadamente por ser um assunto de interesse pessoal, mas também por ser esse o semestre que estou cursando Estruturação VI, onde abordamos música contemporânea. E nada melhor que aprender com um especialista na área, referência internacional e também compositor de música moderna. E ao longo dos três dias não me arrependi de minha escolha, pois além de ser um cara bacana, fã de Yes e rock progressivo, Bordini é muito bom professor. E conseguiu passar a sensação de que, mesmo dentre uma infinidade de conceitos de difícil assimilação, é possível se apropriar dessas ideias e experimentar um pouco, ou mesmo se debruçar em uma partitura de música do séc. XX e investigar o que está acontecendo, ao invés de simplesmente julgar que o que ocorre é aleatório e que uma criança poderia fazer o mesmo. Longe disso, se nos conformarmos ao fato de que essa música não obedece às regras do Sistema Tonal e sim às suas próprias regras, configurando-se em outro sistema também fechado em si mesmo, poderemos quem sabe até gostar de alguma coisa que alguns consideram "feia" ou de "mau gosto". Como toda obra de arte, é debruçando-se e entendo as relações dos elementos que a constituem que poderemos ter condição de apreciar o que se fez. E é por essa razão que muitos compositores do séc. XX se tornaram analistas, publicando artigos sobre suas próprias obras, para provar que há sentido no que estavam fazendo, mas não à luz da consagrada música da chamada "prática comum". <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOR_Xk2xBB5xCh-PUAhq8QJLYX7CEQ9Jw70s8cv9nGsgDbxOQnEhmdgVAnlhLaohjoy4ZcwuQfvpBIzU_ScYR96He3_kTWfRC2_b_Wypz8xgieGgAVYsn1UXORu-X3wt40Kx7WHU4h1dU/s1600/mini-curso_pos-tonal.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOR_Xk2xBB5xCh-PUAhq8QJLYX7CEQ9Jw70s8cv9nGsgDbxOQnEhmdgVAnlhLaohjoy4ZcwuQfvpBIzU_ScYR96He3_kTWfRC2_b_Wypz8xgieGgAVYsn1UXORu-X3wt40Kx7WHU4h1dU/s320/mini-curso_pos-tonal.jpg" width="320" /></a>Pois bem, caras como Bordini passaram anos fazendo contas no papel para compor e analisar peças (é, notas são números para a teoria pós-tonal). E o resultado desse empenho é uma calculadora criada pelo Prof. Jamary Oliveira da UFBA, disponível <a href="http://www.angelfire.com/music2/bahia/pcn/pcn2001ptb.htm">aqui</a>. Com ela, uma serie de operações que antigamente você precisaria brincar de cientista maluco para analisar ou compor suas peças estão disponíveis em botões de uma calculadora. É disso que trata o tal Processador de Classe de Notas. Claro que não adianta sair apertando botão sem entender para que serve cada coisa. Lá naquele sítio dá para baixar <a href="http://www.clem.ufba.br/bordini/tutor/index.html">tutorial </a>e explicações, e mesmo para nós que fizemos o curso é necessário se debruçar para começar a entender e ter consequente domínio. Assim que conseguir completar minha composição baseada em meu número de CPF, pretendo postar e explicar o que fiz e porquê.</div><div class="western"><br />
</div><div class="western">Na terça-feira, dia 21, no turno da tarde o Prof. Dr. Sérgio Figueiredo (UDESC) foi apresentado a nós como agente importante no processo que levou ao complemento da LDB de 1996, a lei 11.769 de 2008, a famosa lei que finalmente regulariza o ensino de música como obrigatório em todo o país. E é justamente esse o ponto principal sob o qual foi realizado esse simpósio. E foi com Sérgio que pudemos entender melhor o texto da lei, e refletir sobre a aplicabilidade da mesma e outras questões, como o polêmico veto do presidente Lula a um de seus artigos. Dada a importância e a quantidade de informações e modelos adotados em outras cidades que o palestrante acompanhou, o workshop continuava na quarta. </div><div class="western"><br />
Tivemos em seguida, na terça, uma importante sessão de comunicações, onde alunos do curso tiveram a oportunidade de desenvolver alguma pesquisa científica, que poderá ou não desembocar no TCC ao fim do curso. Foi assim que ano passado falei sobre <a href="http://fabiosnoozer.blogspot.com/2010/04/artigo-sispem.html">Varèse</a>, mas este ano fui só ouvinte. Maria Gorete, gloriosa "tia" de vários colegas do Conservatório, abriu os trabalhos apresentando uma visão geral de seu trabalho de conclusão, colocando o nome de três mulheres, geralmente ignoradas pela História, como fundamentais para a criação do que hoje é o Conservatório de Música de Sergipe. Em seguida, minha coleguinha Thais Rabelo nos apresentou a fábula da Cigarra e a Formiga à luz da atual situação que a música se encontra, quando vários segmentos da sociedade duvidam que sirva "pra alguma coisa" ou que a atividade musical seja digna de respeito. Ótimo trabalho, fiquei apenas apreensivo do músico morrer de fome e de frio, como no desenho animado, baseado na mesma fábula (rs.). Seguindo a sessão, um representante do "clube do baixo" (forte tendência no nosso curso), Paulinho "Groove", propôs uma reflexão sobre a música como Arte ou Ciência. Difícil tarefa com a quantidade de abordagens expostas, mas a ideia é excelente, necessitando de mais tempo para maturação. Encerrando, o guitarrista-ninja Saulo Ferreira nos apresentou um método desenvolvido pelo próprio para ensinar guitarra para seus alunos. A ideia é muito simples, Saulo sacou que o que costuma travar os instrumentistas de corda com traste é justamente a facilidade de transposição, visto que aprendemos escalas através dos chamados <i>shapes</i>. Daí que muitos não se preocupam em saber quais as notas das diferentes escalas, já que mantendo-se o mesmo desenho conseguimos a mesma sonoridade transpondo regiões do braço. Se você quiser entender mais é melhor perguntar ao próprio Saulo, mas o resultado é uma bênção quando você lembra de professores que querem mais quantidade que qualidade do aluno. O desdobramento é ainda mais gratificante quando ele aborda a improvisação. O que muitas vezes parece impossível de teorizar, pode se tornar muito simples, dependendo da abordagem...</div><div class="western"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8Em1oLfBHDkw6sXXpdi6YY-vtYLXEurfzy2m5geEhODrJbZE4rpDq6JuU3jL7ZT8ecwwG-xVMieXwtE-JGiUdiw4PMSPmW75MEPnpaL6IfiGu5KFuGda3ARcaJZznSgNn1fGlO5H8aD0/s1600/mesa_redonda+%28ouvintes%29.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8Em1oLfBHDkw6sXXpdi6YY-vtYLXEurfzy2m5geEhODrJbZE4rpDq6JuU3jL7ZT8ecwwG-xVMieXwtE-JGiUdiw4PMSPmW75MEPnpaL6IfiGu5KFuGda3ARcaJZznSgNn1fGlO5H8aD0/s320/mesa_redonda+%28ouvintes%29.jpg" width="320" /></a></div><div class="western">E ainda na terça ocorreu uma mesa redonda (originalmente programada para quarta) intitulada "Políticas públicas e legislação educacional para a área de música", que além de Sérgio Figueiredo, contou com a Prof.ª. Dr ª. Rejane Harder do nosso NMU, e o Prof. Dr. Eduardo Xavier da UFAL. A fala deste último foi basicamente um desabafo acerca da precariedade e dificuldades encontradas no curso superior de Música em Alagoas. Um retrato assustador, com intrigas e politicagens ofuscando um curso de mais de 20 anos de existência. Recentemente conseguiram criar o curso de Licenciatura em Piano, tendo como professor o grande Manoel Junior, mas o que entendemos da fala do prof. Xavier (isso me lembra X-Men), foi que poderiam ter expandido e revitalizado o curso de maneira inédita, não fosse a má vontade dos próprios colegas. Um dado lamentável. Se no nível de graduação é assim difícil, imagino que a tarefa de levar música pras escolas será ainda mais complicado para os colegas alagoanos...</div><div class="western">O papel da Prof.ª Rejane foi relatar o andamento de uma pesquisa feita em conjunto com alguns alunos das disciplinas de Estágio, que mapeia a atual situação do ensino de música em Aracaju. Em linhas gerais o que temos é somente uma escola da rede pública com aulas de música, outra com uma banda que ensaia anualmente para o 7 de setembro, e muita desinformação e preconceito. Na rede particular há escolas que já tem aulas regulares, como a Nossa Escola e Arquidiocesano, que inclusive cederam espaço para nós estagiários observarmos seus professores e neste semestre ministrarmos aulas. Fora esse levantamento, a professora nos trouxe informações sobre as 20 bolsas do PIBID que está servindo para dar um pontapé inicial para a implementação da música no Ensino Fundamental II (sexto ao nono ano) em várias escolas da rede pública. Além disso, há um projeto vinculado ao PRODOCENCIA, cuja proposta é a elaboração de material didático, com planos de aula testados e aprovados pelos estagiários em campo e bolsistas do PIBID. </div><div class="western">Mas a estrela da noite foi mesmo o Prof. Sérgio. Suas principais ideias e estratégias motivacionais que iriam desembocar na continuação do <i>workshop </i><span style="font-style: normal;">no dia seguinte </span>eram:</div><div class="western">- o MEC não vai nos dizer que aula de música é essa, muito menos dizer que livro didático deve-se adotar, então cabe a nós determinar tudo isso e brigar pela qualidade do ensino;</div><div class="western">- as escolas de Sergipe não vão sair abrindo vaga e ligando pros ex-alunos formados na UFS para poder fazer cumprir a lei. Se um diretor entender que cantar o Hino Nacional é suficiente para estar em acordo com a lei, ninguém estará lá para dizer que a ideia não é essa;</div><div class="western">- nós, músicos e/ ou futuros professores de música temos que estudar a lei para ter argumentos sólidos e sair do senso comum do tipo "música faz bem para a alma". Não adianta só reclamar. Para fazer valer nossos ideais de uma educação que inclua música bem ensinada, é preciso agir politicamente, e isso significa ser o mais presente possível: participar de encontros da área de educação; frequentar a câmara de vereadores; fazer artigos em blogs como este; enfim, unir a classe estudantil em prol de uma mesma vontade política.</div><div class="western">Outro argumento bastante martelado é para derrubar qualquer opinião que desqualifique a importância do profissional formado para ensinar música. Afinal todos nós falamos português e nem assim somos todos professores desta língua. Assim como ser professor de “línguas estrangeiras" não implica que ele vai ensinar qualquer língua, afinal todas que não são português se encaixam nesta categoria. Isso derruba a insistente noção de se dividir o horário de música com "Artes", fruto de uma prática educacional adotada nos anos 70, com a disciplina-fiasco "Educação Artística". Daí outra briga: todas artes precisam ser contempladas, mas cada uma como disciplina isolada. O que mais se ouve é que "não há espaço na grade", mas tudo é uma questão de vontade e reorganização dos projetos político-pedagógicos. E é aí que entra a ação dos estudantes em ter certeza que representantes, por exemplo, de nosso Núcleo de Música acompanhem essas discussões e ajudem a formatar a inserção das Artes e da Música nas escolas. A obrigatoriedade implica por fim numa democratização dos conteúdos em suas diferentes áreas de ensino. Quantas vezes eu não me perguntei para quê que eu estava estudando algo de Química ou Física?? E, de fato, não lembro de quase nada destas áreas, e não me tornei alguém capacitado a lidar com tubos de laboratório porque passei nessas disciplinas (e em dois vestibulares). Educar musicalmente nossos futuros cidadãos, da mesma forma, não implica "descobrir novos talentos", mas preparar pessoas com um melhor senso crítico, estético e, enfim, sempre tem um ou outro que acaba se interessando o suficiente para procurar o Conservatório, e futuramente uma graduação. Implica em disponibilizar uma informação que não devia ser exclusiva dos músicos. É reintegrar uma matéria tão básica que fazia parte do <i>Quadrivium</i> na Antiguidade Clássica (junto com Geometria, Aritmética e Astronomia)!</div><div class="western"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6aysIPIViWlvfbFQhqYOn_nDdfhcadEqvsGD8jyigJcJoVMZjKiHoOllWKJk2-zXLclVFEwhQIvT2isPDDiWSkV6w7JzeRA82GnP_TWjg_3nrm81_I9OoAwvv8Zx18UCIpPxPGKazmKE/s1600/palestra_christian.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br />
</a></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMLXM1rJ-HJMYMzMTH7bdEONaQbMmQBuw8gy_TLjWXXMehTPcvdxoq_NJlSUDoPNa6Kq4JJHvQUQ6iODk8SM-3V6vjI_GZ5w32GGeE9VZNMAjKxGuyftuFTHIEn6yDGgGDKNfDw-iqkHI/s1600/sergio_workshop2.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMLXM1rJ-HJMYMzMTH7bdEONaQbMmQBuw8gy_TLjWXXMehTPcvdxoq_NJlSUDoPNa6Kq4JJHvQUQ6iODk8SM-3V6vjI_GZ5w32GGeE9VZNMAjKxGuyftuFTHIEn6yDGgGDKNfDw-iqkHI/s320/sergio_workshop2.jpg" width="320" /></a>Foi essa a discussão continuada na quarta à tarde, sendo que após uma pausa, o Prof. Sérgio propôs que formássemos grupos para pensar o que se poderia fazer a curto, médio ou longo prazo. Iniciativas individuais, coletivas... era hora de pensar em nossa realidade! O resultado foi bastante positivo, com alunos como Rodrigo “Peninha”, Rafael Jr. e Juarez manifestando-se e confirmando que o discurso do prof. deu resultado. Falou-se de assembleias de alunos, confecção de material informativo (folders), explicando à sociedade os benefícios do estudo da música. Foram mais ideias do que eu vou conseguir lembrar, mas o mais importante foi perceber que tava todo mundo contaminado. E o desafio é justamente continuarmos contaminando outros... do micro ao macro.</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">A última tarde de simpósio começou com duas palestras em cada um dos dois horários, ou seja 04 no total. As minhas escolhas foram as da maioria, então tivemos uma sala de aula entupida de gente, tanto na palestra do Prof. Dr. Christian Lisboa, quanto na seguinte, do Prof. James Bertisch. Na outra sala revezaram-se o Prof. Msc. João Liberato, expondo sua dissertação “Filarmônica N. Sra. Da Conceição: Funções de uma banda de música no agreste sergipano entre 1898 e1915”, e em seguida o Prof. Msc. Ion Bressan: “A formação de orquestras jovens e sua relação com o mercado de trabalho”. Segue o meu relato presencial.</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAApCIrLKhT5D03IVFy5JqKqPevqwc0rt19Oy1IByXUrNVPl4Dxeuuy8TzfLF_sYtQ0lbpNG7LnsOWUs4npcu5mu4PeuRa60P2DybpesbzbPbROwqgjUJpG_oPrSamf5Yn-vi8cpt_mio/s1600/palestra_james.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6aysIPIViWlvfbFQhqYOn_nDdfhcadEqvsGD8jyigJcJoVMZjKiHoOllWKJk2-zXLclVFEwhQIvT2isPDDiWSkV6w7JzeRA82GnP_TWjg_3nrm81_I9OoAwvv8Zx18UCIpPxPGKazmKE/s1600/palestra_christian.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6aysIPIViWlvfbFQhqYOn_nDdfhcadEqvsGD8jyigJcJoVMZjKiHoOllWKJk2-zXLclVFEwhQIvT2isPDDiWSkV6w7JzeRA82GnP_TWjg_3nrm81_I9OoAwvv8Zx18UCIpPxPGKazmKE/s320/palestra_christian.jpg" width="320" /></a>O tema do Prof. Christian era Psicologia da Música, que ele já havia abordado no ano anterior. Importante diferenciar da Musicoterapia, que tem função terapêutica, a abordagem aqui é mais investigativa acerca do que ocorre conosco ao ouvirmos ou executarmos música. O mais legal foi simular um experimento real, onde ouvíamos músicas e ora escrevíamos palavras aleatórias, ora escolhíamos grupos de adjetivos que poderiam caracterizar nossas sensações. Ainda pretendo me aproximar do grupo de estudo nessa área que o prof. lidera dentro do NMU, até por uma questão de honra, sendo Psicologia minha primeira formação. Mais interessante ainda do ponto de vista pessoal foi a palestra do Prof. James, que tratava da relação contrapontística que se configura como um desafio para o contrabaixista que canta. Ou seja, algo que faço desde moleque. Houve até o momento em que apontaram para mim e me fizeram receber uma salva de palmas. Mas os caras escolhidos para os exemplos diferem bastante deste pobre baixista-cantor. Após uma geral dos termos usados em música popular, e a diferenciação dos sub-gêneros dentro do rock, o primeiro exemplo era uma música do Yes, anos 80. Nessa música Chris Squire dobra o vocal com Jon Anderson, e o que foi mostrado na partitura é que muitas vezes as linhas ascendentes da voz coincidem com linhas descendentes do baixo, e vice-versa. O prof. Bordini, sentado ao meu lado, observou que poderia-se analisar a peça como 6/8 na voz enquanto o baixo marca 3/4. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAApCIrLKhT5D03IVFy5JqKqPevqwc0rt19Oy1IByXUrNVPl4Dxeuuy8TzfLF_sYtQ0lbpNG7LnsOWUs4npcu5mu4PeuRa60P2DybpesbzbPbROwqgjUJpG_oPrSamf5Yn-vi8cpt_mio/s1600/palestra_james.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAApCIrLKhT5D03IVFy5JqKqPevqwc0rt19Oy1IByXUrNVPl4Dxeuuy8TzfLF_sYtQ0lbpNG7LnsOWUs4npcu5mu4PeuRa60P2DybpesbzbPbROwqgjUJpG_oPrSamf5Yn-vi8cpt_mio/s320/palestra_james.jpg" width="320" /></a>Compasso composto X compasso simples. E esse era um exemplo até bem básico. A coisa começou a complicar mesmo com Geddy Lee, do Rush, também um exemplo dos anos 80. “The Big Money” foi sugerida por Robson, e ainda bem que James o ouviu. O trecho transcrito era a parte do meio (“sometimes, etc.”) e se eu já tinha certeza da incrível independência de Geddy Lee, a transcrição serve como uma espécie de comprovação científica! O último baixista contemplado era um cara que eu não conhecia, Mark King, do Level 42, mas definitivamente foi o mais “cabuloso”. O groove do baixo era bastante complexo e a voz simplesmente não acompanhava suas síncopas, chegando a não coincidir entradas por diferenças de meio-tempo. E o pior era que o vídeo era ao vivo, não dava nem para dizer que ele gravou separado. Belo exemplo.</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYWNi6Ej4RgwjdSaudGVelIDUAdf0GXQkZ0Hv88RCDrh6CWIS41yXvfbHKo9EUHubocTg5HqSycUeQRGV_D6Ko1uh2WX5nLpybI6vjO_74q3sU3DzyJRKo1-KUlF1td-92AI9Sa6oZxZw/s1600/mesa_redonda+final.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br />
</a></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Finalmente, encerrando o II SISPEM, ocorreu a mesa redonda “O papel das IFES nordestinas diante da nova realidade vislumbrada a partir da lei 11.769/2008”. Este era, na verdade o título da fala do Prof. Christian, que fez um apanhado geral das conquistas do curso de licenciatura em música da UFS, desde sua chegada em 2009. Claro que o caminho até 2009 foi carregado pelo Prof. Dr. Hugo Ribeiro, que afastou-se do núcleo e hoje está em Brasília. Mas é fato que foi a partir da contratação dos demais professores efetivos que mudanças importantes foram feitas. A desassociação com o departamento de Morfologia (uma bizarrice necessária para a existência do curso em um primeiro momento); a conquista das salas de aula e da secretaria; a contratação dos secretários; os contínuos concursos para mais professores efetivos e substitutos; os aparelhos de som, DVD e data show; a compra de instrumentos (muitos a chegar); a prova específica prática para entrada no curso (valendo esse ano!).... O relato dele deixou claro que para um curso que ainda vai formar a primeira turma, estamos crescendo e rápido. As novas gerações não tem com o que se preocupar, porque já está reservado para o nosso curso um bom espaço nas futuras instalações da UFS, onde teremos salas acusticamente preparas, auditório, e um espaço decente para se guardar instrumentos. Fora o anúncio do plano para implementação de um curso técnico, onde estaríamos preparando melhor os futuros alunos da graduação.</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Mas essa mesa redonda configurou-se especial pela presença de um diretor, representando a Secretaria de Educação, Paulo Roberto de Menezes Rêgo, atual Diretor do Serviço de Ensino Médio; e também de Rivaldo Dantas, que compôs a mesa como representante da Secretaria de Cultura. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYWNi6Ej4RgwjdSaudGVelIDUAdf0GXQkZ0Hv88RCDrh6CWIS41yXvfbHKo9EUHubocTg5HqSycUeQRGV_D6Ko1uh2WX5nLpybI6vjO_74q3sU3DzyJRKo1-KUlF1td-92AI9Sa6oZxZw/s1600/mesa_redonda+final.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYWNi6Ej4RgwjdSaudGVelIDUAdf0GXQkZ0Hv88RCDrh6CWIS41yXvfbHKo9EUHubocTg5HqSycUeQRGV_D6Ko1uh2WX5nLpybI6vjO_74q3sU3DzyJRKo1-KUlF1td-92AI9Sa6oZxZw/s320/mesa_redonda+final.jpg" width="320" /></a>A última integrante da mesa era a Prof. Rejane, que basicamente repetiu sua fala da terça-feira, no intuito de informar aos convidados sobre como está a situação da música atualmente, além de um breve histórico da Educação Musical no país desde a época do Canto Orfeônico. Por fim, a fala de Rivaldo, ex-diretor do Conservatório, revelou-se polêmica, devido a um infeliz exemplo de um músico sergipano bem-sucedido, onde ele sugeria que estes músicos poderiam ser absorvidos pelo mercado, já que o campo de trabalho é imenso, e a quantidade de profissionais graduados em licenciatura não seria suficiente. Mesmo tendo deixado claro que estes músicos deveriam ter um tempo para procurar as universidades e se reciclar, a sugestão não foi muito bem recebida, e o debate acabou numa tentativa de entendimento de ambos os lados, com alunos tomando partido e já expondo as ideias aprendidas durante o simpósio. Em relação à necessidade de se incluir nos futuros editais a exigência de licenciatura, Paulo Rêgo pronunciou-se no sentido de nos assegurar que essa já é a política dos últimos anos, e não haveria possibilidade de concurso público para professor em qualquer área sem essa graduação. A professora Gorete manifestou-se relatando o processo ocorrido no concurso deste ano pro Conservatório, onde eles tiveram que dialogar bastante junto à SEAD, para que reduzissem a exigência para 50% de créditos cursados na licenciatura, o que de fato foi como essas vagas foram preenchidas, com colegas de minha turma como Thais e Ítalo Robert, merecidamente aptos a assumirem depois de passar pelas bancas examinadoras, mesmo sem terem ainda concluído a licenciatura.</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">O que podemos refletir junto a tudo isso é que a música nas escolas não deve ser implementada de uma vez, mas de pouco a pouco. Parece ser o caminho mais prudente a se seguir. O que já é uma realidade, diretamente relacionada à ação dos alunos da graduação no Estágio e os bolsistas do PIBID. É justamente esse o papel da Universidade, assumir-se como centro pensante dessa discussão, e agente articulador entre as ideias e a prática.</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr7juss0Vexg0ghH0qrVQFjONTCwkdFkvMh-T7pMFI7682bu4E12c2m-zc7eB3DA2i1ympNe0JNYIJAPTZEVetbuw0-MXw5bw4-2PHisC4VYv_y88uPnx0EZMYzFTskn3tM0j2_wsFtnQ/s1600/calrinetando.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr7juss0Vexg0ghH0qrVQFjONTCwkdFkvMh-T7pMFI7682bu4E12c2m-zc7eB3DA2i1ympNe0JNYIJAPTZEVetbuw0-MXw5bw4-2PHisC4VYv_y88uPnx0EZMYzFTskn3tM0j2_wsFtnQ/s320/calrinetando.jpg" width="320" /></a></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Para encerrar o SISPEM com música, visto que o recital previsto pro Cultart havia sido cancelado por problemas técnicos da casa, improvisou-se no mesmo espaço da mesma redonda uma belíssima apresentação do quinteto Clarinetando. Destaque para o clarinete-baixo (ou clarone) tocado por Enéas. Foram poucas e curtas peças, mas necessárias para lavar a alma, depois de tanta discussão. Que venham mais simpósios! Antes de encerrar ainda houve sinalizações de continuação das discussões entre os alunos, dentro das assembleias do diretório acadêmico. Parece que o “bichinho” mordeu pra valer...<br />
<br />
P.S.1: Todas as fotos deste post de autoria de Paulinho "Groove".<br />
P.S.2: Blog do SISPEM: http://www.sispem.blogspot.com</div>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-54800645618782337062010-07-04T16:05:00.000-03:002010-07-09T23:01:27.758-03:00Uma Breve História da Música no Séc. XXComo parte dos trabalhos de monitoria da disciplina História da Música III, catei esses videos e fiz a tradução para inserir legendas em português. Aqui neste caquético espaço, faço o trabalho completo: pra quem manja inglês basta carregar as 04 partes abaixo. Pra quem achar bacana mas precisa das legendas em português, é só fazer o download (.avi+.srt) em duas partes.<br />Trata-se de um documentário bastante interessante sobre o período pós-romântico, e a forma como as legendas narram contextualizando o fundo musical é uma boa iniciação pra quem não conhece a música dos compositores contemplados.<br />Bom divertimento!<br /><br />PARTE 1 - O Nascimento do Moderno<br /><br /><object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/8CWAgGidAAg&hl=pt_BR&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/8CWAgGidAAg&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="385" width="480"></embed></object><br /><br />PARTE 2 - Claude Debussy e o Impressionismo Francês<br /><br /><object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/uS-_iEEw5Jg&hl=pt_BR&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/uS-_iEEw5Jg&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="385" width="480"></embed></object><br /><br />Parte 3 - Stravinsky e a Sagração da Primavera<br /><br /><object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Xa3bNkzquVo&hl=pt_BR&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Xa3bNkzquVo&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="385" width="480"></embed></object><br /><br />Parte 4 - Arnold Schoenberg e o Expressionismo Alemão<br /><br /><object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/iTPG75GXkIo&hl=pt_BR&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/iTPG75GXkIo&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="385" width="480"></embed></object><br /><br />Download Videos + Legendas em Português:<br /><a href="http://www.mediafire.com/?yazyjytbmdn">Parte 01</a><a href="http://www.mediafire.com/?yazyjytbmdn"><br /></a><a href="http://www.mediafire.com/?ngn5xgm2ba2">Parte 02</a>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-81170446578840352062010-04-09T08:12:00.000-03:002010-04-09T23:41:10.229-03:00Artigo SISPEMEstá no ar a página do <a href="http://cech.ufs.br/departamento/?depto=musica">Núcleo de Música da Universidade Federal de Sergipe</a>.<br />Por enquanto há pouca informação, mas o que vale a pena fuçar são os artigos publicados, dos alunos do curso que submeteram suas <a href="http://cech.ufs.br/departamento/?page_id=21">comunicações</a> durante o I SISPEM - Simpósio Sergipano de Educação Musical, realizado no último semestre.<br />Entre eles meu artigo: "<a href="http://www.scribd.com/full/29551197?access_key=key-on6qwpcu57csie7cf74">Reflexões em Apreciação Musical</a>", que tem foco no compositor vanguardista Edgar Varèse, além de discutir um pouco sobre a música contemporânea do séc. XX. Esperamos que este seja um pontapé inicial para uma possível carreira acadêmica...<br />Por fim, o vídeo mencionado no artigo, como uma das possibilidades de trabalhar a música de vanguarda num contexto de apreciação musical, usando a peça escrita por Varèse para 13 percussionistas: <span style="font-style: italic;">Ionisation</span>.<br /><br />Enjoy!<br /><br /><object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/TStutMsLX2s&hl=pt_BR&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/TStutMsLX2s&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="385" width="480"></embed></object>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-29170075853082988162010-02-23T19:15:00.001-03:002010-10-11T12:31:51.628-03:00Abbey Road [Stereo Remaster]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyOxyBvMUE1TK3BHWYCRGmys1s0bDRRE8ybG0A1aJkkhyphenhyphenTt7VVBIAZQ8V1bkK5aw6o3W5yqOd16s1bHQG_yTIp90pTkHUr2EvSbbViGs9F63qCEWBLCLxVuR1qHX-V_6LKJJjonsbG59M/s1600-h/BalladOfJohnAndYoko.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5441567138387011218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyOxyBvMUE1TK3BHWYCRGmys1s0bDRRE8ybG0A1aJkkhyphenhyphenTt7VVBIAZQ8V1bkK5aw6o3W5yqOd16s1bHQG_yTIp90pTkHUr2EvSbbViGs9F63qCEWBLCLxVuR1qHX-V_6LKJJjonsbG59M/s400/BalladOfJohnAndYoko.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 400px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 397px;" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
01 - The Ballad of John & Yoko (Lennon/ McCartney)<br />
02 - Old Brown Shoe (Harrison)<br />
<br />
Um mês após o lançamento de <span style="font-style: italic;">Get Back</span>, saía mais um compacto pela Apple, em 30 de maio de 1969! A 'balada' (aqui no sentido de saga, do tipo heróica) foi gravada inteiramente por John e Paul, e é um incrível exemplo de colaboração entre os dois, nos derradeiros meses de relação dentro da banda. Tudo funciona aqui, e o lado B consegue ser melhor ainda. A safra Harrison de '69 é tão alto nível que desembocaria num álbum impecável como <span style="font-style: italic;">All things must pass</span>, lançado no ano seguinte. Essa foto acima parece ter sido tirada na casa dele, vide os anões de jardim que também estampam o citado disco solo. De todas as pérolas contidas na letra de "Old Brown Shoe", a mais emblemática é "I'm changing faster than the weather" (estou mudando mais rápido que o clima). Ave George, que faria aniversário no dia de hoje... (que escrevo, e não do post que demorou mais que o divórcio dos Beatles pra sair hehe).<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOt-wXu4nZV_duEStXa6quWu0bOkTAxxjxHPeMpWN_akd6br0Up95MoM4i_XBP-mnkYnwAecqVFFGkW6Lcw9eAwHxzOQk5G5gcBNjPH4_Rgq2QG9FJdUDNOnQs5MG8fLACGULcBYXazrQ/s1600-h/Something_single.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5441571053616947538" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOt-wXu4nZV_duEStXa6quWu0bOkTAxxjxHPeMpWN_akd6br0Up95MoM4i_XBP-mnkYnwAecqVFFGkW6Lcw9eAwHxzOQk5G5gcBNjPH4_Rgq2QG9FJdUDNOnQs5MG8fLACGULcBYXazrQ/s400/Something_single.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 290px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 300px;" /></a>03 - Come Together (Lennon/ McCartney)<br />
04 - Something (Harrison)<br />
05 - Maxwell's Silver Hammer (Lennon/ McCartney)<br />
06 - Oh! Darling (Lennon/ McCartney)<br />
07 - Octopus's Garden (Starkey)<br />
08 - I Want You (She's So Heavy) (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
Finalmente, em 26 de setembro de 1969, saía o canto-dos-cisnes, a derradeira obra-prima dos FabFour. Último disco 'em vida' (o <span style="font-style: italic;">Let it be</span> já foi um lançamento póstumo), os Beatles encerraram as atividades em grande estilo, no topo. Grandes bandas dos anos 70 como Deep Purple ou Black Sabbath, e até os Rolling Stones contém em suas extensas discografias discos altamente mais-ou-menos, em alguns casos ruins mesmo, o que é lamentável. Um exemplo recente de uma banda que soube parar no auge foi o Soundgarden. Mas é difícil comparar a discografia de qualquer banda à trajetória impecável de John-Paul-George-Ringo. E pro bem da humanidade (e dos bolsos deles), eles conseguiram resolver as diferenças dentro de uma grave crise e passar alguns meses no estúdio, construindo esse disco. A vontade de fazer um bom álbum é perceptível, o cuidado com os arranjos e execução é comovente. Difícil não considerar <span style="font-style: italic;">Abbey Road</span> um dos melhores álbuns de todos os tempos! As duas primeiras faixas sairiam em compacto em 06 de outubro, sendo "Something" o seu lado A. Além do incrível arranjo de cordas, destaque para a matadora linha de baixo de McCartney, que já havia deixado sua assinatura em "Come Together", com letra tipicamente de John, o blues mais intelectual de que se tem notícia. "Maxwell's..." foi praticamete rejeitada por todos na banda, exceto seu mentor Paul, que insistiu tanto que conseguiu um resultado à altura do resto do disco. Melhor ainda é "Oh! Darling", que assim como a anterior havia aparecido nas sessões de <span style="font-style: italic;">Let it be</span>. "Octopus's Garden" é uma linda música de Ringo sobre a vida sub-aquática a dois, <span style="font-style: italic;">with a little help from </span>Harrison. Fechando o lado 1, a épica "I Want You", que seria a última sessão que os 04 fariam juntos. A música segue a tendência de John de juntar pedaços de canções diferentes pra formar uma nova. A seção "She's so heavy" - que vira uma coda repetitiva - criou tendência, reverberando tanto no rock progressivo quanto servindo de referência pro peso do metal!!<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqxIi2U1xOG0x4JAGpnpwkBsAkIJm4EbnrRw7Ml3fx1sRex_d7WuV50Uma0uIRqWCds8w9EeDfMMwECeLqRtW4kfenz1Nkv7TOGABuPJyKSqZzDBw63Ra-WcTkvz291o2Y8J5I-C9CbYQ/s1600-h/back_LP.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5441788660189046818" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqxIi2U1xOG0x4JAGpnpwkBsAkIJm4EbnrRw7Ml3fx1sRex_d7WuV50Uma0uIRqWCds8w9EeDfMMwECeLqRtW4kfenz1Nkv7TOGABuPJyKSqZzDBw63Ra-WcTkvz291o2Y8J5I-C9CbYQ/s400/back_LP.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 400px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 391px;" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
09 - Here Comes The Sun (Harrison)<br />
10 - Because (Lennon/ McCartney)<br />
11 - You Never Give Me Your Money (Lennon/ McCartney)<br />
12 - Sun King (Lennon/ McCartney)<br />
13 - Mean Mr. Mustard (Lennon/ McCartney)<br />
14 - Polythene Pam (Lennon/ McCartney)<br />
15 - She Came In Through The Bathroom Window (Lennon/ McCartney)<br />
16 - Golden Slumbers (Lennon/ McCartney)<br />
17 - Carry That Weight (Lennon/ McCartney)<br />
18 - The End (Lennon/ McCartney)<br />
19 - Her Majesty (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
O lado 2 abre com mais uma pérola de George, que com seu tema bucólico abre espaço para uma das faixas mais melancólicas da carreira dos Beatles. Diz-se que "Because" foi inspirada na "Sonata ao Luar" de Beethoven, quando John pediu a Yoko para tocá-la ao contrário(!). Nunca entendi muito bem essa origem, mas de fato há uma semelhança no dedilhado. O grande gênio surdo da música que me perdoe, mas nada se compara às três vozes harmonizadas e duplicadas, cantando essa bela poesia. Se há algum trunfo entre música cantada sobre a instrumental, é quando letra e música se encaixam como se não houvesse possibilidade de separação. É o caso aqui: perfeita, tanto que é difícil ouvirmos versões de "Because"; se alguém se anima para executá-la, provavelmente o arranjo vai ser uma cópia exata do original. Assim como no lado 1, Paul aparece após seus colegas darem o recado. Só que dessa vez ele vai dar a direção para o resto do disco, pelo menos em termos de concepção. "You Never Give Me Your Money" é de fato o início de uma espécie de suíte, uma forma genial de abarcar um monte de música em um mesmo pedaço de disco. Essa mesma melodia volta mais pra frente dentro de "Carry That Weight", e o final das duas é idêntico. Mas antes, um interlúdio: "Sun King" é mais bucolismo, com um toque de ácido na estrofe que mistura línguas sem muito critério. Um sonho talvez. John parte para o rockão de "Mean Mr. Mustard", com baixo levemente distorcido, efeito perceptível principalmente nessa versão remasterizada. "Polythene Pam" é bobinha, mas assim rapidinha funciona bastante. A ponte para "She Came In Through..." também funciona, e o andamento aqui é acelerado se compararmos com a versão do Anthology 3, das <span style="font-style: italic;">Get Back Sessions</span>. O que contribui pruma pegada funk de baixo e batera. Finalmente a seção final: "Golden Slumbers"-"Carry That Weight"-"The End" poderiam ser consideradas a mesma música. Mas essa divisão deixa tudo mais interessante. <span style="font-style: italic;">And in the end...</span> cada Beatle tem sua chance de solar, começando com Ringo, depois Paul, George e John revezando-se nas guitarras. O baixo e bateria nesse trecho foi sampleado pelos Beastie Boys anos mais tarde em algum lugar do disco <span style="font-style: italic;">Paul's Boutique</span>. E apesar do piano desafinado com o que vinha rolando antes, o final de "The End" é apoteótico. Não dá pra não imaginar que eles sabiam que esse poderia ser a "última valsa". A prefeição só é imaculada com a inclusão de "Her Majesty", o que é bem típico dos Beatles: não se levar muito a sério, mesmo que a música em questão seja das mais importantes de todos os tempos...<br />
<br />
Download links (.flac):<br />
<br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/dhygdt1ilk2/Abbey%20Road%20%5BRemastered%5D%20-%20Part1.rar">Part 1</a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/zwzg1nkngmz/Abbey%20Road%20%5BRemastered%5D%20-%20Part2.rar">Part 2</a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/0ty2jmzrzmq/Abbey%20Road%20%5BRemastered%5D%20-%20Part3.rar">Part 3</a><br />
<img alt="" src="file:///C:/Users/OLIVEI%7E1/AppData/Local/Temp/moz-screenshot.png" />Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-13534866657949758052010-01-31T22:53:00.001-03:002010-10-11T12:32:49.558-03:00Let It Be [Stereo Remaster]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAC7dTkvDeJ-oRtU6voq968xqM0ngoOEzTIKModq2J0je_Aa-dMi_TwUmneTRbs3UZfH65yXO0YJKj_ksDD724IbMumbx-C0AG0QxQ4Za6RqKLKkkoGrziaDuoa0snEhBBOr6wdC3QlRs/s1600-h/uk_get_back.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5433087660646705058" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAC7dTkvDeJ-oRtU6voq968xqM0ngoOEzTIKModq2J0je_Aa-dMi_TwUmneTRbs3UZfH65yXO0YJKj_ksDD724IbMumbx-C0AG0QxQ4Za6RqKLKkkoGrziaDuoa0snEhBBOr6wdC3QlRs/s400/uk_get_back.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 250px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 250px;" /></a>01 - Get Back (Single Version) (Lennon/ McCartney)<br />
02 - Don't Let Me Down (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
A caixa Mono termina no álbum branco, porém este compacto está presente na <span style="font-style: italic;">Mono Masters</span>. Mas para dar unidade à essa compilação, as faixas aqui postadas serão inteiramente em glorioso estéreo.<br />
Estamos em janeiro de 1969, e as infames <span style="font-style: italic;">Get Back Sessions</span> começavam a todo o gás desde o primeiro de janeiro, pouco mais de um mês após o lançamento do <span style="font-style: italic;">White Album</span>. De todas as controvérsias em torno do parto mais longo desse trabalho de um quarteto cada vez menos unido, aquela que põe em cheque a qualidade musical do que foi lançado é a que mais dói, e a mais nonsense também. Prova disso foi o êxito deste compacto, um mega-hit lançado em 11 de abril daquele ano (sim, antes do <span style="font-style: italic;">Abbey Road</span>). A versão do lado A parece ser o mesmo <span style="font-style: italic;">take</span> da que entrou no LP, um pouco mais longa na verdade (no final), o que é uma curiosidade, visto que em geral as versões em compacto é que costumam ser '<span style="font-style: italic;">radio edits</span>'. <span style="font-style: italic;">Get Back</span>, o disco, foi solenemente engavetado, assim como foram abortados os outros dois projetos que sairiam das mesmas sessões: um disco de regravações dos próprios Beatles, e outro de clássicos do rock 'n' roll (exaustivamente disponíveis nos <span style="font-style: italic;">bootlegs</span> de ensaios, Anthology, etc.). Interessante notar que John aproveitou essa última ideia em sua carreira solo.<br />
"Don't Let Me Down" é uma das melhores músicas de todo o projeto, e talvez o maior mérito de <span style="font-style: italic;">Let it be... Naked<span style="font-style: italic;"><span style="font-style: italic;"> </span></span></span>[2003] tenha sido reparar o histórico erro de não tê-la incluido no álbum de 1970. Indo além, o disco revisitado acerta no track-list, seguramente melhorado, ainda que <span style="font-style: italic;">Let it be</span> tenha um charme único pelo caráter caótico da introdução da maioria das músicas, e também as eventuais vinhetas.<br />
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxPczcaMPD4IxPLE-Xr3HMuZ7e-T_Q-eNwFKZFE-rG9QHAHOL4Pkex9wWl5adzYyehOarWZvJmJ5wnFBPOghKDqjziOoGReuvZF7v-neDn_HF0Nd4swxb6SEmM-2L5qSbGLPYwlGvyhF4/s1600-h/e1a5225b9da0e85c32920110.L.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5433430093280049826" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxPczcaMPD4IxPLE-Xr3HMuZ7e-T_Q-eNwFKZFE-rG9QHAHOL4Pkex9wWl5adzYyehOarWZvJmJ5wnFBPOghKDqjziOoGReuvZF7v-neDn_HF0Nd4swxb6SEmM-2L5qSbGLPYwlGvyhF4/s400/e1a5225b9da0e85c32920110.L.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 383px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 383px;" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
03 - Two Of Us (Lennon/ McCartney)<br />
04 - Dig a Pony (Lennon/ McCartney)<br />
05 - Across The Universe (Lennon/ McCartney)<br />
06 - I Me Mine (Harrison)<br />
07 - Dig It (Lennon/ McCartney/ Starkey/ Harrison)<br />
08 - Let It Be (Lennon/ McCartney)<br />
09 - Maggie Mae (Trad. arr. Lennon/ McCartney/ Starkey/ Harrison)<br />
<br />
É importante discutir o papel de Phil Spector na (des)construção do que chegou às lojas em 08 de maio de 1970 (com uma capa diversa à que estampa este post). Além da responsa, imagino o tremendo abacaxi que deve ter sido aquele monte de ensaio gravado, com um meio mundo de material desprezível. Como ele não foi o produtor responsável pelas sessões, o papel dele foi o de um editor, e isso ele fez sem dó nem piedade. Várias das falas não aconteceram exatamente antes daquele trecho no disco, melhor exemplo sendo os agradecimentos ao final (do concerto no <span style="font-style: italic;">R</span><span style="font-style: italic;">ooftop</span>) encerrando "Get Back" que havia sido gravada no estúdio. A introdução ("<span style="font-style: italic;">I dig a pigmy</span>...") também pode ser ouvida no disco-bônus de <span style="font-style: italic;">Naked</span>, a 'mosca-na-parede', assim como o final da jam que virou "Dig It", que não guarda absolutamente nenhuma relação com "Let It Be", e daí que mora o perigo de um editor-produtor (é só lembrar da importância de um editor de imagens): é metendo a tesoura que se ressignifica o bruto das sessões em um produto que tem a cara que se quer dar. O idealizado projeto "volta-às raízes" não só foi um fracasso como trabalho em equipe, mas fracassou em conceito. A necessidade de contratar Phil Spector, depois de dispensar os "<span style="font-style: italic;">production rubbish</span>" (segundo Lennon) de George Martin antes mesmo de começarem a rodar as fitas é admitir a incapacidade de cumprir com a idéia por trás do projeto. E digo mais: é fácil acusar Spector de ter passado dos limites, mas os próprios Beatles (sem John) terminaram "I Me Mine" um ano depois das sessões originais, pois nada do que havia sido registrado daquela faixa era bom o suficiente (ainda que uma passada razoável possa ser conferida no doc). Ainda mais intrigante é ver Paul McCartney, o grande atingido pelas modificações sem aviso prévio de Spector, usando os mesmos arranjos, em particular em "The Long and Widing Road" em suas turnês, entra ano e sai ano. Em resumo, egos à parte, <span style="font-style: italic;">Let It Be</span> é sim um discão, claro, é um disco dos Beatles, leia-se composições de qualidade, os mesmos bons vocalistas e instrumentistas de sempre, e sim bons arranjos, mesmo nas pegadas mais simplistas. Uma grande bandinha de rock. Sempre.<br />
<br />
10 - I've Got a F<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFQGfUoZX6N6yNck-KdZ-3tRcj293_fJBb3rSHKGFwjWbaCVZ8K6EAsy7mD_bB7dW9iOxL_DQNKjnnfjyE3rna0McWii2nZHTAGcmyrmiyQ1dZ3rPmU3-fJI5T_pSefFaKz-bJrlJhXcU/s1600-h/back_LP.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5433436585993386050" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFQGfUoZX6N6yNck-KdZ-3tRcj293_fJBb3rSHKGFwjWbaCVZ8K6EAsy7mD_bB7dW9iOxL_DQNKjnnfjyE3rna0McWii2nZHTAGcmyrmiyQ1dZ3rPmU3-fJI5T_pSefFaKz-bJrlJhXcU/s400/back_LP.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 339px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 339px;" /></a>eeling (Lennon/ McCartney)<br />
11 - One After 909 (Lennon/ McCartney)<br />
12 - The Long And Widing Road (Lennon/ McCartney)<br />
13 - For You Blue (Harrison)<br />
14 - Get Back (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
Quando disse que <span style="font-style: italic;">Naked</span> acerta na ordem das músicas, não tava brincando. O lado 2 de <span style="font-style: italic;">Let It Be</span> é infinitamente melhor que o lado 1, e isso não é por causa nem de "Dig It" ou "Maggie Mae", mas esse lado 2 tem uma cara mais 'direto-ao-ponto', como o <span style="font-style: italic;">Naked</span> que pensa a distribuição das faixas num formato Cd, e não tem a preocupação de ser trilha sonora de coisa nenhuma. Ainda dentro dessa comparação, e retomando o ponto anterior, o de que não há nada "<span style="font-style: italic;">as nature intended</span>" em qualquer encarnação de <span style="font-style: italic;">Let It Be</span>, o <span style="font-style: italic;">Naked</span> só foi mais a fundo no processo começado por Phil Spector em 1970. Tirando a limada em suas contribuições de côro e cordas, o som do álbum continuou sendo editado, polido, e remixado usando a tecnologia a serviço da boa música, e o padrão-Beatle de qualidade.<br />
Com isso encerro meu humilde testemunho de que <span style="font-style: italic;">Let It Be... Naked</span> é superior sim ao disco original, isso não quer dizer que meu vinilzão e essa compilação não garantam bons momentos de rockão garageiro e baladas gospel. Ah, em tempo, prefiro a versão de "Across the Universe" daqui mesmo - e não dá nem pra dizer que é a original, certo? Ponto pra Phil Spector...<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiUPJQPj3nvIr-aAZguf37JhEzGLEh1TlEbi-PVqzQUOADE4vKFtkZngOLtichqBTY7Um1FuwHstADUdsji8P0wI71VlJ_QsF1aNBlAvs-jS-TicJc8C8KEmhdZPSfTrRrOavOrubHE6c/s1600-h/uk_let_it_be.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5433439444163859522" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiUPJQPj3nvIr-aAZguf37JhEzGLEh1TlEbi-PVqzQUOADE4vKFtkZngOLtichqBTY7Um1FuwHstADUdsji8P0wI71VlJ_QsF1aNBlAvs-jS-TicJc8C8KEmhdZPSfTrRrOavOrubHE6c/s400/uk_let_it_be.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 250px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 250px;" /></a><br />
15 - Across The Universe (WWF Version) (Lennon/ McCartney)<br />
16 - Let It Be (Single Version) (Lennon/ McCartney)<br />
17 - You Know My Name (Look Up The Number) (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
Para encerrar com as outras faixas que tem a ver com o tracklist do LP, temos a versão de <span style="font-style: italic;">Across The Universe</span> um pouco mais 'altinha' em registro, sem o côro, mas com backings femininos de duas fãzocas, dentre elas a brasileira Lizzie Bravo. Tudo muito bonito, sons de pássaros e tal, mas como já mencionado, prefiro a versão revisitada mesmo. O último <span style="font-style: italic;">single</span> com material inédito dos FabFour trazia a faixa-título do LP com solo de guitarra alternativo. Nunca me decidi sobre preferência, mas - até onde eu sei - é mais um caso dos próprios Beatles (no caso Harrison) e não Spector, voltar lá no estúdio pra refazer algo pra soar melhor, e não deixar 'como deus quis soar'. Finalmente o lado B do compacto lançado em 06 de março de 1970 - dois meses antes do álbum póstumo, e um ano após <span style="font-style: italic;">Get Back</span>/ <span style="font-style: italic;">Don't Let Me Down</span> - trazia a bizarra "You Know My Name", uma gravação começada em 1967, que incluia até solo de saxofone do finado Brian Jones. Não dá pra dizer que não é divertido...<br />
<br />
Download links (.flac):<br />
<br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/nrfryhjy1nm/Let%20It%20Be%20%5BStereo%20Remaster%5D-Part1.rar">Part 1</a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/nyxmnkmhzty/Let%20It%20Be%20%5BStereo%20Remaster%5D-Part2.rar">Part 2</a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/2efwjw4yfio/Let%20It%20Be%20%5BStereo%20Remaster%5D-Part3.rar">Part 3</a>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-1796414625014458892009-12-31T11:37:00.000-03:002010-01-03T22:23:33.160-03:00The BEATLES [White Album Mono Mix]<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfRbSilG2dSyGwgUkvN8tmoxvMwnn4hqX5Suus5nR2DV4v-7EZS7KI73RRhN3quvLb1lWKRPyyqPjzoctrZ8jhV5NU3Iaa0p0teskskvMQ_dbot1qUqGun0AbGaReMYXemaASedJc_Bp8/s400/Front.jpg" style="cursor: pointer; width: 400px; height: 400px;" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5421414858353455954" border="0" /><br /><br /><div><div><div>Em 22 de novembro de 1968 o mundo conheceu uma obra sem precendentes. <span style="font-style: italic;">Avant Garde</span> sem deixar de ser rock; aliás um dos discos mais rock que se há notícia. Porém fragmentária, encontrando soluções inteligentes a serviço do exagero quantitativo, com faixas pouco conectadas estilisticamente umas com as outras (o que ocorre ocasionalmente também), seus 04 lados dando uma progressiva cara a um álbum que só pode ser realmente entendido e apreciado dentro da completude de suas 33 músicas! O caráter individual do <span style="font-style: italic;">Álbum Branco</span> não se restringe ao <span style="font-style: italic;">modus operandis</span> dos 04 compositores-músicos e agora homens de negócio. Era definitivamente uma nova fase pós-retiro na Índia, perda de Epstein, divórcios, casamentos e, da parte de John, heroína e Yoko. A busca por paz interior em Rishikesh teve como efeito para os Beatles, além da quantidade enorme de novas músicas, a preparação para mais um vôo na carreira: assumir a reponsabilidade de gerir a <span style="font-style: italic;">Apple Music</span> e cuidar de um negócio pra lá de atribulado, enquanto continua-se a produzir boa música. Pelo menos nesse quesito, ainda que muita gente torça o nariz para uma ou outra extravagância, a maturidade e capacidade de produzir diversas sonoridades soando sempre Beatles e impecável em todas elas é suficiente para atestar o álbum como superior a qualquer outro lançado até então, ainda que outros clássicos anteriores e o <span style="font-style: italic;">Abbey Road </span>sejam mais 'favoritos' em listas como tais. Pessoalmente acho cada novo disco produzido pelos Beatles uma evolução em relação ao anterior, com exceção de <span style="font-style: italic;">Let it Be</span>, gravado imediatamente após o lançamento de <span style="font-style: italic;">The BEATLES</span>, que tinha a idéia geral de ser um projeto revisionista e não apontando pro futuro. E o futuro é aqui. Um disco (digo, dois) verdadeiramente transcendental.<br /></div><div><br /></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQxFhNPXRyEQsRPgxJkMWw6GsYl6Xlo04HhV7khF9uSoVKsnlpMq1uOteZhgM3fKE0wnKyBKDiOpEqQcQiKlAuB92bxTIQCGc7Cde0yY3ReyJ-_uHsPGA2PYzgLDnuVu6jCRrJjpKavus/s320/insert1.jpg" style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 310px; height: 201px;" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5421419035066128754" border="0" /><div>1-01 - Back In The U.S.S.R. (Lennon/ McCartney)<div>1-02 - Dear Prudence (Lennon/ McCartney)</div><div>1-03 - Glass Onion (Lennon/ McCartney)</div><div>1-04 - Ob-La-Di Ob-La-Da (Lennon/ McCartney)</div><div>1-05 - Wild Honey Pie (Lennon/ McCartney)</div><div>1-06 - The Continuing Story Of Bungalow Bill (Lennon/ McCartney)</div><div>1-07 - While My Guitar Gently Weeps (Harrison)</div>1-08 - Happiness Is A Warm Gun (Lennon/ McCartney)<br /><br />Ringo não aparece nas duas primeiras faixas, sinal dos tempos. Sua saída da banda, ainda que por pouco tempo, foi o começo da sensação geral de que se estava começando o fim. Mas como terminar com uma banda que é parte de como uma pessoa se vê agindo no mundo, em toda sua vida adulta? A neurose dos Beatles em registrar tanto material novo é descrito por Harrison como o ego de seus integrantes vindo à tona, com sessões muitas vezes tensas e diferente dos "velhos tempos" onde 'os cinco', banda e produtor eram um grupo coeso de trabalho, assistido apenas por um engenheiro de som ou algum assistente da banda. A fórmula para essas gravações que cobriram longos 05 meses era não esperar por ninguém, e muitas vezes não contar mesmo com o outro. Paul já havia sido baterista em uma <span style="font-style: italic;">gig</span> logo antes de irem para Hamburgo no começo de carreira. Na faixa de abertura, de inspiração <span style="font-style: italic;">beachboyniana</span> ele faz o básico, mas certamente o que ele apronta em "Dear Prudence" estava à altura das inovações de Ringo. A música de John é marcada pela afinação da corda 'Mizona' do violão (a mais grave) um tom mais baixo (ou seja, Re), e um peculiar dedilhado que Lennon havia aprendido na Índia com <a href="http://www.donovan.ie/en/">Donovan</a>. Depois da ótima "Glass Onion" - "the walrus was Paul" sendo a melhor das várias sacadas na letra - o reggae é o ponto de partida para uma faixa quase infantil. Para Paul, "Ob-La-Di Ob-La-Da" seria o próximo <span style="font-style: italic;">single</span>. Alguma dúvida de que iria vender como água? As estranhezas dão o primeiro sinal de vida numa vinheta produzida por McCartney sozinho. Nada muito sério. John apresenta Yoko ao mundo fonográfico em "Bungalow Bill", liderando uma brincadeira alegre em tons melancólicos (ouça o tema tocado no melotron ao final da faixa). Os vocais de Ringo no refrão, junto à sua então esposa Maureen, mais John&Yoko são o ponto alto. Simplicidade em meio à bagunça. E antes que o ouvinte se recupere do susto que é "While My Guitar..." - e o solo de um coringa, frequentemente referido como "<a href="http://ezinearticles.com/?Is-Eric-Clapton-God?&id=2903052">Deus</a>" (se bem que pra mim 'deus' é Hendrix), John faz mais um gol de placa: "Happiness is a warm gun" parece ser a música favorita tanto de Paul como de George nesse disco. Uma 'ajuntamento' de três canções distintas, "I Need a Fix" pode ser conferida no <span style="font-style: italic;">Anthology 3</span> na versão demo caseira. O que se tornou a master começa com um <span style="font-style: italic;">riff </span>hipnótico que introduz versos psicodélicos. Em seguida uma guitarra saturada introduz outro <span style="font-style: italic;">riff </span>desta vez pesadão, num 6/8 que desemboca num ajustamento livre da métrica que pode ter influenciado caras como <a href="http://classicrock.about.com/od/artistprofilesrz/p/syd_barrett.htm">Syd Barrett</a> e algumas músicas de seu Pink Floyd. Por fim, o título, uma manchete de uma matéria numa revista trazida ao estúdio por George Martin, com o clássico "Bang Bang, Shoot Shoot". Que golaço!<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGM0LaV1QKbDVejIWK_Lb597qwL8a-ysZsThRjlpoEVR3PoIr1lYL5yw1nTgqXsPFkbquWt_XKjqfjxn1BH2NlP3jSd55B-aDFoG3YDPf0MEKiVovgBdix57-30m676QMqG9uiecQK0H4/s1600-h/beatles-68.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 320px; height: 232px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGM0LaV1QKbDVejIWK_Lb597qwL8a-ysZsThRjlpoEVR3PoIr1lYL5yw1nTgqXsPFkbquWt_XKjqfjxn1BH2NlP3jSd55B-aDFoG3YDPf0MEKiVovgBdix57-30m676QMqG9uiecQK0H4/s320/beatles-68.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422065217304600434" border="0" /></a>1-09 - Martha My Dear (Lennon/ McCartney)</div><div>1-10 - I'm So Tired (Lennon/ McCartney)</div><div>1-11 - Blackbird (Lennon/ McCartney)</div><div>1-12 - Piggies (Harrison)</div><div>1-13 - Rocky Raccoon (Lennon/ McCartney)</div><div>1-14 - Don't Pass Me By (Starkey)</div><div>1-15 - Why Don't We Do It In The Road (Lennon/ McCartney)</div><div>1-16 - I Will (Lennon/ McCartney)</div><div>1-17 - Julia (Lennon/ McCartney)<br /><br />O lado 2 do disco é o que mais se parece com uma coleção de esforços individuais, e o que também deixa claro a inspiração minimalista das composições nascidas no esquema voz-violão. Minimalismo este que desembocaria no conceito geral da capa branca e título do disco. "Martha My Dear" começou como um estudo de piano para Paul McCartney e virou uma de suas canções mais líricas. "I'm So Tired" é outra de John que revisita a sonoridade 'banda', como em "Happiness...", enquanto que "Blackbird" é novamente Paul <span style="font-style: italic;">on his own</span> banquinho-e-violão. É a segunda diferença significativa da mix Mono em relação à Estéreo (a primeira sendo a intro de "Ob-La-Di..."): o canto dos pássaros-negros aparece aqui em momentos distintos, e soam diferente mesmo. "Piggies" é um comentário social de George Harrison sobre a classe média no Reino Unido, e sua mãe contribuiu com o verso "all they need is a damn good wacking"! "Rocky" é o personagem principal de uma estorinha estilo "faroeste" de Paul, com intervenções interessantes de gaita e harmônio (Lennon), baixo com pedal (Harrison) e piano <span style="font-style: italic;">honky-tonk</span> (George Martin). Em "Don't Pass Me By" acontece o mesmo que "She's Leaving Home": a rotação é alterada para cima, deixando a música 'mais alegrinha'. Esse <span style="font-style: italic;">country</span> de Ringo já vinha sendo composta há alguns anos, e no final da música ouve-se a 'rabeca' (violino) de Jack Fallon numa versão completamente diferente do que se conhecia na <span style="font-style: italic;">stereo mix</span>. "Why Don't We.." também omite algumas palmas na introdução, e o lado 2 do disco 1 fecha magistralmente com duas baladas: "I Will" e "Julia", ambas canções que, assim como "Good Night", embalaram muitas noites de sono de minha pequena Julia.<br /></div><div><br /></div><div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPh3ZtALrdKgdcJaxhWnoNr6W_4zcXwhy_Ml5lN-1VFLyfgC9iT-UUf2WWU97CNrT2ewa9BA9FtrMWphJx0fh04nxZ9oNWAs5vBilogj5uLT1YTiUamUn9Y4vyIjVW37Efu6gUaXYOU_E/s1600-h/Beatles-singles-heyjude-uk.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPh3ZtALrdKgdcJaxhWnoNr6W_4zcXwhy_Ml5lN-1VFLyfgC9iT-UUf2WWU97CNrT2ewa9BA9FtrMWphJx0fh04nxZ9oNWAs5vBilogj5uLT1YTiUamUn9Y4vyIjVW37Efu6gUaXYOU_E/s320/Beatles-singles-heyjude-uk.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422065447617687426" border="0" /></a>1-18 - Hey Jude (Lennon/ McCartney)</div><div>2-01 - Revolution (Lennon/ McCartney)</div><div><br /></div><div>Em 30 de agosto, a <span style="font-style: italic;">Apple</span> era sacramentada com seu primeiro lançamento, mais um compacto a mudar as regras fixas do mercado fonográfico. Uma música de trabalho de mais de 7 min não era algo pensável, mas sendo agora donos do próprio nariz, os Beatles mais do que nunca jogavam as cartas do próprio jogo. Mr. Ballad Man, Paul McCartney, compôs "Hey Jude" enquanto estava a caminho da casa de John, que não estava mais lá, mas sim Cynthia Lennon e seu filho Julian. A letra, mais do que Paul consolando o garoto, é um recado direto a seu pai, especialmente no verso "go out and get her". Ao seguir "Julia" com "Hey Jude", põe-se em perspectiva seus temas como se estivessem relacionados: a falecida mãe de John, Yoko ("ocean child") e Julian... O longo final da música soa como um canto ritualístico, um mantra pop. Ou nada disso, apenas mais uma maneira de se fazer uma canção perfeita. O lado B aqui abre 'meu' segundo Cd, e assim temos as três encarnações de "Revolution" num mesmo disco. E as guitarras estridentes dessa versão é uma ótima introdução ao lado 3 do Álbum Branco...<br /><br /></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrW8FAWlSjf7ZjntjgFnDUSMpqu6vJz910-TETsBPB7B98Ls9fiMRjRTQP7zjkWeCX_f2Oo4Z6QCe7TMQadNf3OPthCqD4owkZfQ2LS5Ojg5w3KOMhArrbBO4ieomcuQEu9XG5rc6prO4/s320/insert2.jpg" style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 305px; height: 203px;" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5421423478163290242" border="0" />2-02 - Birthday (Lennon/ McCartney)<div>2-03 - Yer Blues (Lennon/ McCartney)</div><div>2-04 - Mother Nature's Son (Lennon/ McCartney)</div><div>2-05 - Everybody's Got Something To Hide Except Me And My Monkey (Lennon/ McCartney)</div><div>2-06 - Sexy Sadie (Lennon/ McCartney)</div><div>2-07 - Helter Skelter (Lennon/ McCartney)</div><div>2-08 - Long Long Long (Harrison)</div><div><br /></div><div>"Birthday" continua o clima "jam session" que se estende até "Yer Blues", no pedaço de vinil mais pesado e cru de qualquer álbum dos Beatles. Remasterizados, o blues e todas as faixas que a banda toca junto ganharam um brilho em sua sonoridade jamais ouvida anteriormente. Eu sempre achei que o problema era porque as gravações ao vivo não poderiam ter a mesma qualidade das gravadas em separado. Mas ao que parece a pós-produção fez toda a diferença! E antes de mais um rockão, Paul mais uma vez acompanhado só de músicos de estúdio (trompas) nos leva ao bucólico mundo de Rishikesh em "Mother Nature's Son". A irmã-gêmea "Child of Nature" de John só viria a ser resolvida como "Jealous Guy" três anos depois... "Everybody's..." é de minhas prediletas. Groove matador de baixo, guitarras no talo, riff certeiro e um sinal de alarme de incêndio que deu um charme especial, além de gritinhos e falatório ao final. John continua a ter o Maharishi em mente na próxima composição. "Sexy Sadie" de alfinetada acabou virando uma grande música, com vocais que remetem à terceira parte de "Happiness..." e órgão e piano (John e Paul) bastante entrosados. O trabalho de contrabaixo de Paul também é destaque (como sempre). Mas o auge estava apenas com seu terreno assentado. "Helter Skelter" foi parido numa sessão que desembocou numa festinha no estúdio, com os Beatles em jams insanas e Harrison atiçando fogo a um cinzeiro, correndo de um lado ao outro com o mesmo em sua cabeça! Um bom retrato para a sonoridade caótica, que inclui vários sons esquisitos, como intervenções de saxofone de John, algo como um patinho de borracha (seguido por riso de Paul) e claro, o sensacional <span style="font-style: italic;">noise </span>de guitarra que começa o trecho final da <span style="font-style: italic;">mono mix</span> de maneira completamente alternativa à versão em estéreo, sem retorno triunfal e os calos nos dedos de Ringo. Após a tempestade, a calmaria chega com "Long Long Long", que tem vocais finalmente desenterrados das profundezas da mix e realçadas na remasterização. A bateria continua alta e marcante e o final é marcado pelo som do <span style="font-style: italic;">shehnai</span>, mais uma novidade trazida da Índia. O órgão Hammond é tocado por Paul.<br /><br /><div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfvcN0vw4h74JMAUp2F7oB17sW6GF1M7QLfUt-3ZdTTcwvCCcIA2fRlIm7y-puE-aXg5aJ1_toHunIDQnhZ9riL9Q-yHzemR9ov3-2fsIxQp8zaHdq40pQcpVCFIZ8DFy5QmdZJqNwTqA/s1600-h/beatles1968.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 301px; height: 220px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfvcN0vw4h74JMAUp2F7oB17sW6GF1M7QLfUt-3ZdTTcwvCCcIA2fRlIm7y-puE-aXg5aJ1_toHunIDQnhZ9riL9Q-yHzemR9ov3-2fsIxQp8zaHdq40pQcpVCFIZ8DFy5QmdZJqNwTqA/s320/beatles1968.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422065711358958194" border="0" /></a></div>2-09 - Revolution 1 (Lennon/ McCartney) </div><div>2-10 - Honey Pie (Lennon/ McCartney)</div><div>2-11 - Savoy Truffle (Harrison)</div><div>2-12 - Cry Baby Cry (Lennon/ McCartney)</div><div>2-13 - Revolution #9 (Lennon/ McCartney)</div><div>2-14 - Good Night (Lennon/ McCartney)<br /><br />Como o nome indica, a versão lenta de "Revolution" foi a primeira das três a serem trabalhadas (e também a primeira das sessões começadas em Maio - opa, lembremos que estamos em 1968!!), e serviu de base para a colagem sonora do 'sonho 9' de Lennon. Os metais são uma boa introdução à sonoridade <span style="font-style: italic;">vaudeville</span>, ou música-de-cabaré que Paul conseguiu para "Honey Pie". Anos 20 total. Saxofones marcam "Savoy Truffle" de George, que manda um órgão matador, além de um solo de guitarra à altura do que ele não fez em "While My Guitar...". Aliás é o mesmo Eric Clapton a fonte de inspiração para todos os sabores de trufas descritas na letra. Precisa falar do baixo? "Cry Baby Cry" foi descrita por Lennon como "porcaria", e guardadas as devidas proporções e radicalismo do pai da criança, eu concordaria que não é das melhores em todo o álbum. Ainda assim, não faz feio dentro do conjunto da obra, e a vinheta só agora creditada no encartes da versão <span style="font-style: italic;">digipack</span> "Can You Take Me Back" forma uma ponte perfeita para "Revolution #9". Muito já foi dito dessa não-música, mas longe de procurar explicações que possam justificar a inclusão de 8 min de experimentalismo vanguardista, é preciso filosofar acerca da importância desse marco da música popular contemporânea. Não é à toa que 09 de setembro (09) de 2009 foi a data escolhida para lançamento da obra completa do quarteto em seus dois formatos. O que aconteceu com essa faixa foi algo que ocorre com o distanciamento que só o tempo pode proporcionar. A perspectiva histórica nos ensina que obras-de-arte não precisam de explicação, mas elas explicam-se por si mesmas. Mas minha leitura é de que "Revolution #9" é tão fundamental para o Álbum Branco como qualquer outra de suas faixas. Com o adendo de que sendo uma não-canção, ela funciona como um manifesto. O verdadeiro modernismo (ou pós-modernismo, sei lá) esboçado na colagem de fotos disposta no pôster tem como acompanhamento a trilha sonora do fim do mundo, pelo menos do jeito que o conhecíamos. É um comentário definitivo e definidor do que poderia ser uma revolução, não mais com uma letra esperta, mas sonoramente desafiador, com o tipo de manipulação de fitas que Paul fazia já algum tempo, mas que John precisou do apoio de George (e Yoko onipresente) para dar vida. Um epitáfio: "Good Night" é descrita por Paul como um dos momentos de mais ternura por parte de John, e seria uma dádiva se alguma versão com ele fazendo voz guia aparecesse em alguma compilação piratex ou não... Mas Ringo não faz feio (mesmo) e George Martin cria com seu arranjo um belo clima <span style="font-style: italic;">hollywoodiano</span>. E assim se encerra um clássico. Com o caos solto no mundo externo e interno dos Beatles, só nos resta embalar as crianças para dormir e esperar que tudo saia bem no fim-de-tudo.<br /><br />Total Time:<br />Disc 1 - 53:34<br />Disc 2 - 50:43<br /><br />Download links (.flac):<br /><a href="http://www.mediafire.com/file/wynwh22nhiy/White%20Album1-Part1.rar">Disc 1 - Part 1</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/file/myngjuljwkm/White%20Album1-Part2.rar">Disc 1 - Part 2</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/file/y1o0lkymzym/White%20Album2-Part1.rar">Disc 2 - Part 1</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/file/vagzhdjtmyg/White%20Album2-Part%202.rar">Disc 2 - Part 2</a><br /></div></div></div>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-57115911672565981822009-12-21T20:32:00.001-03:002010-10-11T12:33:31.140-03:00Magical Mystery Tour [Mono Mix]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggs_WbNm4aEcYLKvc0qzQz8hehHa60kAawDNUugwKNrhnJ_eYuM9Pd4D3bFPAkBzHv1j3NaAPqv_Jst-BsDnOQNsE36WIHVACT4FpTFPp4uk3TKK-phsthrhsD2uxK7g1FRXCr3eEoeb4/s1600-h/Beatles-AllYouNeedIsLove.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417837076557956738" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggs_WbNm4aEcYLKvc0qzQz8hehHa60kAawDNUugwKNrhnJ_eYuM9Pd4D3bFPAkBzHv1j3NaAPqv_Jst-BsDnOQNsE36WIHVACT4FpTFPp4uk3TKK-phsthrhsD2uxK7g1FRXCr3eEoeb4/s400/Beatles-AllYouNeedIsLove.jpg" style="cursor: pointer; height: 400px; width: 400px;" /></a><br />
<br />
01 - All You Need Is Love (Lennon/ McCartney)<br />
02 - Baby, You're A Rich Man (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
Não havia se passado nem um mês do lançamento de <span style="font-style: italic;">Sgt. Pepper's</span> e os Beatles já estavam em estúdio novamente, desta vez para uma gravação que seria transmitida via-salétite (wow!) ao vivo para todo mundo. <span style="font-style: italic;">Our World</span> era o nome do projeto televisivo, parte do festival canadense Expo 67. A transmissão foi em 25 de junho, e o compacto sairia no dia 07 de julho! O que se ouve na gravação não é exatamente o que foi executado ao vivo. O banda já havia criado uma <span style="font-style: italic;">basic track</span> mais cedo, e ao que parece o que tava valendo ao vivo era a orquestra e os vocais. Há ainda uma estória que eu não saberia confirmar (e não lembro onde li) que a versão do compacto original é diferente da versão que encerraria o Lp <span style="font-style: italic;">Magical Mystery Tour</span> e dois anos depois o Lado 1 de <span style="font-style: italic;">Yellow Submarine</span>. Mas só quem tem esse 45rpm histórico poderá confirmar alguma diferença... A música cita clássicos da canção popular (<span style="font-style: italic;"><span style="font-style: italic;">"</span></span>Greensleaves", "In the Mood", "She Loves You"), faz um uso descarado do hino da França em sua introdução, e tem uma fórmula de compasso pouco convencional em suas estrofes. Já mencionei que John Lennon gostava da brincadeira, e aqui ele contrói suas estrofes (de belos versos) num 7/4. O Lado B do <span style="font-style: italic;">single</span> trazia "Baby, You're a Rich Man" que é mais uma junção de duas músicas distintas, como foi "A Day in the Life" e como seria "Happiness is a Warm Gun". Destaque para o excelente trabalho contrabaixístico de McCartney (palheta e notas abafadas).<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5CQc2J5LIY7TmJYYmw-GOENAgJPN6CKI6Ur0ny9npwSqnGq6F5Lr9LWb1AUrbQBPa0Zzp-3qb3kyDC-rRmvq1sJlFPjUT20FwgemB0sOBtEnON576crB9mgn2eQWjal-i3Q0Nzq_s7r0/s1600-h/uk_hello_goodbye.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417841244462658210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5CQc2J5LIY7TmJYYmw-GOENAgJPN6CKI6Ur0ny9npwSqnGq6F5Lr9LWb1AUrbQBPa0Zzp-3qb3kyDC-rRmvq1sJlFPjUT20FwgemB0sOBtEnON576crB9mgn2eQWjal-i3Q0Nzq_s7r0/s400/uk_hello_goodbye.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 250px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 250px;" /></a>03 - Hello Goodbye (Lennon/ McCartney)<br />
04 - Only A Northern Song (Harrison)<br />
<br />
E aqui começa(?!) minha licença poética para mais essa compilação em Mono. "Hello Goodbye" foi lançada em compacto no dia 24 de novembro, mas o seu lado B era "I am the Walrus", que sairia pouco depois no... ah, você já sabe. Fica a deixa para usar a imaginação: por que "Only a Northern Song" - uma genuína sobra de estúdio de <span style="font-style: italic;">Sgt. Pepper's</span> - não foi aproveitada como lado B nestes dois compactos de 1967? Levanto algumas hipóteses: a) "I am the Walrus" era boa e revolucionária o suficiente para sair tanto no disquinho de 7'' quanto em MMT; b) o ego de John falou mais alto: o lado A é de Paul; c) "Only a Northern Song" poderia não estar considerada concluída... é uma gravação deveras experimental. Há de se lembrar também que Harrison só viria a emplacar pela primeira vez uma composição sua num compacto dos Beatles em 1968 (ver "Lady Madonna" logo abaixo). Mas aqui sua música é estranha (porém magnífica) o suficiente para contrabalancear a perfeição pop de "Hello Goodbye", e seu riff baseado na escala diatônica. E quer lugar melhor para se dizer que "isso é apenas uma canção da Northern" (empresa que gerenciava os direitos das músicas de Lennon/ McCartney) do que o lado B de um mega-hit? Detalhe histórico: nunca existiu uma mix estéreo de "Only a NS", o que se ouvia nos antigos Lps e Cds <span style="font-style: italic;">Yellow Submarine </span>era um chamado <span style="font-style: italic;">fake stereo</span>. O cd remasterizado em caixinha <span style="font-style: italic;">digipack</span> apresenta essa mesma mix mono.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgomMadZ3Pm17x9YlClX7y3PNX77Gamhpra_mIHBx_Xz2JLyLKBXql6rwbyuAOqxzcLylR8O6knOyIYAX1X09rBVcpGDY-o_AepAvfdwhbtkQtprQR9IUn71zcStI9maQoTi4osz3uKmxQ/s1600-h/ep_magical_mystery_tour.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417846378540933730" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgomMadZ3Pm17x9YlClX7y3PNX77Gamhpra_mIHBx_Xz2JLyLKBXql6rwbyuAOqxzcLylR8O6knOyIYAX1X09rBVcpGDY-o_AepAvfdwhbtkQtprQR9IUn71zcStI9maQoTi4osz3uKmxQ/s400/ep_magical_mystery_tour.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 320px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 320px;" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
05 - Magical Mystery Tour (Lennon/ McCartney)<br />
06 - Your Mother Should Know (Lennon/ McCartney)<br />
07 - I Am The Walrus (Lennon/ McCartney)<br />
08 - The Fool On The Hill (Lennon/ McCartney)<br />
09 - Flying (Lennon/ McCartney/ Harrison/ Starkey)<br />
10 - Blue Jay Way (Harrison)<br />
<br />
A trilha sonora para o novo filme dos Beatles (e primeiro projeto após a morte do empresário Brian Epstein) saiu pela Parlophone (UK) em 08 de dezembro num formato inusitado: dois compactos extendidos cada um com duas faixas no Lado A e uma no Lado B. Cheguei a manusear a belíssima versão nacional, original da época, num sêbo em São Paulo, mas infelizmente não tive condições de adquiri-lo. Mesmo sendo no formato compacto, o disco trazia o generoso libreto, esse ano reeditado nos Cds remasterizados, tanto Estéreo quanto o Mono. A diferença sendo, o que foi estabelecido como o <span style="font-style: italic;">Magical Mystery Tour</span> da discografia dos Beatles é o Lp lançado pela Capitol nos EUA em novembro de 1967, disco que só sairia no Reino Unido em 1976(!). São essas mesmas faixas redistribuídas para um lado maior de Lp, e o lado B compilando três compactos (já comentados) do mesmo ano. E o filme pode até ser um saco (principalmente se você o assistir sem legenda), mas a música dos caras não caía de nível. Aliás o experimentalismo dos Beatles em estúdio atinge o ponto culminante aqui. Daí para frente eles buscariam uma volta a uma sonoridade mais básica. Os trompetes dão o tom na faixa-título, que tem um final extendido para uma <span style="font-style: italic;">jam</span> <span style="font-style: italic;">session</span> quase jazz. "Your Mother Should Know" é da mesma safra de "Good Day Sunshine" e "When I'm Sixty Four". É o fascínio de Paul pelos discos que o velho Jim McCartney ouvia em casa. Já em "I Am The Walrus" não há nada que possa se chamar de convencional.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCK6dIgIT6BDrpiGBp-YMVgZUhO9wAO9svjiOQHGyItYx2YD-V2AiY4dbWoDSaNA_U8cxbM8l92HXGAbeWwopTe2Dnw_b560O4DGyBs6rJ35RYM8ezWUjPc_9-Kvr1vVP34Pvn9jVuGII/s1600-h/beatles-walrus-group.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417851484305325458" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCK6dIgIT6BDrpiGBp-YMVgZUhO9wAO9svjiOQHGyItYx2YD-V2AiY4dbWoDSaNA_U8cxbM8l92HXGAbeWwopTe2Dnw_b560O4DGyBs6rJ35RYM8ezWUjPc_9-Kvr1vVP34Pvn9jVuGII/s400/beatles-walrus-group.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 228px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 361px;" /></a>O melotron tocado por John já tem um som um tanto sinistro. O arranjo de cordas capricha nos graves criando um clima soturno. A bateria entra seca, lembrando que isso é uma banda de rock, apesar da ausência de guitarras. A letra é o grande trunfo, uma continuação para o que Lennon havia lançado em livro (foram 02), inspirado por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lewis_Carroll">Lewis Carroll</a> em suas justaposições de palavras sem qualquer relação aparente e livres associações de sentido, numa preocupação formal surrealista na criação de imagens. Poesia pura. Para completar o arranjo, John plugou um rádio à mesa de som, e na gravação ouve-se várias dessas inserções. Fora o côro bizarro, uma ótima maneira de se encerrar um lado de um disco (seja ele o lado B do compacto ou lado 1 do Lp).<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBz6AMq7sAgYPVAXnHW3G6MByigfzh6EpmHFI6I1Ipwt41m2LzJ3LHqzxUqzNS8WVh40X8QGA4Ph1Wi-_tAXqhx_0G6BfmB4e8Rzpg0Zp1FJUYHbDlS-OJtaIEXTdPv7G2vL5eiw6UHRo/s1600-h/back_LP.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417854734380340850" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBz6AMq7sAgYPVAXnHW3G6MByigfzh6EpmHFI6I1Ipwt41m2LzJ3LHqzxUqzNS8WVh40X8QGA4Ph1Wi-_tAXqhx_0G6BfmB4e8Rzpg0Zp1FJUYHbDlS-OJtaIEXTdPv7G2vL5eiw6UHRo/s400/back_LP.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 337px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 329px;" /></a>"The Fool On The Hill" abria o segundo disquinho de maneira singela. É impossível não se derreter com a beleza dessa canção. Paul gravou as flautas, e aparece no filme sozinho, como o <span style="font-style: italic;">fool himself</span>. Mas diferente de "Yesterday" ou "Eleanor Rigby", todos os outros Beatles colaboraram nessa gravação antológica. Encerrando o Lado A, a única música creditada aos Fab Four, e segundo registro instrumental do grupo (a outra sendo "Cry For a Shadow", disponível no <span style="font-style: italic;">Anthology 1</span>). Como trilha do filme, funciona. Mas interessante mesmo é a contribuição de George para a trilha. "Blue Jay Way" é um lugar que ele havia se hospedado em Los Angeles. A letra fala na verdade do dia em que Derek Taylor, futuro assessor de imprensa da Apple, se perdeu numa neblina tentando achar o tal <a href="http://electricearl.com/BlueJay.html">lugar</a>. George-o-compositor escancara um órgão <span style="font-style: italic;">hammond</span>, a bateria de Ringo é quase tribal, e um violoncelo é a cereja do bolo, que inclui ainda alguns efeitos eletrônicos (Harrison lançaria em dois anos o disco <span style="font-style: italic;"><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Electronic_Sound">Electronic Sound</a> </span>aprofundando-se no assunto)...<br />
<br />
11 - Lady Madonna <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD5nXQ_AqqHiKj6Q-Cfvs14L0J6H5pyzldcjB3OgE7BLiD4IPHkA_VWP9HOaCbjWHPUMEsT9imdPE1lPnmr9FVdHG84W4Aw4Z8Q3si-1G7yP58CZj-8PiA00npaPqTSZTbPBIgCAANaZ8/s1600-h/uk_lady_madonna.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417873561107117570" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD5nXQ_AqqHiKj6Q-Cfvs14L0J6H5pyzldcjB3OgE7BLiD4IPHkA_VWP9HOaCbjWHPUMEsT9imdPE1lPnmr9FVdHG84W4Aw4Z8Q3si-1G7yP58CZj-8PiA00npaPqTSZTbPBIgCAANaZ8/s400/uk_lady_madonna.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 250px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 250px;" /></a> (Lennon/ McCartney)<br />
12 - The Inner Light (Harrison)<br />
<br />
Já era 1968 e as sessões de fevereiro produziriam o 17<span style="font-family: Times New Roman,serif;">º</span> compacto (o último a sair pela Parlophone), lançado em 15 de março, além de mais algumas canções que seriam aproveitadas para a trilha da animação <span style="font-style: italic;">Yellow Submarine</span>. Em "Lady Madonna" temos Paul dando uma de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Fats_Domino">Fats Domino</a> no piano, e um solo de sax altamente rock 'n' roll (para não perder o costume, os Stones fariam o mesmo um ano depois em "Live With Me"). Já o lado B teve a parte instrumental colhida na Índia em janeiro, durante as gravações do primeiro disco solo de um beatle: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Wonderwall_Music"><span style="font-style: italic;">Wonderwall Music</span></a>. George gravaria o vocal com algumas intervenções ao final de John e Paul um mês depois em <span style="font-style: italic;">Abbey Road</span>. É a última da séria série George-o-indiano. E das mais belas, sem o clima pesadão das outras duas. Vale a pena conferir a versão do <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Concert_for_george"><span style="font-style: italic;">Concert for George</span></a>.<br />
<br />
13<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv-9rwFKqcrJwwyrGIj43Kx0GNi8FFI8E9Atr5_JN49aNxzuEnv4BDbcfFaGhaBOi7-4GNvG3sDrR1rvGpfDQbIucIOJ8pg7bBq06rkuPHaNbiyZ_VfXdU2ogs57VMiZUcz2Q9p5fwtbQ/s1600-h/yellow_mystery.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417877089986803970" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv-9rwFKqcrJwwyrGIj43Kx0GNi8FFI8E9Atr5_JN49aNxzuEnv4BDbcfFaGhaBOi7-4GNvG3sDrR1rvGpfDQbIucIOJ8pg7bBq06rkuPHaNbiyZ_VfXdU2ogs57VMiZUcz2Q9p5fwtbQ/s400/yellow_mystery.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 359px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 233px;" /></a> - All Together Now (Lennon/ McCartney)<br />
14 - Hey Bulldog (Lennon/ McCartney)<br />
15 - It's All Too Much (Harrison)<br />
<br />
Não existe o disco <span style="font-style: italic;">Yellow Submarine</span> na caixa Mono. Essas três faixas, mais "Only a Northern Song" estão disponíveis como parte das<span style="font-style: italic;"><span style="font-style: italic;"><span style="font-style: italic;"> </span></span>Mono Masters<span style="font-style: italic;">. </span></span>O detalhe é que é a primeira vez que essas mixes em mono são lançadas comercialmente, a trilha só saiu em janeiro de 1969, quando o Estéreo já havia se consolidado. Mas o filme estreou nos cinemas ainda em 68, e os Beatles já tinham essas músicas na manga antes mesmo de entrar em estúdio para gravar o <span style="font-style: italic;">Álbum Branco</span>. "All Together Now" tem o poder de encantar crianças, minha filha que o diga; "Hey Bulldog" tem um dos melhores refrões da carreira de Lennon (numa progressão de acordes que ele voltaria a explorar); e "It's All Too Much" encerra esse disquinho como a quarta composição de Harrison (só o duplo álbum branco conseguiria tal feito), assim como ela encerra o excelente filme (ok, antes da reprise de "All Together Now") e também a <a href="http://obaudoedu.blogspot.com/2009/09/yellow-submarine-songtrack.html"><span style="font-style: italic;">Songtrack</span></a>. A lisergia do arranjo e final extendido remetem à trilha do filme anterior. No fim das contas, apesar da assumida forçação, essas músicas não soam tão deslocadas assim do resto do material acima. É importante lembrar que no <span style="font-style: italic;">Yellow Submarine</span> a música que seguiria é "All You Need Is Love". Tá vendo, <span style="font-style: italic;">nothing is real...</span><br />
<br />
Total Time:<br />
49:58<br />
<br />
Download links (.flac):<br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/2nnmdm4zkzn/Magical%20Mystery%20Tour%20-%20Part1.rar">Part 1</a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/1zyjdwziy4m/Magical%20Mystery%20Tour%20-%20Part2.rar">Part 2</a>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-87266197109876879092009-12-18T09:48:00.002-03:002010-10-11T12:34:46.581-03:00Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band [Mono Mix]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiQgulobPo8YEMWFLgXv4iO85Hn6YeKxoFo0RtSFv87Ce_QXc-yYq7kVO6-cj7jCtUmGadB_oYsvtkI4HQ-CYxK7AJZAlWgjEHEyqTevJHpg7dsSAIbbxL_XC2yeIvk03w4WW7c5hFDnc/s1600-h/Pennystrawps.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5416558239350772290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiQgulobPo8YEMWFLgXv4iO85Hn6YeKxoFo0RtSFv87Ce_QXc-yYq7kVO6-cj7jCtUmGadB_oYsvtkI4HQ-CYxK7AJZAlWgjEHEyqTevJHpg7dsSAIbbxL_XC2yeIvk03w4WW7c5hFDnc/s400/Pennystrawps.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 361px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 360px;" /></a><br />
<div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
<br />
</div><div><br />
</div><div>01 - Strawberry Fields Forever (Lennon/ McCartney)<br />
02 - Penny Lane (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
Em 17 de fevereiro de 1967, o novo compacto duplo dos Beatles, mostrava uma nova <span style="font-style: italic;">persona</span>. Lennon se referia a 'eles' como os "<span style="font-style: italic;">clever Beatles</span>". Não fazer mais shows trouxe uma dramática mudança na concepção de banda. E isso se refletiu logo nessas duas faixas, que poderiam ter sido parte de um novo álbum, porém eventualmente elas sairiam no fim daquele ano no LP da Capitol <span style="font-style: italic;">Magical Mystery Tour</span>. Aqui, esse humilde compilador faz exatamente como na coletânea azulzinha (1967-1970), que põe essas duas obras-primas onde deveriam estar - o Lado 1 daquele disco indo como está aqui até "Lucy", e concluindo com "A Day in the Life". O que é um <i>tracklist</i> natural, pois "Strawberry Fields" foi a primeira faixa a ser trabalhada naquelas longas sessões. O que mais gosto nela (e há várias coisas que me tiram do sério em "Strawberry Fields") é a voz de John desacelerada. É muito legal reconhecer o timbre de um mesmo vocalista numa região mais grave, atípica pros Beatles. Essa desaceleração da fita é fundamental pro clima soturno da gravação; os pratos (entre outras coisas) ao contrário, a genial performance de Ringo na bateria e <span style="font-style: italic;">overdubs</span> e todo arranjo de George Martin contribuem para tudo funcionar sem tirar nem botar. A versão <span style="font-style: italic;">mono</span> traz um diferente <span style="font-style: italic;">fade</span> no final... "Penny Lane" é o contraponto ideal: após a visita aos campos de morango com um olhar <span style="font-style: italic;">dark</span>, hora de fazer um <span style="font-style: italic;">picnic </span>ao som de melodias assobiáveis, inspirados pelos Beach Boys. Perfeição perde.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh23s-fbia5Mw8qKqZLN7X6BtZrdOYAoRqRM8uKCeRM87YOKgkaUmhUYWbhMnNHDdJVHAQ0nnCUda1zx9uoN1f3z55fedLLxb4Cd1vQ3KK4plpgcaU1JrpTu69ZA318Mi7s6JRNNuL8ifs/s1600-h/sgt-pepper.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5416563321892034578" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh23s-fbia5Mw8qKqZLN7X6BtZrdOYAoRqRM8uKCeRM87YOKgkaUmhUYWbhMnNHDdJVHAQ0nnCUda1zx9uoN1f3z55fedLLxb4Cd1vQ3KK4plpgcaU1JrpTu69ZA318Mi7s6JRNNuL8ifs/s400/sgt-pepper.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 387px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 400px;" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Diz-se que tanto George Martin como John Lennon já foram citados comentando algo como "se você não ouviu Pepper em Mono, você não ouviu Pepper". Um certo exagero, talvez, mas é indiscutível que a experiência é outra. Melhor ou pior é irrelevante, mas qualquer fã sério dos Beatles deveria pelo menos ouvir alguns desses discos em sua versão Mono. E "Sgt. Pepper's" é ponto alto. Lançado em 1<span style="font-family: Times New Roman,serif;">º</span> de junho, 04 meses após aquele compacto inicial, o disco é uma busca honesta por um som original, arranjos e concepções que nunca haviam sido explorados anteriormente. E o resultado é 'satisfação garantida'. Da rasgação da faixa-título à catarse de "A Day In The Life" são vários os motivos para se incensar um disco que, à primeira ouvida, pode não parecer mesmo grande coisa (explico: no fundo, é só mais um ótimo disco dos Beatles). Mas a fórmula é simples de entender: pegue os Beatles saídos de <span style="font-style: italic;">Revolver</span> (e "Tomorrow Never Knows"), com a emergente cultura <span style="font-style: italic;">flower power</span>, adicione os escritores da contracultura que incluiam os <span style="font-style: italic;">beatniks</span> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jack_Kerouac">Kerouac</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Allen_Ginsberg">Ginsberg</a>, uma pitada de aditivos alteradores de consciência, não esqueça de praticar sua meditação transcendental ao som de música indiana, e tenha George Martin como produtor responsável. Para embalar pra venda, e não virar um item <span style="font-style: italic;">cult</span> deixe tudo bem pop: uma capa que realmente chame atenção, cores berrantes e um conceito - vazio, claro. Mas forte o suficiente para as pessoas acreditarem que se trata de um álbum sobre um mesmo tema.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOFn8NZOS67F5mV_RXGoKkpbdlbwsl6Dw4e5WjdyeJvueGiGOERi9ljoSk5V1mrBQXFeJnjI-DILVPpltuSV2H7zG_cP_-GU__K3e3gLdERk3O5BpFAGzEmPqMibxp13QmJYAQ1NZkCio/s1600-h/119303320_0a3c1d3980.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5416575646944439218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOFn8NZOS67F5mV_RXGoKkpbdlbwsl6Dw4e5WjdyeJvueGiGOERi9ljoSk5V1mrBQXFeJnjI-DILVPpltuSV2H7zG_cP_-GU__K3e3gLdERk3O5BpFAGzEmPqMibxp13QmJYAQ1NZkCio/s400/119303320_0a3c1d3980.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 277px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 371px;" /></a></div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
<br />
<br />
</div><div><br />
</div><div>03 - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (Lennon/ McCartney)<br />
04 - With a Little Help From My Friends (Lennon/ McCartney)<br />
05 - Lucy In The Sky With Diamonds (Lennon/ McCartney)<br />
06 - Getting Better (Lennon/ McCartney)<br />
07 - Fixing a Hole (Lennon/ McCartney)<br />
08 - She's Leaving Home (Lennon/ McCartney)<br />
<div>09 - Being For The Benefit of Mr. Kite! (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
O que faz um bom disco? As músicas! E o que faz boas músicas? Os músicos! Pegue o exemplo da Motown. Anos e anos se falando da mágica no "som da Motown", e há pouco tempo saiu um <a href="http://www.imdb.com/title/tt0314725/">Dvd</a> apresentando a banda (quase nunca creditada nos discos) que esculpiu aquele som, os Funk Brothers - todos músicos de jazz, arranjadores incríveis. Moral da história: sem Lennon, McCartney, Harrison, Starr ou Martin não haveria <span style="font-style: italic;">Pepper</span>. Que como ideia, surgiu numa viagem de trem... Paul foi o grande catalisador de ideias e responsável por motivar o grupo a sempre pensar à frente e não se acomodar. Em "Sgt. Pepper's..." ele é o mestre-de-cerimônias e o que se ouve são guitarras no talo, um cartão-de-visita de um real disco de rock. Já em "Little Help" o minimalismo do arranjo dá a tônica para Ringo cantar à vontade. "Lucy" é bastante lisérgica - essa mix me pareceu ter uma dose maior de <span style="font-style: italic;">phaser</span>, na voz e bateria... E o baixo de Paul comanda, além do órgão Hammond também tocado por ele. O ponto forte é a letra, num estilo surrealista que John levaria ao extremo em "I Am The Walrus" ainda naquele ano. São basicamente canções de Paul as próximas três faixas: "Getting Better" tem uma sacada genial na bateria, e a tambura indiana de George Harrison; em "Fixing a Hole" ouve-se um cravo (George Martin), e os timbres de guitarra ajudam no clima psicodélico. Já "She's Leaving Home" abre com um som de harpa (quer instrumento mais angelical?), num arranjo bacana de Mike Leander para cordas (George Martin até hoje se ressente do fato). Ah, já ia esquecendo: essa música roda mais 'rápida' na versão mono. A voz é mais aguda, e o andamento é levemente alterado 'pra cima'. O lado 1 fecha como um colorido carrossel, com Lennon contando em detalhes todas as atrações observadas em um cartaz de circo, para uma performance do Mr. Kite! Muito bom o loop criado por George Martin que traz a sensação de "música de circo", em compasso 6/8 (o resto da música é quaternário). Esse processo de gravação elaborado por Martin - o <span style="font-style: italic;">bouncing</span> <span style="font-style: italic;">down</span> de trilhas de 04 canais para apenas uma, assim tendo sempre mais trilhas disponíveis para mais gravações foi revolucionária e inspirou dezenas de engenheiros, músicos, produtores (detalhe: já se usava o sistema de 08 canais nos EUA nessa época). E mesmo com os modernos estúdios e mesas de hoje em dia há bandas que - talvez em busca da 'mágica' - utilizam o mesmo recurso que George e os Beatles fizeram em 1967. Exemplo: ouça o disco <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Black_Foliage:_Animation_Music_Volume_One"><span style="font-style: italic;">Black Foliage</span></a> do Olivia Tremor Control. Quatro canais e muita experimentação...<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbfe-5GfzjDjzWbjnau-9I0K3c8b2CDz_162lsr1fYTtz-IaZNEuYu6NpjlNYGXZj7pz3a9vAqm8byyMZel51fucfsJMI1INz_zes-pd2NnWe-Xj5sH2beQC1j8h4E0uiCXDhyjwEYizA/s1600-h/Beatles-SgtPepper-Deluxe1-front_in.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5416642286827219250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbfe-5GfzjDjzWbjnau-9I0K3c8b2CDz_162lsr1fYTtz-IaZNEuYu6NpjlNYGXZj7pz3a9vAqm8byyMZel51fucfsJMI1INz_zes-pd2NnWe-Xj5sH2beQC1j8h4E0uiCXDhyjwEYizA/s400/Beatles-SgtPepper-Deluxe1-front_in.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 273px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 273px;" /></a>10 - Within You Without You (Harrison)<br />
11 - When I'm Sixty-Four (Lennon/ McCartney)<br />
12 - Lovely Rita (Lennon/ McCartney)<br />
13 - Good Morning Good Morning (Lennon/ McCartney)<br />
14 - Sgt. Pepper's Reprise (Lennon/ McCartney)<br />
15 - A Day In The Life (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
Estávamos conversando... sobre como "Within You Without You" é música indiana seriamente composta por Harrison e executada por músicos de lá. Alguns dos instrumentos usados: dilruba, tabla, <i>swarmandal</i> e tamburas (uma delas tocada pelo eterno <i>roadie</i> Neil Aspinall). É perceptível - fora a instrumentação -, o quanto é complexa a música indiana. Os compassos não seguem uma quadratura identificável, onde se espera uma continuação ou resolução. Os <i>ragas</i>, como chamados os temas que podem ser desenvolvidos por horas de improvisação coletiva, seguem estruturas não-lineares, ou seja, as mudanças de fórmula de compasso são constante, muito do fundamento do <i>raga</i> se dá nessa 'quebra' da sensação retilínea do tempo... ao mesmo tempo que uma mesma nota fundamental dá uma sensação de eterno retorno, de tempo suspenso. E como bom Beatle, George conseguiu unir toda essa complexidade na estrutura dessa música, sem fugir do senso de canção que consagrou seu grupo. A melodia é simples, porém forte e a letra resume tudo que se possa elocubrar sobre uma canção como essa: "<i>if they only knew</i>!".<br />
<div><br />
</div><div><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417005579203345762" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAM9znAorKHDj-rahJVY1r3hWcKUynlIwS7UurZBhk7MC2e7GuWtzrJUQrqYhBZOc6lM7eV0QcTwxQ1KHnDhz40vQ9kJqt20TfB8bc8KQErfYvFgpHmnxDNYHoeuyhcmPKTflZqOhw8jQ/s400/beatles-happy.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 204px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 400px;" />Depois de boas risadas (de novo: esse final na versão mono é bem diferente) mais uma vez Paul quebra o climão e deixa tudo <i>light</i>: "When I'm Sixty Four" é uma delícia e foi uma das primeiras músicas a serem trabalhadas nas sessões iniciais, junto ao compacto lá de cima. Os clarinetes (e clarinetes-baixo) comandam a festa. <a href="http://zappa.com/">Frank Zappa</a> acusou os Beatles de terem surrupiado alguma de suas idéias avançadas em <i><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Freak_Out%21">Freak Out</a></i> para o final de "Lovely Rita", o que de fato faz sentido. Em retorno, Zappa faria <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgorpxVf-nofQPehvuAR0UOaSztSq8LNN_0FlpkNYTRcQ5qIwH5E7lvriWORy4KLfb2tB3Nk3Plwe3nbjDixhHehRYQmRxTO7NtOnpnreuS8I2y0IyXjd5njHgVB7-FyhEcgHWuWFUjQW0/s1600-h/We're+only+in+it+for+the+money+-+front.jpg">isso</a>. Mas voltando à "Rita", o experimentalismo não é só no final: o som de 'chocalhos' é na verdade pente e papel. O solo <i>honky-tonky</i> é de George Martin mas ao final ouve-se McCartney ao piano. Sounds Incorporated é um grupo de Liverpool formado por três saxofones, dois trombones e uma trompa (seriam eles os Lonely Hearts Club Band?). É essa galera que segue o canto do galo em "Good Morning". A história do comercial da Kellog's todo mundo conhece, mas o que não se fala muito é de como Lennon gostava de mexer na estrutura das músicas. Essa é bem peculiar, misturando compassos 5/4 - bem incomuns no pop, com o tradicional 4/4 que acompanha o corinho ("Good Morning, Good Morning"). O final então é uma zona. Muito bom! A "Reprise" cumpre seu papel sem muita enrolação, com melodia agora nas três vozes. Mas o melhor estava guardado para o final...</div><div><br />
<img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417014387144747506" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyhOXvx6ca6WpVfmItVp-cBBXGKStFuTwJQSCtzZIQScMTiEaSCYS4o3lUPYLTOMcCl30yEw4MAP6fPt7axoedww7MvDIJyzUHXw3UOzHE07oTYPFnOFBKYM5tUVDDCKr9AlmSrz7PiFI/s400/back_LP.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 400px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 392px;" /></div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div>"A Day In The Life" é uma das principais músicas do séc. XX. Tá tudo lá. O melhor de Lennon, de McCartney e dos Beatles - o bongô tocado por Harrison faz bastante diferença, e a bateria de Ringo é citada por 09 entre 10 bateristas como uma das coisas mais instigantes que eles já ouviram. De George Martin, temos um bom exemplo de como o rock se apropriou do som de uma orquestra chegando ao ápice de usá-lo como efeito sonoro, e não apenas num arranjo pomposo. O que era para ser mais uma canção de rotina de John, precisava de um B que ele não tinha composto ainda. Paul leva então a música a outra direção. Ainda assim, precisa-se de um final grandioso. Faz-se 'o som' então. George Martin o descreve como um "orgasmo sonoro grandioso". É tipo isso mesmo. E pro acorde final, várias mãos num mesmo piano: os 04 Beatles mais Mal Evans, gravando juntos 04 vezes mais através de <i>overdubs </i>e sincronizados naquele processo de <i>bouncing</i>. E sendo o fim de um disco como <i>Sgt. Pepper's</i>, o que não falta é estória. Como aquela do ruído percebido apenas pelos caninos. São 15,000 Hz! E o chamado "Inner Groove", hoje em dia um bônus das edições em cd, mas a idéia na verdade era usar aquela parte do sulco do vinil que não tem música, que serve pra gente lembrar de retirar o disco, e em muitos aparelhos a agulha fica ali, indo e voltando... Com um som um tanto bizarro, ao terminar <i>Sgt. Pepper's</i> você poderia ficar ouvindo aquilo indefinidamente até algum voluntário ir lá na vitrola e trocar o disco. Como diria Mr. Kite: <i>a splendid time is guaranteed for all</i>...</div><div><br />
Total Time:<br />
47:02<br />
<br />
</div><div>Download links (.flac):</div><div><a href="http://www.mediafire.com/file/zrwnlgzx1yy/Sgt.%20Pepper%27s%20Lonely%20Hearts%20Club%20Band%20-%20Part1.rar">Part 1</a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/m3zmyzzgjwm/Sgt.%20Pepper%27s%20Lonely%20Hearts%20Club%20Band-Part2.rar">Part 2</a></div></div></div>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-74632646781607716022009-12-16T10:08:00.000-03:002010-07-09T18:17:24.912-03:00Revolver [Mono Mix]<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg35ukDWpg-FcQ1JUM5EssqqPRHoPoW-ZPfgk-y0qr1cgbkIkJAJsijXq9oCiPbcGCsP8oLUimEmvBvL10rOxeLCM-iUeLKEiT0-7gzCYlfZFo9jgKBhe7whI_mF08ZvC4oY8V1hFfVNPc/s1600-h/uk_paperback.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 250px; height: 250px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg35ukDWpg-FcQ1JUM5EssqqPRHoPoW-ZPfgk-y0qr1cgbkIkJAJsijXq9oCiPbcGCsP8oLUimEmvBvL10rOxeLCM-iUeLKEiT0-7gzCYlfZFo9jgKBhe7whI_mF08ZvC4oY8V1hFfVNPc/s400/uk_paperback.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5415833887617224786" border="0" /></a>01 - Paperback Writer (Lennon/ McCartney)
<br />02 - Rain (Lennon/ McCartney)
<br />
<br />Lançado em 30 de maio de 1966, o compacto #12 da discografia Fab trazia uma sonoridade mais orientada para o peso das guitarras, baixo incluso. Até o volume da gravação na prensagem do 45' original era superior ao que se lançava antes. E na mix, nunca o baixo de Paul foi colocado tão "na cara". É certamente um sinal que o domínio de Macca na liderança do grupo já estava se consolidando. Além de peso, "Paperback" trazia arranjos vocais sofisticados, difíceis de serem reproduzidos ao vivo, o que seria uma das desculpas que eles usariam para abandonar os palcos alguns meses na frente. Já "Rain" aproxima ainda mais os Beatles de um som psicodélico, ainda em processo embrionário, mas experimentando vozes tocadas ao contrário, e alguns efeitos interessantes. Um excelente aperitivo para a bomba (no bom sentido) que explodiria no álbum a seguir.
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZH43BHsMgaaSjuMPQZxWZm8LapWuVf3QJkKeVNSZ45ingviBxff7O3tpoRdgdS9A4wgAcLXO1yDpptBKKi2kthpJCihDnpiN911HjQLVGwiagPOC3ZwyECg9f5MzL8Jg7CyFJrphdgsg/s1600-h/mono"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 300px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZH43BHsMgaaSjuMPQZxWZm8LapWuVf3QJkKeVNSZ45ingviBxff7O3tpoRdgdS9A4wgAcLXO1yDpptBKKi2kthpJCihDnpiN911HjQLVGwiagPOC3ZwyECg9f5MzL8Jg7CyFJrphdgsg/s400/mono" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5415836689213984882" border="0" /></a>03 - Taxman (Harrison)
<br />04 - Eleanor Rigby (Lennon/ McCartney)
<br />05 - I'm Only Sleeping (Lennon/ McCartney)
<br />06 - Love You To (Harrison)
<br />07 - Here, There and Everywhere (Lennon/ McCartney)
<br />08 - Yellow Submarine (Lennon/ McCartney)
<br />09 - She Said She Said (Lennon/ McCartney)
<br />
<br />A capa já é um susto; nos créditos George é o compositor da faixa de abertura; na bolacha uma contagem por cima de um som de rolo de fita voltando, mais uma tosse (!)... A impressão é de que tudo é peculiar em <span style="font-style: italic;">Revolver</span>. Para muitos é o melhor álbum dos Beatles pois ainda dá pra sentir um trabalho de banda, mesmo com uma "Eleanor Rigby" que é quase Paul solo (mais uma vez). O que interessa, as canções, são o grande trunfo enfim. Uma pedrada após a outra. O baixo de "Taxman" é funk dos bons, e solo rasgadão de guitarra também é cortesia de Mr. Macca. "Eleanor Rigby" é daqueles momentos inspirados e definidores de uma carreira, no caso a de Paul. Obra-prima sem par. "I'm Only Sleeping" é deliciosamente preguiçosa e traz guitarras ao contrário no solo, o que na época era grande coisa! E se o ouvinte desavisado achar que tudo ainda parece com Beatles, o que dizer de "Love You To"? Mais uma bola dentro de Harrison: a música indiana havia entrado em sua vida, e ele sabiamente trouxe essa linguagem pra banda e encontrou sua voz - um beatle que compõe música indiana com tempero psicodélico. A balada que segue é um respiro necessário após ouvir "Love u2", e "Here, There..." tornou-se mais um <i>standard </i>no repertório de... Paul McCartney!
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwXITpCRNk6qe1V4EKuRy0joOS7BvBnCZEtcIX0LDfnGYrS-DeM-pv1OZ9Bfox9irjkZadUyce0AqjPasrzo7v0t2k2dNpDJyMLcTA7FpUS7wGuyE7sLiuJXi4oAhuyY1SIV2WifpngRE/s1600-h/be_submarine.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 250px; height: 250px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwXITpCRNk6qe1V4EKuRy0joOS7BvBnCZEtcIX0LDfnGYrS-DeM-pv1OZ9Bfox9irjkZadUyce0AqjPasrzo7v0t2k2dNpDJyMLcTA7FpUS7wGuyE7sLiuJXi4oAhuyY1SIV2WifpngRE/s400/be_submarine.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5415841991110187154" border="0" /></a>
<br />Na mesma data de lançamento do álbum (05 de agosto), "Yellow Submarine" era também lançada em compacto, o 13<span style="font-family:Times New Roman,serif;">º</span> da carreira. Deve ser número da sorte, pois essa faixa de inspiração infantil cantada por Ringo renderia um filme de animação e um disco a ser comentado neste blog em breve. Mas a canção merece! A gravação é cheia de efeitos especiais e a letra por mais simples que pareça é rica o suficiente para inspirar um roteirista... Encerrando o lado 1 de <span style="font-style: italic;">Revolver</span> mais uma piração: "She Said She Said" é clássico Lennon, com uma breve mudança de compasso (quaternário pra ternário) no B, e guitarras! Muitas guitarras...
<br />
<br />
<br />10 - Good Day Sunshine (Lennon/ McCartney)
<br />11 - And Your Bird Can Sing (Lennon/ McCartney)
<br />12 - For No One (Lennon/ McCartney)
<br />13 - Dr. Robert (Lennon/ McCartney)
<br />14 - I Want To Tell You (Harrison)
<br />15 - Got To Get You Into My Life (Lennon/ McCartney)
<br />16 - Tomorrow Never Knows (Lennon/ McCartney)
<br />
<br />O lado 2 começa com uma gravação peculiar, a primeira tentativa (séria) de Paul de emular o som dos anos 30-40, influência que ele recebeu de seu pai. Em "Good Day Sunshine" ouve-se basicamente piano (George Martin), bateria e vocais. E não é que funciona? As guitarras voltam com sede de gás em "And Your Bird Can Sing". O que domina é o som das Rickenbakers 12 cordas. Reza lenda que o baixo dessa gravação é de George, depois que Paul abandonou o estúdio. Realmente a versão do Anthology (aquela das gargalhadas) tem uma linha de baixo bem diferente... E o baladeiro-mor emplaca mais uma: "For No One" tem aquele toque nostálgico/ heróico de uma trompa (o trompista: Alan Civil), e melodia belíssima. "Dr. Robert" é o dentista que colocou LSD nos chás de John e George + esposas, e o que fazer com isso? Escrever uma canção, ora. A música tem uma parte B interessante, em suspensão, para depois voltar ao <span style="font-style: italic;">backbeat</span> característico. A terceira contribuição de George é rock clássico, antes de isso sequer existir. Deve ser por isso que Beatles são criadores de estética, não de uma mas várias. Grande música, ainda acredito que "<span style="font-style: italic;">I've got time</span>". É um bom lema. Já "Got To Get You Into My Life" é uma declaração de amor. Daquele mesmo tipo que o Black Sabbath cantaria 05 anos depois em "<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Sweet_Leaf">Sweet Leaf</a>". E se mesmo <span style="font-style: italic;">talking about it</span> a canção é pouco psicodélica com seu arranjo à Motown (com McCartney mandando umas frases pinceladas de <a href="http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&ct=res&cd=2&ved=0CBMQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.bassland.net%2Fjamerson.html&ei=3hQpS8urN46VtgeorJjQCw&usg=AFQjCNE3sKmRXBmnbDqY5uj6FzRNGbmamA&sig2=QcvWzmoCyF6M8RWIrvl3dQ">James Jamerson</a> com bastante propriedade), em "Tomorrow Never Knows" os limites não existem pro que se pode fazer em termos de experimentalismo num estúdio.
<br />
<br />Tudo num mesmo caldeirão: pedaços de fita cortados
<br />embrulhados em um saco plástico <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXbh1QZW-NVbLvoLls6pjlF0MPhs0VhBLStoE4nwJj3PX8uhn__NKWVydwzS88iszNaCae2GDCcVHyZ7G0LhehPKOLgZUnN7X4Sz2LZ0UJLRxUa63G7ajJolObM1B4JkSLqWtWeLHwKmg/s1600-h/29136999-29137004-slarge.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 294px; height: 294px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXbh1QZW-NVbLvoLls6pjlF0MPhs0VhBLStoE4nwJj3PX8uhn__NKWVydwzS88iszNaCae2GDCcVHyZ7G0LhehPKOLgZUnN7X4Sz2LZ0UJLRxUa63G7ajJolObM1B4JkSLqWtWeLHwKmg/s400/29136999-29137004-slarge.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5415845455892753762" border="0" /></a>e conceitos <span style="font-style: italic;">avant garde</span> seriam a contribuição de Paul para "Tomorrow Never Knows" (além de provavelmente o piano ao final da faixa, e o solo de guitarra, <span style="font-style: italic;">backwards</span>), não esquecendo o baixão groovado em uma única nota contribui para o clima hipnótico da peça. <span style="font-style: italic;">Bass and drums</span>: sem Ringo, essa música jamais teria "acontecido". Da forma que foi executada e gravada (a chamada <span style="font-style: italic;">master take</span>) ela nunca poderia ter sido reproduzida. Um <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Happening"><span style="font-style: italic;">happening</span> </a>como outro qualquer. Isso porque para conseguir mixar os loops de fita (as "gaivotas"), tudo seria improvisado. Uma galera, várias máquinas de fita e alguns lápis. Esse foi o caldeirão cozido por John, motivado pela leitura de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/The_Psychedelic_Experience"><span style="font-style: italic;">The Psychedelic Experience</span></a>, que por sua vez era uma leitura do <span style="font-style: italic;">Livro Tibetano dos Mortos</span>, e temperado pela música indiana - o centro tonal (Dó) é estático; mesmo com a única mudança de acorde, a nota mais grave (fundamental) continua sendo Dó. Uma música modal, que não segue um pensamento tonal (caracterizada por progressões as mais diversas). Uma idéia trazida aos Beatles através de George, claro. A <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tambura">tambura </a>já havia sido apresentada lá na primeira esquina de <span style="font-style: italic;">Revolver</span>. <span style="font-style: italic;">The end of the beginning</span>.
<br />
<br />Total Time:
<br />40:59
<br />
<br />Download links (.flac)
<br /><a href="http://www.mediafire.com/file/zgn25m2gaev/Revolver-Part1.rar">Part 1</a>
<br /><a href="http://www.mediafire.com/file/thyiz3qytm4/Revolver-Part2.rar">Part 2</a>
<br /><meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"><title></title><meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Win32)"><meta name="CREATED" content="0;0"><meta name="CHANGED" content="0;0"><style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } P.western { so-language: pt-BR } A:link { so-language: zxx } A:visited { so-language: zxx } --> </style> Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-45981193127246070422009-12-08T18:58:00.001-03:002010-10-11T12:35:54.506-03:00Rubber Soul [Mono Mix]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSWG70v4vUPWeIGQoD_r8c9nlhtF-dwnq5m7W3GmbAeCq0ICSzhwvTQNDS33yO90qAIvm8tVzEd2mYiZ_XPn4hWT8gr4mT6GeBa88jlOqY8O0Y3DxsjpKopFW8gq8CkXtv6D05eJdRKWk/s1600-h/big.png" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412989351606949090" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSWG70v4vUPWeIGQoD_r8c9nlhtF-dwnq5m7W3GmbAeCq0ICSzhwvTQNDS33yO90qAIvm8tVzEd2mYiZ_XPn4hWT8gr4mT6GeBa88jlOqY8O0Y3DxsjpKopFW8gq8CkXtv6D05eJdRKWk/s400/big.png" style="float: right; height: 400px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 400px;" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
01 - Drive My Car (Lennon/McCartney)<br />
02 - Norwegian Wood (This Bird Has Flown) (Lennon/McCartney)<br />
03 - You Won't See Me (Lennon/McCartney)<br />
04 - Nowhere Man (Lennon/McCartney)<br />
05 - Think For Yourself (Harrison)<br />
06 - The Word (Lennon/McCartney)<br />
07 - Michelle (Lennon/McCartney)<br />
<br />
Lançado em 03 de dezembro de 1965, o sucessor de "Help!" trazia um direcionamento musical bem mais sofisticado. É senso comum dizer que aqui começa a fase madura do quarteto. Mas é possível ainda fazer conexões com o álbum anterior, especialmente nas faixas com pegada mais <span style="font-style: italic;">country</span> e <span style="font-style: italic;">folk</span>. Por exemplo, "Norwegian Wood" comparando com "You've Got To Hide...", a diferença é que você não ouviria uma cítara naquele disco e aqui parece que a música não faria sentido sem ela. Difícil citar pontos altos num disco como esse, mas é digno de nota o solo de guitarra de Paul em "Drive My Car" que tem clara influência do som da Motown (assim como "The Word") - George gravou o baixo; também Paul gravou dois baixos em "Think For Yourself", um deles com distorção <span style="font-style: italic;">fuzz</span> (o que ele repetiria somente em <span style="font-style: italic;">Abbey Road</span>); "The Word" traz George Martin no harmônio e Paul no piano. "Nowhere Man" é das melhores safras de Lennon, não é à toa que o novo filme baseado em sua vida chama-se <span style="font-style: italic;">Nowhere Boy</span>. Mas isso é papo pra outro post...<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOPyWGC9KZjrZz_XX3mxJ1g9HUAKsWhEmj5qb_jEtBF_ZXB9XvghJ6LORqIMGn9XJJU_OkDnLRp7TbWuY2oCeaCWDK9QT-Yv-2uNJ5sPpdMzwrjAAshE8EGUVnv6rKkgq_w9JY6qbUGXU/s1600-h/back_LP.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412992862555837442" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOPyWGC9KZjrZz_XX3mxJ1g9HUAKsWhEmj5qb_jEtBF_ZXB9XvghJ6LORqIMGn9XJJU_OkDnLRp7TbWuY2oCeaCWDK9QT-Yv-2uNJ5sPpdMzwrjAAshE8EGUVnv6rKkgq_w9JY6qbUGXU/s400/back_LP.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 400px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 390px;" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
08 - What Goes On (Lennon/McCartney/Starkey)<br />
09 - Girl (Lennon/McCartney)<br />
10 - I'm Looking Through You (Lennon/McCartney)<br />
11 - In My Life (Lennon/McCartney)<br />
12 - Wait (Lennon/McCartney)<br />
13 - If I Needed Someone (Harrison)<br />
14 - Run For Your Life (Lennon/McCartney)<br />
<br />
O Lado B abre com Ringo mais uma vez numa postura <span style="font-style: italic;">country</span>, mas dessa vez assinando a composição. Mas o negócio esquenta mesmo no meio da bolacha: o bucolismo de "In My Life", a quase-psicodélica "Wait" e as 12 cordas <span style="font-style: italic;">byrdianas</span> de "If I Neeeded Someone" formam a sequencia definitiva para colocar <span style="font-style: italic;">Rubber Soul</span> num patamar acima de quaisquer dos discos anteriores. Em um dos vídeos <span style="font-style: italic;">Anthology</span> Paul clama a real co-autoria de "In My Life". John chegou a negar, mas segundo Paul ele fez a melodia principal para a letra de John. Sendo isso mesmo, parece mais uma coincidência cósmica com os Beatles: uma música nostálgica, que olha para o passado, talvez a última grande parceria de Lennon/McCartney num disco chave para entender a mudança de som que estava por vir. De <span style="font-style: italic;">Rubber Soul </span>em diante, eles não produziram mais discos de rock 'n' roll, mas obras-primas que mudaram o mundo da música para sempre.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_6vvjZlQfCEl5Bs70PgMg0b1GE6M532kmrWcZd99mFXsu3p1YoY094is4BLV1BD-Pq6kOcnIWI1hoPFo3zy4ix21kC-58lkh2hqfGzYffENyEzj8Q1x9KCAhCWziPfx_lK1DDa0sTczo/s1600-h/uk_day_tripper.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412995947567496754" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_6vvjZlQfCEl5Bs70PgMg0b1GE6M532kmrWcZd99mFXsu3p1YoY094is4BLV1BD-Pq6kOcnIWI1hoPFo3zy4ix21kC-58lkh2hqfGzYffENyEzj8Q1x9KCAhCWziPfx_lK1DDa0sTczo/s400/uk_day_tripper.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 250px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 250px;" /></a>15 - We Can Work It Out (Lennon/McCartney)<br />
16 - Day Tripper (Lennon/McCartney)<br />
<br />
E na mesma data que <span style="font-style: italic;">Rubber Soul</span> chegava às lojas, também era lançado um complemento: um 45 rpm que trazia mais uma inovação: ao invés do tradicional lado A e um lado B encheção-de-linguiça, o compacto era composto por dois lados A's. Quer dizer, as duas músicas eram <span style="font-style: italic;">singles</span>. O Dj poderia escolher o lado que quisesse, não havia a indicação de qual era a música-de-trabalho (ou seja, o lado A). Na compilação <span style="font-style: italic;">Past Masters</span> "Day Tripper" vem primeiro, o que funciona pois é a abertura do disco 2. Mas aqui respeito a ordem da coletânea vermelhinha (1962-1965), e também a preferência dos Beatles. É bem claro em entrevistas da época o quanto eles estavam orgulhosos de "We Can Work It Out". Possivelmente pelo harmônio tocado por John, ou a mudança de compasso breve no refrão, ou quem sabe pelo contraste das duas partes distintas, uma mais positiva (Paul) e outra mais realista (John). Não importa, é mais um clássico e é o 11<style type="text/css">
<!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } -->
</style><span style="font-family: Times New Roman,serif;">°</span> compacto da discografia (não perca a conta)!<br />
<br />
Total Time:<br />
40:38<br />
<br />
Download links (.flac)<br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/vityy2nwhm2/Rubber%20Soul%20-%20Part%201.rar">Part 1</a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/ezlmmnzcndw/Rubber%20Soul-Part2.rar">Part 2</a><br />
<br />
Obs.: Esse cd na caixa Mono traz como bônus o mesmo Rubber Soul em Estéreo, na versão descartada por George Martin em 1987. Essas faixas não fazem parte dessa compilação para download, e sinceramente, não consigo ouvir diferença dessa versão original para a atual, remasterizada e disponível em digipack nas melhores lojas do ramo...Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-64258122271833257442009-11-28T21:19:00.000-03:002009-11-28T21:44:24.171-03:00Intermission - RAMU<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDoSOtGeSSRYWZqDcOzksc5YyfHXPS99mRueH8LVptT8nHDRI5uANrVA-q4AhV2egKdA_ZSmJG44uPmRVq_9yASVdsaLiBFPPxWCRa2MW-lMJPAdlC0M47K3dZ4Qms2V_cqJvxiyoW0V0/s400/ramu_ufs.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 348px; height: 400px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5409316212461068482" /><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div>O tempo sem postar mais nenhum item da discografia-beatle é justificado: fim de semestre, provas, seminários, resumos e tudo aquilo que sempre acontece tudo-ao-mesmo-tempo-agora e nunca uma-coisa-de-cada-vez. Mas isso é passado. Sexta fiz minha última prova, além da audição de violão, onde toquei uma "Marchinha de Carnaval" em duo e um arranjo de "Asa Branca" feita por <a href="http://yahoo.imusica.com.br/artista.aspx?id=585">Ulisses Rocha</a>. Acho que me saí bem. Melhor que a de piano, uma semana antes, com certeza! Mas esse post é mais pra divulgar o <b>RAMU </b>- <span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;">Recital dos Alunos de Música da UFS</span>.</div><div><div>Programação acima!</div>Acho que na terça também rola "Classe de Percussão", que não saiu no folder. Além do Snooze & The Rubberman fazendo um repeteco do tributo ao Abbey Road do último dia 14, na quarta eu também acompanho o guitar-hero Alex Victor. É de graça, então é só colar....</div>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-77809406831814851802009-11-06T08:12:00.001-03:002010-10-11T12:36:47.607-03:00Help! [Mono Mix]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Hy2dcOavj0Ks5lYDvSDbQqkvMsDDHcTr1Tn-tzAXd2ZQ6R4NKs-dDQR4QylGDQF1PQ5jjGL0tJCLxdEjWN1gJm9WO3wMQ6iQdstAzylWC7n5xsQXyjvIYhQ5kNhFTyTpXl5hNDthBHo/s1600-h/1965_Beatles_Help.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400947878880093298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Hy2dcOavj0Ks5lYDvSDbQqkvMsDDHcTr1Tn-tzAXd2ZQ6R4NKs-dDQR4QylGDQF1PQ5jjGL0tJCLxdEjWN1gJm9WO3wMQ6iQdstAzylWC7n5xsQXyjvIYhQ5kNhFTyTpXl5hNDthBHo/s400/1965_Beatles_Help.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 381px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 381px;" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
01 - Help! (Lennon/ McCartney)<br />
02 - The Night Before (Lennon/ McCartney)<br />
03 - You've Got To Hide Your Love Away (Lennon/ McCartney)<br />
04 - I Need You (Harrison)<br />
05 - Another Girl (Lennon/ McCartney)<br />
06 - You're Going To Lose That Girl (Lennon/ McCartney)<br />
07 - Ticket To Ride (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
A última faixa desse Lado 1 foi o primeiro single dos Beatles em 1965: "Ticket To Ride", com seu riff de guitarra instigante. Mas voltaremos ao compacto mais tarde. Aqui a ordem do Lp foi respeitada, e nada melhor que "Help!" pra abrir qualquer disco. Diferentemente do disco americano, o álbum parece pouco com uma trilha sonora, sendo apenas mais uma vez uma coleção das novas composições da dupla dinâmica, e novas contribuições de George. Confesso que, em minha juventude, não gostava tanto do <span style="font-style: italic;">Help<span style="font-style: italic;">!</span></span> como de outros álbuns. Hoje não consigo entender esse sentimento, pois é clássico um-atrás-do-outro... O predecessor do <span style="font-style: italic;">Rubber Soul</span> faz jus a tal posição: enquanto que naquele disco o grupo flerta com o <span style="font-style: italic;">soul</span>, aqui é o <span style="font-style: italic;">country</span> que dá o tom ("Another Girl", "I've Just Seen a Face") e o <span style="font-style: italic;">folk</span> que era rock agora é só acústico mesmo ("You've got to..."). Mais Dylan, impossível. Detalhe pra guitarra solo em "Another Girl" - é o velho Macca mostrando suas multi-habilidades.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj11Xrfk1yKE2OlgnU1Cejl8InN1QuNuZKKZYiNAzM75_pHJ_GF2JjiIePPmi0BUaew0wkin3JNADCjVG32BiDOvMbIuCYJRgmnWwhiRX7HCODgQO9HcWTCnwmb9ABEqOFbxFUNrENyxW8/s1600-h/PH2009090702284.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400951283421070066" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj11Xrfk1yKE2OlgnU1Cejl8InN1QuNuZKKZYiNAzM75_pHJ_GF2JjiIePPmi0BUaew0wkin3JNADCjVG32BiDOvMbIuCYJRgmnWwhiRX7HCODgQO9HcWTCnwmb9ABEqOFbxFUNrENyxW8/s400/PH2009090702284.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 245px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 330px;" /></a>08 - Act Naturally (Vonnie Morrison/ Johnny Russell)<br />
09 - It's Only Love (Lennon/ McCartney)<br />
10 - You Like Me Too Much (Harrison)<br />
11 - Tell Me What You See (Lennon/ McCartney)<br />
12 - I've Just Seen A Face (Lennon/ McCartney)<br />
13 - Yesterday (Lennon/ McCartney)<br />
14 - Dizzy Miss Lizzy (Larry Williams)<br />
<br />
O lado 2 abre com Ringão mandando bem nesse <span style="font-style: italic;">country</span> altamente previsível. Digno de um lado B de compacto, típico <span style="font-style: italic;">filler</span>. Mas é Beatles, hora, funciona! Não menos comercial é "It's Only Love", pelo menos o arranjo é interessante... As coisas começam a melhorar com "You Like Me Too Much" (aliás, bem melhor que "I Need You"), que traz uma introdução num piano Steinway, tocado por George Martin e Paul ao mesmo tempo, além de John no piano elétrico. Um exemplo clássico da capacidade deles de elaborarem arranjos inusitados para músicas simples. Mesma coisa em "Tell Me What You See", onde John toca tábua-de-lavar-roupa, e Paul piano elétrico. John, Paul e George fazem violão na ótima "I've Just Seen a Face" (não tem baixo!) e "Yesterday" é aquela música que persegueria John Lennon pro resto de sua vida. O quarteto de cordas é o grande lance aqui, mas não dá pra negar: Paul é o baladeiro-mor, nasceu pra isso e o faz divinamente. Dá-lhe "scrambled eggs"...<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijAkW9AdLK3sLtUJzxIJ34qk200BbhWaNuJUT6Kh4PPE6SBUuydKIA5yzvRfwfj6rVyWsAG1vSUhTBF1WQt-AFf1yvjgADP4S_3eERBWZJi-xF2kIwc24wboiPrm7spHwtUAOBYIWMDTU/s1600-h/uk_ticket_to_ride.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400955057480372994" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijAkW9AdLK3sLtUJzxIJ34qk200BbhWaNuJUT6Kh4PPE6SBUuydKIA5yzvRfwfj6rVyWsAG1vSUhTBF1WQt-AFf1yvjgADP4S_3eERBWZJi-xF2kIwc24wboiPrm7spHwtUAOBYIWMDTU/s400/uk_ticket_to_ride.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 250px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 250px;" /></a><br />
15 - Yes, It Is (Lennon/ McCartney)<br />
16 - Bad Boy (Larry Williams)<br />
17 - I'm Down (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
Essas são as respectivas capas dos <span style="font-style: italic;">singles</span> de número 09 e 10 na discografia britânica dos 4-Four, ambos lançados antes do álbum (que saiu em 06 de agosto!). <span style="font-style: italic;">Ticket To Ride</span> foi lançado em 09 de abril de 1965, e trazia em seu lado B uma pequena pérola: "Yes, It Is" é pura melancolia com um envolvente efeito de pedal de volume da guitarra de George (também usado em "I Need You") e deslumbrantes vocais dos 03 de arrepiar qualquer marmanjo apaixonado. Pois bem, pra quem não sabe essa música teve uma versão horrenda no Brasil, trilha de novela ("foi um sonho que passoooou... longe demaaais"), um pesadelo infeliz para uma música tão bela...<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCRJLEd1aeWUilHAW6R0BIYoV04VZujkJVExyUMc3xDE3wQNWbuwwKQmTLpCgz2FHyrO5U_IkaY_xJGCNca2By6wKDrAg6FswlrJIwlxXJRrIsCG7hdXnCbST50WjGX_pz6cQ_fx9WT70/s1600-h/uk_help.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400955327151193794" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCRJLEd1aeWUilHAW6R0BIYoV04VZujkJVExyUMc3xDE3wQNWbuwwKQmTLpCgz2FHyrO5U_IkaY_xJGCNca2By6wKDrAg6FswlrJIwlxXJRrIsCG7hdXnCbST50WjGX_pz6cQ_fx9WT70/s400/uk_help.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 250px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 250px;" /></a><br />
"Bad Boy" seria o último cover gravado pelos Beatles, lançado antes de "Dizzy Miss Lizzy", do mesmo autor, no álbum da Capitol <span style="font-style: italic;">Beatles VI</span> (a arte de dar nomes a discos dos outros...), que saiu em junho. Na Inglaterra ela só apareceria na compilação "A Collection of Beatles Oldies", feita pro Natal de '66! E, finalmente, o lado B desse compacto acima, lançado em 19 de julho de 1965, é o rockão "I'm Down", berrado por Paul, e escudado por John no piano elétrico. Antológico é ver o quarteto tocando isso no Shea Stadium, com Lennon solando com seus cotovelos e rindo de sua própria loucura.<br />
<br />
Total Time:<br />
42:51<br />
<br />
Download links (.flac):<br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/onyydujllji/Help-Part1.rar">Part 1</a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/ndfddlttblo/Help-Part2.rar">Part 2</a><br />
<br />
Obs.: Esse cd na caixa Mono traz como bônus o mesmo Help! em Estéreo, na versão descartada por George Martin em 1987. Essas faixas não fazem parte dessa compilação para download, e sinceramente, não consigo ouvir diferença dessa versão original para a atual, remasterizada e disponível em digipack nas melhores lojas do ramo...Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-81084365028040171052009-10-24T20:28:00.000-03:002010-01-02T22:18:44.318-03:00Beatles For Sale [Mono Mix]<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj17px_g-YGvGikdfLeLZ9HZ8p_Uud5usv-NQalpyJE0b_Q6HA1NCqso6JogAtWaWQLI2y1G3jgarJyL-Ao-RnQw6FwFKWVHSddZ-FVowIOZxS8Ov8B5cjhDhiaK_jU4-cDU7cwQukxGfQ/s1600-h/The-Beatles-Beatles-For-Sale-272289.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 294px; height: 294px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj17px_g-YGvGikdfLeLZ9HZ8p_Uud5usv-NQalpyJE0b_Q6HA1NCqso6JogAtWaWQLI2y1G3jgarJyL-Ao-RnQw6FwFKWVHSddZ-FVowIOZxS8Ov8B5cjhDhiaK_jU4-cDU7cwQukxGfQ/s400/The-Beatles-Beatles-For-Sale-272289.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396315052091433410" border="0" /></a>01 - No Reply (Lennon/ McCartney)<br />02 - I'm A Loser (Lennon/ McCartney)<br />03 - Baby's In Black (Lennon/ McCartney)<br />04 - Rock And Roll Music (Chuck Berry)<br />05 - I'll Follow The Sun (Lennon/ McCartney)<br />06 - Mr. Moonlight (Roy Lee Johnson)<br />07 - Medley: a) Kansas City (Jerry Leiber/ Mike Stoller);<br />b) Hey, Hey, Hey, Hey (Richard Penniman)<br /><br />As gravações pro novo Beatle-LP começaram por volta de agosto, logo após a gigantesca segunda turnê americana. Como de costume, ao invés do descanso, era preferível garantir um novo lançamento pro Natal... E em 04 de dezembro de 1964 surge <span style="font-style: italic;">Beatles For Sale</span> com essas caras sérias e entediadas com a fama. É um disco beeem mais "rock" que o anterior, garantido por mais releituras de clássicos. John Lennon contribui bastante nesse álbum com sua já citada verve <span style="font-style: italic;">dylanesca</span>, e em "Baby's in Black" seu dueto com Paul era sempre apresentado em shows como "uma valsa" (deviso ao compasso ternário). É também de Lennon a rasgação em "Rock and Roll Music", Mr. Berry deve ter ficado orgulhoso... Se não me engano, "I'll Follow The Sun" era uma canção bem antiga de Paul, que ele aproveitou pros Beatles. É de McCartney o solo de órgão Hammond ouvido em "Mr. Moonlight", mas não foi dele a idéia do "Medley" que fecha o Lado 1. Little Richard, autor de "Hey, Hey, Hey, Hey" é que praticava essa junção com o <span style="font-style: italic;">standard</span> "Kansas City". Paul levou essa idéia aos palcos com os Beatles, e assim ela foi registrada em glorioso vinil.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlhjaIO7j4uSjLTm9MBUS14KxzsWz6mVYt2IQsXpA0X9AZlZBLpHB02rW3rQqrYhxzLGrvR5ZSdZdj11opcxLb4ZjbVrAILzL3eGaBoF7pIl9RE54IWWhH7G4qf02QZkjvUk7a0CLbI7U/s1600-h/collage.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 292px; height: 359px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlhjaIO7j4uSjLTm9MBUS14KxzsWz6mVYt2IQsXpA0X9AZlZBLpHB02rW3rQqrYhxzLGrvR5ZSdZdj11opcxLb4ZjbVrAILzL3eGaBoF7pIl9RE54IWWhH7G4qf02QZkjvUk7a0CLbI7U/s400/collage.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396503499627468770" border="0" /></a>08 - Eight Days a Week (Lennon/ McCartney)<br />09 - Words of Love (Buddy Holly)<br />10 - Honey Don't (Carl Lee Perkins)<br />11 - Every Little Thing (Lennon/ McCartney)<br />12 - I Don't Want To Spoil The Party (Lennon/ McCartney)<br />13 - What You're Doing (Lennon/ McCartney)<br />14 - Everybody's Trying To Be My Baby (Carl Perkins)<br /><br />O Lado 2 começa com um <span style="font-style: italic;">fade in</span>, talvez o primeiro sinal de experimentação de técnicas nunca antes ouvidas em estúdio (assim como o <span style="font-style: italic;">feedback</span> em "I Feel Fine"). Assim é a introdução de "Eight Days a Week", que poderia tranquilamente ter sido um tremendo compacto. E as homenagens a seus ídolos do rock ainda ganham espaço: Buddy Holly é realmente um dos artistas favoritos de Paul McCartney - ele teria comprado os direitos de suas músicas (onde eu ouvi isso antes ?!), e Carl Perkins tocou anos mais tarde no disco "Tug of War" do Paul. Mas em 64 ele só assistiu Ringo entoar "Honey Don't" e George a hilária "Everybody's Trying To Be My Baby", outra pincelada do repertório ao vivo. "What You're Doing" pode ser considerada como <span style="font-style: italic;">filler</span>, mas como qualquer coisa dos Beatles, tem seu grau de interesse: o riff de bateria do começo que reaparece ao final da música parece uma clara homenagem a Phil Spector e o sucesso das Ronettes "Be My Baby" - música favorita de Brian Wilson, que John Lennon gravaria em 1975 no seu disco "Rock 'n' Roll".<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifll4UBJ5OSylRIasszqvHV8b4eWj5R9BDrhmjRdnLyZtd0pt7DP358AW1D7GtsMAuATyeXQkUbW2U_3OJ3PFW27yX8QAKVhVL-YyIzMm5PyIBM4GYY0FiRzFc9WPWjvWHS8n_Td9vanc/s1600-h/uk_i_feel_fine.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 250px; height: 250px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifll4UBJ5OSylRIasszqvHV8b4eWj5R9BDrhmjRdnLyZtd0pt7DP358AW1D7GtsMAuATyeXQkUbW2U_3OJ3PFW27yX8QAKVhVL-YyIzMm5PyIBM4GYY0FiRzFc9WPWjvWHS8n_Td9vanc/s400/uk_i_feel_fine.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396507568920992178" border="0" /></a><br />15 - I Feel Fine (Lennon/ McCartney)<br />16 - She's a Woman (Lennon/ McCartney)<br /><br />Naquela 'nóia' de não repetir músicas dos álbuns em singles (pelo menos não sempre hehe), ao invés de lançar "Eight Days a Week", os Beatles sacaram mais duas canções, e esse compacto sairia na verdade uma semana antes do álbum, em 27 de novembro. E que belo aperitivo. A introdução seminal (e acidental) de "I Feel Fine" traria consequencias definidoras da estética rock por muitos anos na frente. O riff de guitarra que se segue é instigante, o som deles parece cada vez menos convencional, mesmo que na forma, seja tudo previsível e a gosto do freguês. No Lado B, mais um <span style="font-style: italic;">filler</span> <span style="font-style: italic;">by</span> McCartney, mas tudo bem, <span style="font-style: italic;">we love him anyway...<br /></span><br />Total Time:<br />41:04<br /><br />Download links (.flac)<span style="font-style: italic;">:<br /></span><a href="http://www.mediafire.com/file/t5mxwgjjntt/Beatles%20For%20Sale-Part1.rar">Part 1</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/file/2iv41zdjm2i/Beatles%20For%20Sale-Part2.rar">Part 2</a><span style="font-style: italic;"><br /></span>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3076249800481457146.post-23044607259623508982009-10-18T15:38:00.001-03:002010-10-11T12:37:26.671-03:00A Hard Day's Night [Mono Mix]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0e68ikdCc8fWSD9gQ2SrQfPQUCty8pd2-KGbNSt2HI8VNUMfn9jcYX3UgzH2m60KllUQSpsXFq236w-EgOy5kbezPiiuMHjsFMBG0xTOM9Q6_0H6pGLZkYZjT5rDACuXFvoex-5yL-M4/s1600-h/uk_single_buy_love.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394013735886378050" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0e68ikdCc8fWSD9gQ2SrQfPQUCty8pd2-KGbNSt2HI8VNUMfn9jcYX3UgzH2m60KllUQSpsXFq236w-EgOy5kbezPiiuMHjsFMBG0xTOM9Q6_0H6pGLZkYZjT5rDACuXFvoex-5yL-M4/s400/uk_single_buy_love.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 250px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 250px;" /></a>01 - Can't Buy Me Love (Lennon/ McCartney)<br />
02 - You Can't Do That (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
Lançado em 20 de março de 1964, o sexto compacto dos Beatles trazia duas canções que ficaram mais conhecidas como parte da trilha sonora do filme (<span style="font-style: italic;">therefore</span>, do álbum) <span style="font-style: italic;">A Hard Day's Night</span>. Mas os três meses de antecedência em relação ao filme-trilha, faz esse compilador considerar esse como o pontapé inicial dessa fase do grupo. Digno de nota é que a partir desse single, os Lados B tornam-se tão relevantes quanto os Lados A. "You Can't Do That" pode não ser tão vibrante quanto "Can't Buy Me Love" mas ajuda a definir o som dos Beatles (baixo groovado, harmonias vocais, etc.). Ecos dessa canção podem ser conferidos no EP que seria lançado logo em seguida...<br />
<br />
03 - Long Tall Sally (Enotris Johnson/ Richard Penniman/ Robert Blackwell)<br />
04 - I Call Your Name (Lennon/ McCartney)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjST9hZ3S87IvkQ3C5ush-uVexFr5X8jmicmXtpa8u61cc9E5TVirrLJlyM8QM4qySvRbr0D7C-z-zjaJJ88VtytsPiR_UiLX3tUcJq8x-SdIRQmzaqi1JlE4MSrR2jEgrqOA5BOuUIgbs/s1600-h/ep_long_tall_sally.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394025512193957186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjST9hZ3S87IvkQ3C5ush-uVexFr5X8jmicmXtpa8u61cc9E5TVirrLJlyM8QM4qySvRbr0D7C-z-zjaJJ88VtytsPiR_UiLX3tUcJq8x-SdIRQmzaqi1JlE4MSrR2jEgrqOA5BOuUIgbs/s320/ep_long_tall_sally.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 320px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 320px;" /></a><br />
05 - Slow Down (Larry Williams)<br />
06 - Matchbox (Carl Lee Perkins)<br />
<br />
Você conhecia essa capa aí ao lado? Pois é, esse foi o novo lançamento dos Beatles em 1964, após o single já comentado. O lado A foi gravado em 1<span style="font-family: Times New Roman,serif;">º</span> de março e trazia "Long Tall Sally", cover de Little Richard, e presença constante nas apresentações do grupo, geralmente abrindo os shows, e uma original. Ambas as faixas foram primeiro lançadas no mercado americano, especificamente no LP <span style="font-style: italic;">The Beatles' Second Album</span>, de 10 de abril de 1964. A Parlophone então juntou essas com mais duas para fazer o EP lançado em 19 de junho. No Lado B, mais versões do cancioneiro rockenrou, gravadas no começo de junho: "Slow Down" foi a primeira das três canções de Larry Williams que os Beatles gravariam até 1965, e "Matchbox"<span style="font-style: italic;"> </span>foi supervisionada no estúdio pelo próprio autor, Carl Perkins, ídolo-mor de todos eles, especialmente de George Harrison (porém quem gravou os vocais foi Ringo). Em ambas as faixas ouve-se também o piano de George Martin.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgTA3jspieJDO8LUioZfkmYG5NdWfOPolcJiWatjGmXtC3UrKCN6BH6zo5uyRnGOctK0I0y3b7pN8Z3CoO_1EsX6DADq8Nrshp2UGNbv6OH_YcvTgW52T8qb6_Kfo7TKFww80ZziBc90s/s1600-h/BEA37999.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394295160039155954" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgTA3jspieJDO8LUioZfkmYG5NdWfOPolcJiWatjGmXtC3UrKCN6BH6zo5uyRnGOctK0I0y3b7pN8Z3CoO_1EsX6DADq8Nrshp2UGNbv6OH_YcvTgW52T8qb6_Kfo7TKFww80ZziBc90s/s400/BEA37999.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 408px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 408px;" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
07 - A Hard Day's Night (Lennon/ McCartney)<br />
08 - I Should Have Known Better (Lennon/ McCartney)<br />
09 - If I Fell (Lennon/ McCartney)<br />
10 - I'm Happy Just To Dance With You (Lennon/ McCartney)<br />
11 - And I Love Her (Lennon/ McCartney)<br />
12 - Tell Me Why (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
É impossível não lembrar que a edição nacional trazia a cor vermelha de fundo e o título do filme em português: <span style="font-style: italic;">Os Reis do Ié-Ié-Ié</span>, justiça seja feita, é mais fidedigno ao original britânico do que a trilha sonora lançada pela United Artists nos EUA, que continha apenas as faixas usadas no filme (o Lado 1) com exceção de "If I Fell" (acredite!) espalhadas nos dois lados, entrecortadas por vinhetas instrumentais orquestradas por George Martin pro filme. Mas voltando ao álbum lançado pela Parlophone em 10 de julho de 1964 (mesma data de um novo compacto com "A Hard Day's Night"/ "Things We Said Today"), musicalmente é perceptível a evolução dos compositores. Após o EP dominado por versões, esse é o primeiro álbum exclusivamente de músicas próprias (coisa que os Rolling Stones só viriam a fazer em 1966!), e o único da carreira a trazer apenas músicas de Lennon & McCartney, pois o Harrison só voltaria a contribuir na trilha do próximo filme, um ano mais tarde. Nesse disco ele canta a óti<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyXAlws4Js6ZLsjvDgG-Z8OoPItyFnflNYSW1L9WzDp9pPaccIqvhlqQAfEQBFhupaUOkLGFWxRILqLHudbHidzBSvua_SyOqbUumbEK0Y88XoUUTDJOIU_r0G-uKTFCfNYf8PI6jzq-E/s1600-h/uk_single_hard_days.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396311662955269058" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyXAlws4Js6ZLsjvDgG-Z8OoPItyFnflNYSW1L9WzDp9pPaccIqvhlqQAfEQBFhupaUOkLGFWxRILqLHudbHidzBSvua_SyOqbUumbEK0Y88XoUUTDJOIU_r0G-uKTFCfNYf8PI6jzq-E/s400/uk_single_hard_days.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 250px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 250px;" /></a>ma "I'm Happy Just To Dance With You".<br />
<br />
13 - Anytime At All (Lennon/ McCartney)<br />
14 - I'll Cry Instead (Lennon/ McCartney)<br />
15 - Things We Said Today (Lennon/ McCartney)<br />
16 - When I Get Home (Lennon/ McCartney)<br />
17 - I'll Be Back (Lennon/ McCartney)<br />
<br />
E essas são as outras faixas do Lado 2, não usadas no filme, apesar de "I'll Cry Instead" ter sido composta especificamente para a trilha. Essa é a faixa que abre inclusive o LP <span style="font-style: italic;">Something New</span> da Capitol, que traria as canções que não vinham na trilha do filme mais o Lado B do Ep lá de cima... Ainda sobre "I'll Cry Instead": pode-se dizer que é um marco numa linha de temas característico de Lennon nos mid-60's - que musicalmente revelavam a influência de Dylan, que por sua vez se reinventou inspirado pelo som dos britânicos. A angústia, a depressão, a solidão, ao invés do lugar-comum dos românticos temas do ano anterior. Ele continuaria a desenvolver essa linha com "I'm a Loser" e "I Don't Want To Spoil The Party", de <span style="font-style: italic;">Beatles For Sale</span>, chegando ao ápice com "Help!". Não é de se estranhar então que o último número desse disco também acabe pendendo pra uma bela melancolia ("I'll Be Back"). Amores partidos, ao invés do romance perfeito: <span style="font-style: italic;">I wanna go, but I hate to leave you</span>...<br />
<br />
Total Time:<br />
40:09<br />
<br />
Download links (.flac):<br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/zmttmzg1hz4/A%20Hard%20Day%27s%20Night-Part1.rar">Part 1</a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/file/mgm3zttgdoo/A%20Hard%20Day%27s%20Night-Part2.rar">Part 2</a>Fabio Snoozerhttp://www.blogger.com/profile/16027563762943308965noreply@blogger.com0