sábado, 29 de novembro de 2008

É daqui a pouco...



O agora trio (Fabão, Rafa Jr. e Luiz Oliva) conta com os teclados de Ítalo (meu colega de curso recém-chegado de Petrolina-PE). Mas a surpresa da noite é a performance de Cabelo, com seu projeto 'Música das Cinzas', apresentando um diálogo impressionante com a faixa "Revolution #9" - definitivamente a mais vanguardista gravada pelo 4teto de Liverpool -, pegando trechos de várias outras canções do White Album, mais obscuridades escondidas aqui e ali, além de intervenções eletrônicas. Ouça e tire suas próprias conclusões aqui.

Set list SN00ZE:

- Revolution 1
- Sexy Sadie
- Don't pass me by
- I'm so tired
- The Continuing Story of Bungalow Bill

Interlúdio Música das Cinzas: "Take this brother may it serve you well"

- Glass Onion
- Happiness is a warm gun
- Savoy Truffle

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Três discos raros!!!

Esse post é especial, pois esses discos não saíram em cd, e trata-se de um genuíno trabalho de pesquisa e resgate do que há de melhor na música brasileira, com um passeio também pelo erudito de outras praças. A estória é a seguinte, morávamos eu e minha patroa em São Paulo e no meu aniversário de 28 aninhos ela resolveu garimpar alguns sebos na Rua Augusta. O que chegou em casa (além de um belíssimo filme de Jean Renoir) não parecia muito convidativo: uma caixa de Lps com aquele clássico logotipo da Rede Globo bem grande estampado, e nenhuma referência a artistas ou gênero musical. Mas era só abrir a 'Pandora's Box' e a coisa mudava de figura. Três disquinhos muito bem embalados, conservados, cada um com seu encarte com textos e ficha técnica... um verdadeiro achado! Ano de lançamento: 1977, gravadora Som Livre, lógico. Desconheço o propósito desse lançamento (a caixa), se foi comercial ou interno dentro dessa mega-empresa chamada Globo. Nem no enorme portal Discos do Brasil há qualquer referência. Até escrevi pra idealizadora do projeto e ela disse que tinha conhecimento desse material, mas não o tinha em sua discoteca, por isso os discos não constavam. Mas uma recente pesquisa googliana me revelou que esses discos tiveram lançamento comercial e independentes um do outro. Pelo menos os dois primeiros listados aí em baixo. O terceiro é que não achei referência alguma. Será que ele saiu apenas nesse formato? O que importa é colocar essas relíquias no mapa discográfico brasileiro, porque merecem. Então vamos às bolachas:


- Os Carioquinhas no Choro: o texto no encarte de autoria de Sérgio Cabral fala mais do centenário do choro carioca do que o grupo em si. Os músicos d'Os Carioquinhas não são creditados, e sim as particpações especiais; no texto há menção de que trata-se de uma turma jovem, entre 15 e 22 anos, e os nomes citados são Luciana, Rafael, Téo, Mário e Paulo, apesar de um septeto aparecer tocando na foto bem relax, por sinal. No Clique Music o grupo consta como Luciana Rabello/Raphael Rabello/Maurício Carrilho. Isso explica algumas coisas, não? Excelência instrumental e tudo em família... O repertório inclui 03 músicas do sergipano Luiz Americano (ói ele de novo)! Neste site dá até pra comprar o dito cujo.

- Altamiro Carrilho, Abel Ferreira, Formiga e Paulo Moura interpretam Vivaldi, Weber, Purcell e Villa-Lobos com a Orquestra Sinfônica Brasileira sob a regência de Júlio Medaglia: bom, o que acrescentar? Deu pra sentir o drama né? Simplesmente pegaram os melhores caras do choro nacional, com uma orquestra gabaritada e um maestro casca-grossa, e o resultado? Baixe ae e acredite! A peça de Villa-Lobos é especialmente maravilhosa...

- Música Popular Brasileira do séc. XIX no Vale do Paraíba: esse é realmente histórico (inclusive para quem está cursando História da Música, dá um estudo interessante). Os irmãos Régis e Rogério Duprat encabeçam esse projeto, e o que se ouve são polcas, dobrado, tango e valsa, interpretados por um baita naipe de sopros, no melhor estilo "banda de música". Diversão garantida!!!

E viva la vynil...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Abel Ferreira e o Choro

A partir de agora, passo a disponibilizar meus discos de vinil aqui no blog. Essa série é clássica, e "Classe A": a Nova História da Música Popular Brasileira saiu em 1977 pela Editora Abril, dando continuidade à série original lançada em 1971 (capas pretinhas), dos quais não tenho nenhum exemplar. Já os azulzinhos foram herança familiar, mi madre teve o bom gosto de comprar na época (02 anos antes d'eu nascer) logo a caixa com toda série. Nem metade sobreviveu, muitos se perderam, alguns doados, outros deixei com amigos antes de me mudar para SP, e fiquei com o que realmente me interessava. E chorinho muito me interessa, sim senhor! Uma particularidade dessa coleção é que, em geral, o artista que dá nome à edição é mais um carro-chefe, ou então o compositor em questão. Mas os intérpretes sempre variam, o que dá um sabor variado a cada bolacha, e quase sempre tem aquela raridade que você não acharia em canto nenhum. Fora que o disquinho de 10 polegadas é na verdade o brinde que acompanha a revista! Renomados jornalistas detalham pacientemente tudo o que tem a ver com o(s) artista(s), é conteúdo pra ler e reler pra vida toda. Como não tenho scanner, fico devendo essa bela história do Choro Brasileiro, mas copiei na ficha técnica os discos originais de cada gravação compilada aqui. Bom divertimento e divulguem esse espaço.
Viva la vynil........................................................

NOVA HISTÓRIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
ABEL FERREIRA E O CHORO

A1 - Abel Ferreira - Numa Seresta (Luís Americano)
[Abel Ferreira e Filhos, 1977]
A2 - Altamiro Carrilho - Dinorá (Benedito Lacerda/ José Ferreira Ramos)
[Chorinhos em Desfile, 1959]
A3 - Dante Santoro - Quando a minha flauta chora (Dante Santoro)
[78 rpm, 1939]
A4 - Abel Ferreira - Chorando Baixinho (Abel Ferreira)
[Lp, 1976]
B1 - Severino Araújo e Orquestra Tabajara - Espinha de Bacalhau (Severino Araújo)
[78 rpm, 1959]
B2 - Carlos Poyares - André de Sapato Novo (André Victor Correia)
[Som de prata, flauta de lata, 1975]
B3 - Raul de Barros - Na Glória (Ary dos Santos/ Raul de Barros)
[Brasil Trombone, 1975]
B4 - Paulo Moura - Eu quero é sossego (K-Ximbinho/ Hianto de Almeida)
[Confusão urbana, suburbana e rural, 1976]

obs.: A faixa B1 contém um 'pulo' que não consegui tirar nem kpeste!
obs.2: Pra quem não sabe, Luís Americano é aracajuano, radicado no Rio, porém um ilustre sergipano, um dos grandes nomes do choro nacional... Mais sobre ele no disco "Vibrações" de Jacob do Bandolim.
obs.3: O grande Raul de Barros se apresentará aqui em janeiro, no Teatro Lourival Batista, no projeto Circular BR. É "só" uma lenda viva.

Ripando Vinil


Depois de um tempinho brigando com programas e cabos defeituosos, acho que dessa vez vai. Audiófilos de plantão, uni-vos: estarei disponibilizando tudo o que conseguir ripar de minha humilde discoteca para mp3. Darei preferência à música brasileira e instrumental, mas na verdade, tudo é bem vindo. Aceito inclusive pedidos e sugestões quanto a sites hospedeiros na net. Rapidshare é uma opção, mas se souberem de outros que não apaguem os arquivos tão rapidamente eu tô acatando...
Até mais tarde, com a minha primeira contribuição nesse que é um desejo antigo.
Stay Tuned and Have Fun!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Agenda Novembro


Quase 03 meses sem postar nada, mas a vontade de manter esse espaço segue firme e forte, assim como minha onipresença no Programa de Rock não quer dizer que estou totalmente afastado. Mas as aulas da Ufs, ensaios dos vários projetos, e uma viagem a São Paulo forçaram uma pausa nessas coisas (blog, programa de rádio)....
Então venho por meio deste (post) celebrar a volta do Jazz Baixão, depois de meses e meses me adaptando a minha última aquisição contrabaixística, um Tobias Growler, adquirido quase como um apadrinhamento de Palito, grande brother e baixista de primeira categoria do forrozão sergipano (ainda aguardo um trabalho dele instrumental, pois o cara é monstro). Foi mais ou menos assim que em 2002 peguei o Fender Jazz Bass na mão de meu colega de curso Robson Souza. Nesse caso na verdade, foi realmente um presente, algo que só um amigo de verdade faria pelo outro. Sorte minha. A reestréia desse baixo Made in Japan vem com limpeza interna by Ronaldo e pedaizinhos recém adquiridos, a saber: um oitavador que comprei na Bass Center (Teodoro Sampaio, SP), e um Bass Fuzz feito por encomenda por Marcelo Toddynho. Peguei esse hoje aliás, amanhã vou aproveitar o feriado pra fazer bastante barulho com ele...

Então pros curiosos, aqui vai a agenda contrabaixística desse escriba:

- Esse sábado (22) Snooze no Etnia, com Daysleepers e The Baggios! O repertório é surpresa, nem eu mesmo sei (hahaha). Só sei que vai ser em 4teto, pq Duardo estará em Aju pro aniversário de sua filhinha Sophia.
- Segunda-feira (24) o Conservatório de Música começa a semana de comemoração de aniversário com concertos diários (no auditório Villa-Lobos, aliás, parado há uma cara). Nessa primeira noite, tocarão os professores de violão, o infernal trio de Saulo Ferreira, e meu quarteto pras horas vagas. Serão três (ou quatro) teminhas jazz comigo, Thiago Valadão (guitar), Odílio Sandinez (batera) e Davysson Lima (sax).
- Próximo sábado (29), rola Tributo ao álbum branco dos Beatles com 04 bandas sergipanas dividindo o repertório do disco duplo mais bacana da história do rock. Snooze marca presença (o trio + teclados), e também Daysleepers. Completam o time beatlemaníaco Elisa e, claro, Plástico Lunar.

Até algum desses dias!

ps1: Na Bass Center, ao ser indentificado como sergipano, o dono da loja imediatamente me perguntou se eu conhecia Gilson Batata, cliente assíduo da loja. Ele havia passado por lá dois dias antes, e sua banda mega brega estava fazendo turnê, ao que parece naquela região....

ps2: Thiago Valadão, além de guitarrista de jazz, ataca como empreendedor do jazz sergipano. Pra quem lembra da Poyesis, vale conferir a reinauguração, agora como Jazz Club, essa quinta. Vai ter uma galera fazendo um som, lógico, mas vale destacar que no baixo, estará nada mais nada menos que Vitor, chefe de naipe da Orquestra do Estado. Imperdível.