sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Tirando as próprias conclusões...


40 anos depois, e o som em Abbey Road continua surpreendente. Minha primeira incursão nessas novas remasterizações da discografia dos Fab Four não poderia ser por melhor caminho. Primeiro disco deles mixado exclusivamente em Stereo, o canto do cisne dos The Beatles contém alguns dos arranjos mais sofisticados que eles engendraram junto ao fiel escudeiro George Martin - mesmo este tendo sido dispensado meses antes durante as gravações de Get Back/ Let it Be, com Lennon dizendo que eles não precisavam de seu "production rubbish".
E não é que de fato essa remasterização faz toda a diferença? Não que eu seja especialista na área, e não que eu achasse ruim as versões em cd lançadas a partir das masters feitas em 1987 pelo próprio Mr. Martin. As mixes são exatamente as mesmas daquela época (a propósito esses vinis lançados no Brasil em 1988 soam muito bem, obrigado, também!), mas é impossível não se entusiasmar com a clareza da totalidade dos detalhes e instrumentos usados em Abbey Road. Não sei se nos trabalhos iniciais vai fazer tanta diferença assim (talvez na versão Mono da caixa, disponível na gringa), mas o fato é que depois de ouvir esse Abbey Road, qualquer outra versão é dispensável. Tá, não tô dizendo que vou me desfazer de meu vinil americano comprado em Brasília por 0,50 centavos, mas até a arte, o trunfo eterno do vinil ganha outra dimensão nessa versão 2009.
Aliás, se tinha algo que eu reclamava dos cds antigos era como era pobre a parte gráfica. Nem parecia que era uma banda com garantia de vendas como os Beatles. De fato eu tive o cd do Abbey Road em alguma época de minha vida, mas acabei perdendo-o (até hoje penso que o emprestei e nunca devolveram). Voltando à my obsession, a caixinha luxuosa dá vontade de não largar nunca. As fotos são perfeitas. O encarte é daquele papel bom. E são muitas fotos, e bons textos também (contexto histórico e notas de produção). Achei que essas novas versões trariam as letras de todos os discos, mas até nisso eles foram fiéis aos lançamentos originais. Ao que parece (ainda falta conferir) só mesmo o Sgt. Pepper's e o White Album trarão as letras, tradicionalmente.
Ah, o cd é enhanced. O mini-doc é mesmo mini. Tão pequeno que dá raiva. Mas as imagens e depoimentos (e música claro) são muito bem selecionados, contendo segundos inéditos tanto de imagem quanto de takes alternativos. Mas é tudo muito rápido. Não dá pra dizer que vale a compra, porém ouvir o disco repetidamente descobrindo novas nuances, sim. O John soltando gemidos ao final de "Come Together", o moog em "Maxwell's Silver Hammer", as bolhas de "Octopus' Garden". O baixo gordo, as guitarras mais rock de toda a discografia... tá tudo lá, em versão melhorada.
Que tal conferir? Depois me conta o que achou...
Gostou? Compre aqui e seja feliz!

3 comentários:

Unknown disse...

lendo o que vc escreveu sobre capas de cd e vinis e as informações contidas lembrei que num cd que tenho da plastic ono band essas informações aparecem.. bem como em um vinil que tem varias imagens que representam as musicas (nao lembro o nome do album)...

saudosismo das boas capas e produções...

sobre o 'gritinho' do John, lembro ter assistido um documentario sobre a vida dele e de Yoko (odeio ela) e o produtor musical e o guru dele contavam a historia da compisição de mother... a gravação em estudio da arrepios... ele chorou muito no final..

Fabio Snoozer disse...

Acho que era o terapeuta deles, que tinha uma teoria louca sobre extravasar aos berros não?
Não sabia da existencia desse video, será que acha-se no youtube??

programa de rock disse...

Porra, Fabinho, você me deixou com vontade de comprar esses discos. Que merda.